Tema: Deus nos adotou como filhos através de Jesus Cristo (Galatas 4:4-7)

I. INTRODUÇÃO

Período lindo e abençoado esse que estamos vivendo nesse momento: Festividades do Natal, celebração do nascimento do Salvador Jesus, final e início de um novo ano, festividades no seio de muitas famílias, celebrações entre pais e filhos, parentes, amigos e vizinhos. Temos muitos motivos para celebrar.

O texto de Paulo aos Gálatas fala que Deus nos resgatou da perdição eterna através de seu Filho Jesus Cristo e nos adotou como seus filhos - e isto nos motiva a festejarmos com muito mais vigor e alegria, não só nesse período de Natal, mas por toda a nossa vida. Diz Paulo: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Galatas 4:4,5).

II. COM A QUEDA EM PECADO, HAVÍAMOS PERDIDO O DIREITO DE FILHOS DE DEUS

Com a queda de Adão e Eva, desobedecendo e pecando contra Deus o Criador, eles foram expulsos do paraíso, tornando-se inimigos de Deus e afetando assim toda a raça humana com o seu ato. Eles haviam sido criados santos, justos e perfeitos para viverem eternamente em comunhão com o Criador. Porém, com o seu ato de desobediência trouxeram sobre si mesmos e sobre toda a raça humana a partir de então as consequências do pecado: trevas, separação de Deus e morte. O apóstolo Paulo fala claramente sobre isso: “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram” (Romanos 5:12). O profeta Isaías afirma: “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isaías 59:2).

A palavra de Deus é clara: “A alma que pecar, essa morrerá”. “Todos pecaram e carecem da gloria de Deus. No Salmo 14 lemos: “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam: não há quem faça o bem, não há nem um sequer.”

Qual a saída, então para a nossa situação de pecadores, perdidos e separados de Deus?

Imediatamente depois da queda dos nossos primeiros pais em pecado, Deus prometeu enviar o Salvador ao mundo e através de todo o Antigo Testamento essa promessa foi enfatizada várias vezes. Deus profetizou que ele enviaria o Seu próprio Filho como Salvador; que ele nasceria em Belém da Judéia, que nasceria de uma virgem, que teria nomes expressando seus atributos de Maravilhoso, Conselheiro, Deus-Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Jesus, que significa Salvador, Emmanuel, que significa “Deus está conosco” e outros nomes e qualidades. E esta promessa de Deus cumpriu-se integralmente em Jesus Cristo. É ao cumprimento dessa promessa que o Apóstolo Paulo está se referindo em nosso texto.

III. Na plenitude do tempo Deus enviou-nos seu Filho Jesus Cristo

Quando o tempo pre-determinado por Deus chegou, Jesus Cristo veio ao mundo. A cristandade relembra e festeja a vinda de Jesus nesse momento. Jesus Cristo nasceu de mulher, isto é, ele se tornou um de nós, igualando-se a nós, humanou-se e desceu até nós para nos resgatar do abismo em que nos encontrávamos. Ele nasceu sob a lei, isto é, humilhou-se, tomou sobre os seus ombros os nossos pecados e transgressões, sofreu, foi punido por Deus Pai em nosso lugar, foi morto e sepultado. O profeta Isaías fala claramente sobre isso, referindo-se a Jesus:

Ele foi traspassado pelas nossas trangressões e moído pelas nossas iniquidadaes; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. . . Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas: cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. . . Ele foi oprimido e humilhado e não abriu a sua boca” (Isaías 53.5-7a). O apóstolo Paulo diz a respeito de Jesus:

O Apostolo afirma: “Àquele que não conheceu pecado, ele [Deus] o fez pecado por nós”.

Nós que estávamos condenados debaixo da lei do pecado, fomos agraciados com o amor e o perdão de Deus, que fez Seu próprio Filho padecer por nós e em nosso lugar. A punição que nos estava reservada foi descarregada sobre Jesus. Ele nos resgatou da condenação eterna. Pela sua morte e ressurreição Deus nos aceitou de volta como seus filhos – fomos novamente adotados por ele. A ressurreição de Jesus é prova da sua vitória por nós sobre o pecado. É prova de que o Pai aceitou o sacrifício de Seu Filho Jesus Cristo em nosso lugar. É prova de que somos aceitos novamente por Deus. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).

Uma mensagem cristalina, confortadora para nós e bastante atual para esse período de festejos natalinos, de final e início de novo ano: Deus enviou o seu Filho para nos resgatar e para que recebêssemos a adoção de filhos. De fato, por intermédio de Jesus fomos feitos novamente filhos de Deus. “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus; e de fato somos filhos de Deus” (1 João 3:1). Deus nos amou de tal maneira que ele não poupou a seu próprio Filho, para que todo o que crê em Jesus, não sofra, mas tenha a vida eterna (João 3:16). O próprio Jesus vem a nós hoje e afirma: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (João 15:13). Por causa do nascimento, sofrimento, morte e vitória de Jesus por nós e em nosso lugar os nossos maiores inimigos, o pecado, a morte e o inferno, foram vencidos. Esses não tem mais poder algum sobre os que estão na fé em Jesus Cristo.

Prezado amigo, o fato da nossa adoção por Deus como filhos através de Jesus é de grande conforto e alegria para todos nós. Significa que os céus estão abertos para nós, que o coração de Deus anseia por nós, que seus braços nos acolhem, não importa quão pecadores, perdidos e distantes estejamos dele. Ele está mais próximo do que imaginamos – mais próximo que nunca, pois sua graça e amor não têm limites. Seu convite está sendo estendido a nós diariamente: “Ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Isaías 1:18). O convite de Jesus está sendo estendido a todos nós para ouvirmos o Seu convite e crermos nele como o nosso único, todo-poderoso e suficiente Salvador.

É indescritível a alegria que há no céu por um pecador que se arrepende e recebe seu lugar de filho adotado por Deus. O Evangelho da graça, do perdão e da adoção é dado a nós hoje. Hoje é o tempo oportuno de recebermos o presente da adoção.

Esta boa notícia da nossa adoção pelos méritos de Jesus também nos motiva a uma vida de gratidão e louvor. Na certeza e alegria do seu amor por nós, queremos testemunhar para que outros saibam da adoção conferida a nós e que está disponível a todos. Queremos ser testemunhas do seu amor como diz o apóstolo Paulo: “E ele [Cristo] morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Corintios 5:15). Deus nos conceda esta bênção por sua graça. Amen.

Rev. Leonardo Neitzel
Vancouver B.C. Canada
Lneitzel@telus.net