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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3º Domingo de Advento, 16.12.2012

Predigt zu Sofonias 3:14-20, verfasst von Renate Gierus

 

 

Querida comunidade!

Hoje é o terceiro domingo de Advento e estaremos refletindo sobre o texto do profeta Sofonias. Nesta época de espera pelo novo, pela nova vida, ouvir vozes de profetas pode ser desafiador. Esperar não significa ficar de braços cruzados, mas com esperança agir em favor da vida, da justiça.

O profeta Sofonias atuou em 630 a.C., alguns anos antes da reforma que Josias iniciara em 622 a.C. Josias foi feito rei com apenas oito anos de idade, como resultado de um levante do povo da terra devido a um golpe no palácio. Neste período, a injustiça era grande, Judá se encontrava submetida à Assíria.

No primeiro versículo do livro deste profeta, temos informações genealógicas de Sofonias. Ali diz que era filho de Cusi (ben cushi), portanto, etíope. Não há como ter certeza, mas possivelmente Sofonias era negro. Ele anunciava o dia em que Deus olharia com profundidade para as ações e práticas das pessoas, avaliando o que faria ao deparar-se com a maldade delas.

De repente, muda o tom da conversa. O trecho, destacado para a pregação, é como um hino de louvor e alegria, e parece não mais pertencer à mensagem do profeta. Antes, está ligado à época pós-exílica, principalmente considerando os versículos 18-20, que dão a impressão da volta de um povo à sua terra: "trarei de volta os que foram espalhados" (v.19) ou "eu os ajuntarei e os trarei de volta para o seu país" (v.20).

O hino anuncia um novo tempo de graça: "Deus anulou a sentença que havia contra vocês e afastou todos os inimigos do seu povo" (v.15). Agora não há mais nada pelo que ter medo. A presença de Deus dá força, coragem e muita alegria. Deus, em seu amor, livra da desgraça e afasta ameaças. Em uma proposta de inclusão, está explicitada a salvação para as pessoas com deficiências, as que coxeiam (v.19). Também estas estarão alegres e, junto com as pessoas exiladas, louvarão a Deus. Deus mesmo louva seu povo em meio a outros povos da terra, quando sua vida melhorar, quando fizerem a diferença. Assim, os tempos difíceis passaram. É tempo de alegria e de louvor. Deus está aqui!

A alegria sempre é maior depois de um desencontro, de uma briga, de uma ação maldosa, depois de injustiças cometidas. Ela é quase uma alegria completa, não fosse a falha humana de retornar de novo a velhos hábitos e tentações. Esta é a constante tensão em que se vive: a alegria e o louvor pela presença de Deus e um afastar-se desta presença acolhedora.

Este afastamento de Deus e as consequentes atitudes humanas provocam em Deus sérios questionamentos quanto à fidelidade de seu povo. Por isso, Sofonias anuncia a proximidade do dia de Deus, em que ele vai querer saber o que está passando. Por que optar pela maldade, pela opressão, se o perdão e o amor promovem alegria e louvor?

Estamos na época de Advento, da espera pelo menino Deus. Esta espera poderia transformar-se em espaço de avaliação de como anda a nossa vida pessoal, a vida da comunidade, da família, da sociedade. É época de orar e vigiar, de preparar-se com alegria para receber a visita de Deus.

Deus está aqui! E quando se sente a sua presença, é tempo de louvar, de cantar, de dançar, é tempo de alegria. Nós vivemos um tempo de alegria, pois Deus está entre nós! Sua presença nos convida a recomeçar.

Assim, a alegria é maior quando vem acompanhada de arrependimento, quando vem do reconhecimento de que falhamos e erramos, de que não produzimos bons frutos, fizemos cobranças injustas, maltratamos as pessoas e a criação por causa da ganância e do lucro, denunciamos de forma falsa, queremos sempre mais do que temos.

Sofonias anuncia, também para nós, que estamos face a face com Deus, como pessoas perdoadas e reconciliadas, as coisas antigas já não existem mais, o advento de Deus as faz totalmente novas. Por isso a alegria, o cântico, o júbilo. Se estávamos em busca da felicidade, agora já a experimentamos.

Não nos enganemos, porém. A felicidade não é item de posse, no sentido de dizer: "eu tenho a felicidade". A felicidade é maior do que o bolso da gente, ela extrapola nossos cálculos para adquiri-la. Felicidade e alegria são sentimentos, momentos, que se repetem de forma constante. Precisamos nos deixar envolver por sua rica natureza, para que ela seja completa.

Deus está aqui, no meio de nós. Alegremo-nos! Alegres, atuemos em favor da vida e da justiça. Que esta época de Advento seja época de muita alegria e felicidade!

Amém.

 



Pa. Renate Gierus
São Leopoldo, RS, Brasil
E-Mail: Comin_coord@est.edu.br

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