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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

4º Domingo de Páscoa - Dia das Mães, 11.05.2014

Predigt zu Pedro 2:19-25, verfasst von Osmar Witt

 Oremos: Senhor, a tua Palavra é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos. Abençoa a pregação da tua Palavra entre nós. Amém.

Prezada comunidade de Jesus Cristo!

O texto que acabamos de ouvir parece ser daqueles que dão razão a quem pensa que a fé cristã serve apenas para legitimar as dores, os sofrimentos e as relações sociais injustas neste mundo. Um olhar desatento poderá querer encontrar aqui argumentos para mostrar como a fé é usada para manter tudo como está: "aguenta firme o sofrimento, pois no céu terás recompensa". Será somente isso que este texto nos propõe?

Asseguro-lhes que não! O que Pedro escreve deve ser entendido dentro de seu contexto. Então, veremos que ele oferece um forte estímulo justamente para não fraquejarmos, para não perdermos a esperança e para não desanimarmos quando na vida passamos por situações difíceis.

Os destinatários e destinatárias da carta de Pedro são pessoas que abraçaram a fé cristã e que não tinham ligações com o povo de Israel. Foram alcançadas pelo anúncio da graça, que se destina a todas as pessoas, independente de seu pertencimento étnico. Mas, justo essas pessoas agraciadas também experimentam dificuldades na vivência da fé. "A carta foi escrita numa situação de perseguição aos cristãos. Eles eram difamados, caluniados e levados inclusive para os tribunais. Não era uma perseguição por causa de roubo, assassinato ou maldades cometidas, mas por causa da vivência do Evangelho. A carta quer encorajar os cristãos para que não abandonem a fé diante das perseguições. (5.8ss.)"

Este cenário dá bem outra conotação às recomendações da carta! Não se trata de resignar e aguentar o sofrimento calado. Trata-se de não se deixar vencer pelo sofrimento que é imposto injustamente. Quando o sofrimento resulta de uma conduta que reflete nosso seguimento ao evangelho de Jesus, então, sejamos fortes e não nos deixemos abater por nada e por ninguém: "se vocês sofrem por terem feito o bem e suportam esse sofrimento com paciência, Deus os abençoará por causa disso." (v. 20) Neste caminho, Jesus é nosso exemplo. Ele, que era inocente, também foi injustamente morto. Contudo, em sua morte também nós morremos para o pecado e para a maldade que reina neste mundo, "por meio dos ferimentos dele vocês foram curados" (v. 24). Assim, já não estamos sozinhos e sozinhas em nossas dores, pelo contrário! Se antes éramos como "ovelhas que perderam o caminho", agora "fomos trazidos de volta para seguir o Pastor, que cuida da nossa vida espiritual." (v. 25) "O Senhor é o meu pastor, nada (nada) me faltará!", ouvimos do salmista.

"É bem mais fácil aceitar tudo da mão de Deus quando as coisas vão bem em nossas vidas. Mas, quando há sofrimento, costuma-se dizer ou pensar que Deus nos abandonou. A passagem bíblica de hoje quer ensinar-nos que com Cristo podemos sofrer, faz parte até de uma vida com Cristo. Contudo, como ele venceu, nós venceremos com ele. Esta certeza brota da fé nele." "No mundo passais por aflições, ele disse, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo."

Não se trata, em absoluto, de diminuir as nossas dores, ou de fazer de conta que elas não existem, ou que não são importantes. Trata-se de colocá-las em perspectiva certa - elas resultam de uma vida com Jesus - e de não se deixar vencer por elas. Com Jesus, em Jesus, por Jesus temos "remédio" para combater os males que nos querem derrubar ou entristecer. Ele te diz: "chamei-te pelo teu nome, tu és meu, tu és minha!" O Bom Pastor cuida de ti e quer andar contigo e te proteger, também naqueles dias em que te sentes uma pessoa sozinha e teu ânimo está abatido.

Em nossos dias não é difícil encontrarmos pessoas cansadas, sobrecarregadas. Há tantas coisas que nos preocupam, nos entristecem, nos deixam apreensivos e apreensivas e até mesmo com medo em vista do futuro. Neste dia das mães, por exemplo, é oportuno lembrarmos as mulheres que nos falaram e nos ensinaram a respeito da fé que não se deixa abater. Quem puder fazê-lo que abrace sua mãe e lhe agradeça, ou agradeça a Deus pela mãe que um dia teve. De outra parte, não nos esqueçamos que há também mães cansadas, tristes, perdendo seus filhos e filhas para a concorrência das ofertas do mundo: as drogas, a violência, a vida vazia... Também para as mães, o texto de Pedro acentua que elas tem um protetor, um que cuida da sua vida espiritual. E sabemos que isso não é pouco, pois, quando nos sentimos espiritualmente fortalecidas, carregadas e amparadas, então temos mais forças para enfrentar as tantas adversidades que a vida nos impõe. Às vezes, vendo os noticiários, temos a sensação de que, há tempos, a humanidade caminha para um precipício. Não é incomum que a gente desanime. E, no entanto, o Evangelho nos coloca outra vez de pé. É preciso que seguidores e seguidoras de Jesus estejam de prontidão, com disposição renovada para lançar a semente que traz vida nova. Como acentua a tradição profética: "tenho que gritar, tenho que arriscar, ai de mim se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito?" A carta de Pedro é um convite à resistência! E a passagem destacada para a pregação é como bálsamo, que alivia mentes e corações e renova as forças para continuar lutando pelo Evangelho. Não é como ópio para fazer esquecer ou enganar-se. É auxílio do Bom Pastor para enfrentarmos as adversidades do caminho com realismo e ânimo renovado.

"E a paz de Deus, que supera nosso entendimento, guarde vossas mentes e corações em Cristo Jesus. Amém."



P. Ms. Osmar Witt
São Leopoldo/RS
E-Mail: Olwitt@est.edu.br

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