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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Último Domingo do Ano Eclesiástico, 23.11.2008

Predigt zu 2 Pedro 2:3-4, 8-10, 13, verfasst von Lindolfo Pieper

MUNDO NOVO

2 Pedro 2.7,10,13: "Os céus que agora existem e a terra tem sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens maus. Pois os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados, também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Porém, Deus prometeu, e nós esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça".

Há um hino muito conhecido, cantado especialmente na Igreja Luterana, cuja primeira estrofe diz assim: "Mui brevemente chegará o Filho, Deus potente, em sua glória e julgará o justo e o vil descrente. O zombador se calará e em fogo o mundo findará, conforme diz São Pedro".

Este hino se encontra no Hinário Luterano sob o número 535 e está baseado em 2 Pedro 3.3-13, onde encontramos o relato do fim do mundo.

Cristo vem, não sabemos o dia e nem a hora. Por isso é necessário estarmos preparados para não sermos pegos de surpresa, desprevenidos, vivendo em pecado e sem fé no coração. O apóstolo Pedro relata dizendo que nos últimos dias vão aparecer escarnecedores zombando dos cristãos, perguntado: "Jesus prometeu voltar. Onde está ele, que não vem? As pessoas estão morrendo e tudo continua como sempre, sem que Cristo volte".

Passados quase dois mil anos depois que Pedro disse estas palavras, os zombadores estão aí. Hoje muitas pessoas não acreditam que Cristo vá voltar e que esse mundo um dia acabará. Zombam abertamente de Cristo e dos que crêem nele. Para elas não há juízo final, nem vida eterna e nem condenação eterna. Para elas tudo termina com a morte. Por isso fazem das palavras: "Comamos e bebamos porque amanhã morreremos", o seu lema de vida.

O apóstolo Pedro lembra a essas pessoas que, quando Deus certa vez decidiu destruir o mundo através das águas do dilúvio, também muitas pessoas não quiseram acreditar que isso fosse acontecer. Por isso continuaram a sua vida de sempre, comendo e bebendo como se nada fosse acontecer. Quando viram Noé construindo um navio em terra seca, num lugar onde não havia rios e nem mar, começaram a zombar dele.

Ninguém queria saber mais nada de Deus. Só queriam viver para si, gozar os prazeres que o mundo oferece e se afundar no pecado. Cometiam-se crimes, roubos e adultério sem que ninguém se importasse. E o que era pior: zombavam abertamente de Deus e chamavam de louco quem dissesse acreditar nele.

O mundo hoje está muito parecido como nos dias de Noé. Também hoje os homens zombam de Deus, desprezam a sua palavra e riem dos que se dizem cristãos.

A maldade do homem está se multiplicando sobre a terra: crimes, roubos, assaltos, prostituição são comuns na nossa época. Por qualquer coisa se tira a vida de uma pessoa, estraga-se a família alheia e se lança os outros em dificuldade. Quase ninguém mais quer saber nada de Deus. Só querem viver em pecado e gozar os prazeres da carne.

Por isso, como nos dias de Noé, Deus promete destruir este mundo. E a maneira de Deus fazer isso é através do fogo. Diz o apóstolo Pedro no nosso texto: "Os céus que agora existem e a terra tem sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens maus".

Este mundo, contaminado pelo pecado, será destruído para dar lugar a um novo mundo: ao novo céu e a nova terra. Tudo será atingido pelo fogo e derretido como cera, nada escapará. Haverá um grande estrondo e o fogo consumirá tudo. Diz o apóstolo: "Os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados, também a terra e as obras que nela existem serão atingidas".

Não é possível precisar que tipo de fogo será esse e o que restará deste mundo após passar pelo fogo. Sabemos apenas que das cinzas deste mundo surgirá um novo mundo, cheio de beleza e de vida. É o novo céu e a nova terra à qual se refere o apóstolo João em Apocalipse 21. Diz o apóstolo: "Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva, adornada para o seu esposo. Então ouvi uma grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens, Deus habitará com eles. Eles serão povo de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá; já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E, aquele que está assentado no trono, disse: Eis que faço nova todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras". 

