O SEU NOME DIZ TUDO!

Jesus - o Nome que é o próprio Evangelho, a Boa Mensagem: O Senhor Salva!

E diabo – o nome que nega tudo. Vem de ‘diábolos’, em grego, ‘Durcheinanderwerfer’, em alemão, ‘causador da confusão generalizada’, dos indivíduos e da humanidade, em relação ao Deus verdadeiro e ao Seu Propósito com as pessoas.

Quão importante é conhecer o nome certo de leis e privilégios, instituições e pessoas, bons produtos e revendedores honestos, para viver como cidadão em paz e tranqüilidade!

Mais importante, mais do que a vida terrena, é conhecermos profundamente o Nome acima de todo nome: JESUS, o Deus da nossa salvação! Apresentando-nos em nome de Jesus perante o Pai celeste, Ele nos concede o Seu Espírito Santo, isenta-nos de punição, educa-nos e nos presenteia com todo o necessário para esta vida e para a nossa salvação eterna.

Todos os bens provêm de Deus por meio deste Nome, e são bênção para os que Nele crêem:

• Os bens eternos – “...todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo” (At 2.21). “Este Jesus é a pedra rejeitada, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos” (At. 4.12).
• Os bens seculares – Jesus disse aos discípulos: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em Meu Nome , expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”. (Mc 16.s.). O apóstolo Pedro testemunhou: “Pela fé em o Nome de Jesus , é que esse mesmo Nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós” (At 3.16).

Assim visto, entendem bem a palavra do Senhor, isto é, confessam a fé verdadeira os que têm afixada em suas camisetas ou seus carros a afirmação: JESUS – ESTE NOME TEM PODER!

Grave-se, todavia, indelevelmente em nossos corações e mentes:

Os sinais de cura, proteção e melhora das condições da vida terrena jamais devem ter a preferência. São sinais probatórios da veracidade de todas as promessas de Jesus, mas “apenas” apontam para o poder de Jesus de salvar eternamente. Para esta obra perfeita Ele se sacrificou e ressuscitou vitorioso, ascendeu aos céus, governa amorosamente os Seus fiéis e os conduzirá salvos à igreja triunfante!

Os que, contudo, se fiam supostamente em Cristo somente por uma vida despreocupada neste mundo, estes não confiam verdadeiramente em Cristo o Salvador, mas são seguidores do tentador. Serão condenados! Não estão dando atenção à séria advertência de Deus. Pois está escrito (1Co 15.19):

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os seres humanos”!

O diabo quis logo com a primeira tentação relatada no Evangelho de hoje levar Jesus a suprir para si as principais carências desta vida terrena:

“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome” (Lc 4.1s.).

Deus-Homem no deserto, exposto a perigos, entre dia e noite a altíssimas variações de temperatura, a fome e sede, ao diabo! Não por iniciativa do diabo, mas pela Vontade de Deus.

Jesus foi em decisão voluntária, mas não autônoma, ao deserto para ser tentado. Foi pela decisão do conselho da Trindade Indivisível, sendo que o Santo Espírito, Nele permanente, o levou. As naturezas divina e humana do Cristo agiram em comunhão com o Pai e o Espírito Santo. A natureza humana de Jesus, por ser perfeita, é isenta de reação contrária, de pecado. Claramente se manifesta a obediência plena do Cristo de Deus!

Jesus, cheio do Espírito Santo, não tem espaço para o espírito adversário, somente para o Espírito de Deus. Até a tentação pelo diabo foi pela vontade de Deus exclusivamente. Jesus não sofreu influência do diabo. Sofreu o desrespeito da parte desse condenado. Mas o mesmo não teve a mínima possibilidade para prejudicar a decisão de Deus de providenciar a salvação dos pecadores.

Completamente frustrados esses ataques diretos do tentador, também os seus comandados, mais tarde, enfrentados pelo Senhor Jesus, disseram:

“Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Mc 1.24). Em outra ocasião: “... um homem possesso de demônios ... quando viu Jesus, prostrou-se diante Dele, exclamando e dizendo em alta voz: ‘Que tenho eu contigo, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes!” (Lc 8.26-34).

O Filho de Deus, mesmo sem usar Seu poder divino como poderia ter usado, resistiu sempre ao tentador vitoriosamente e o fez recuar do intento, por fim derrotando-o (1Jo 3.8b):

“Para isto Se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo”.

Jesus foi tentado exatamente logo após o Seu Batismo! Batismo, no seu sentido primeiro, é imersão. Jesus foi submerso na água. No entanto, o Seu Batismo não foi apenas no rio Jordão. Continuou logo: no deserto, na solidão absoluta, sem alma humana por perto; até o próprio Pai celeste parecia distante. Jesus foi imerso na profundiade do sofrimento humano, se expôs ao causador de toda a desgraça no mundo e na eternidade – para lhe resistir e derrotá-lo. Diria Ele aos discípulos mais tarde, mas antes de ser preso, maltratado e morto (Lc 12.50):

“Tenho, porém, um batismo com o qual hei de ser batizado; e quanto me angustio até que o mesmo se realize!”

e a partir da ressurreição tenhamos o gozo perfeito da bem-aventurança na comunhão infindável com Deus, todos os salvos e os santos anjos.