E o apóstolo Pedro então conclui nos chamando a atenção para o fato de devermos estar preparados para o dia do retorno de Cristo, vivendo em santo procedimento, dizendo: "Visto que todas estas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vida do Dia de Deus".

Por causa do pecado Deus condenou este mundo à destruição, prometendo um novo mundo, um mundo mais justo e melhor. Ao longo dos tempos o povo de Deus vem aguardando o cumprimento dessa promessa. Este novo mundo é predito em Isaías, capítulo 65 e 66; ele nos é lembrado pelo apóstolo Pedro na sua segunda carta; e é descrito em detalhes pelo apóstolo João no livro de Apocalipse, capítulo 21 e 22.

Entre a primeira promessa, no Antigo Testamento, e a segunda promessa, no Novo Testamento, a história viveu, aproximadamente, mais de oito séculos.

De lá para cá já se passaram quase dois mil anos, e o seu cumprimento ainda não se deu. Como, porém, as promessas de Deus não falham, nós temos a certeza do seu cumprimento; porque, segundo o apóstolo Pedro: "Deus prometeu, e nós esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça".

Para nada nos adiantaria essa promessa de um novo mundo se nós não pudermos morar nele. Por isso a recomendação do apóstolo para que vivamos uma vida piedosa, orando e apressando esse dia. É precisa que se creia em Jesus como Salvador e se viva esse fé. É preciso que se viva em comunhão com Deus, ouvindo a sua palavra e vivendo uma vida de oração.

O apóstolo Paulo na carta aos Romanos nos adverte, dizendo "E digo isto a vós outros que conheceis o tempo, que já é hora de despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas, e revistamos-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências" (Romanos 13.1-14).

Mesmo que pareça demorado, Cristo um dia virá. Ele ainda não veio porque Deus está esperando que mais pessoas se convertam a Cristo e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Timóteo 2.3,4). Se Cristo viesse logo, muitos daqueles que poderiam ser salvos, não o seriam por falta de oportunidade, pois o Evangelho ainda não chegou até eles (Mateus 24.14).

Há duas coisas que determinam a vinda de Cristo. De um lado está a paciência de Deus, que faz com ele delongue o retorno de Cristo, para que o maior número possível de pessoas sejam salvas (2 Pedro 3.7-9). De outro lado, há o perigo do eleito se perder por causa da apostasia dos últimos dias, o que faz com que Deus apresse o retorno de Cristo (Mateus 24.21,22).

Quando Deus prometeu enviar o seu Filho Jesus ao mundo, ele também demorou cumprir esta promessa. Ele poderia ter enviado o Salvador Jesus logo que os homens caíram em pecado. Mas ele não o fez.

Jesus, segundo o plano de Deus, só viria ao mundo quatro mil anos depois. Ele nasceu na cidade de Belém. Viveu na Judéia e morreu em Jerusalém. E, segundo o plano de Deus, Jesus um dia voltará. Isso vai acontecer quando o Evangelho for pregado em todo mundo.

Ele não virá mais como um bebê indefeso, mas em glória e majestade. Virá para julgar os vivos e os mortos, quando "ao nome de Jesus se dobrará todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai".

Cristo um dia voltará. Ele virá para nos libertar de todos os males e nos levar junto consigo às mansões celestiais. Por isso a nossa oração: "Volta, ó Salvador amado, para nos livrar da dor, das garras do pecado, e do inferno e seu horror. Dá-nos sempiterno abrigo junto ao trono teu, Senhor, onde guardarás contigo aos que cantam teu louvor" (Hinário Luterano, 537.3).  

                                                                                                               Amém



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
E-Mail: piperlin@uol.com.br

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