Imersão total do Cristo na obediência ativa e passiva, no praticar todo o bem e sofrer todo o mal, para vitória absoluta do Reino de Deus. Por nossa causa, para o nosso bem, para nossa redenção, para ficarmos longe do diabo e inferno, para que nossos sofrimentos se restrinjam a esta vida perecível somente e estes sofrimentos, de tristeza devido à nossa ingratidão e da inimizade do diabo e do mundo contra Deus e nós, quase nada pesem comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8.18) na comunhão eterna com Deus, todos os salvos e os santos anjos.

Para podermos aqui pronunciar com leveza, em gratidão, “sem temor e com toda a confiança, assim como os filhos amados ao seu querido Pai” esta petição: “Pai nosso, que estás nos céus – O pão nosso de cada dia nos dá hoje”, o Cristo de Deus sofreu tudo, carência de comida, de amigos, de bens pessoais, também a tentação por satanás por causa desta abstinência de tudo que a natureza humana considera seu de pleno direito:

Cristo venceu a tentação que as pessoas têm de preocupar-se primeiro com a subsistência física temporal; descontentar-se por causa de sofrimentos; tomar iniciativa, advinda da auto-confiança, em detrimento da confiança no Deus Criador e Mantenedor da vida; recorrer a poderes espirituais insinuados pelo inimigo e, portanto, sem ordem nem promessa de Deus, mas por Ele proibidos e condenados.

O sagaz tentador, espírito maligno, é diretamente visível, audível, perceptível – para Jesus, não para nós! O malvado abusa das capacidades que o Criador lhe deu: movimenta-se em tempo e espaço; dirige a palavra Àquele que é a Palavra em pessoa, pela qual o mundo foi feito, ao Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Atrevimento sem igual...

E ainda tenta colocar em dúvida o Filho de Deus, insinua-Lhe ter de verificar se Ele é o Filho de Deus! E se Ele é, então que o prove – a Si e ao inimigo de Deus! E mais: “Para que sofrer, se tu és o Filho de Deus? Não sejas ingênuo e masoquista nem arrogante querendo provar teu poder de resistência física e psíquica numa miserável situação como esta em que o Espírito Santo, contigo e o Pai é um só Deus, te colocou! Não sejas Deus em vão! Manda que estas pedras se transformem em pão!”

A obra do diabo foi tentar demover o Filho de Deus da consciência de Ele ser Deus! Mas enganou-se imaginando que com este especial Descendente obteria os mesmos resultados que com os ancestrais Eva e Adão e todos os outros humanos. Com eles, sim, se não estiverem protegidos “em Cristo”, o inimigo obtém suas vitórias - até que os veja condenados. Vitórias, todavia, de um general e exército vencido e derrotado, que em sua retirada destrói tudo e mata todos, com grande ódio e pouco tempo de fuga, sem sucesso, no final.

Necessitamos sem interrupção que o Senhor nos guarde e defenda. Que Ele viva em nós e nós vivamos Nele, que Ele nos envolva como a única poderosa armadura, a Sua Palavra, arma de ataque e de defesa, até que em Seu poder “vençamos afinal e obtenhamos a vitória”, e o diabo e seus mensageiros sejam expulsos, da proximidade ao ambiente divino, para o seu lugar.

Jesus é esta Palavra de Deus. Ele sabe por origem que o pão não sustenta se o Criador não o abençoar, desde a semeadura do cereal até a ceifa e a panificação, a ingestão e a digestão.

“Toda Palavra que procede da boca de Deus” é a fonte única verdadeira mantenedora da vida. Pela Palavra Deus fez o mundo, a vida, os alimentos, tudo que pertence ao sustento e às necessidades da vida. Portanto, também os pagãos, gentios, incrédulos, inimigos de Deus vivem fisicamente neste mundo que Deus assim ordenou. Reconhecem Deus nas obras da Criação e Manutenção, mas não O glorificam como Deus nem Lhe dão graças (Rm 1.17ss.).

Daí se originam os grandes movimentos, locais, nacionais e mundiais, da unificação de todas as denominações cristãs, religiões pagãs, ideologias etc. São inimigos da vida em liberdade dos filhos de Deus. O movimento generalizado para obtenção do “pão nosso de cada dia”, sem dar graças ao único Deus Criador e Mantenedor nem pedi-lo da Sua mão, redundará no “pão que o diabo amassou”, e todos terão de comê-lo! E os cristãos também sofrerão por isso...

Guarda-nos, Senhor, de termos de viver comandados pelos construtores desta nova “torre de babel”, toda ela construída sobre a areia de desejos, pensamentos e propósitos humanos e demoníacos em afronta a Ti! Confunde-lhes a língua, rogamos-Te, para que se espalhem novamente. Concede-lhes então oportunidade para se converterem à Tua Salvação, ó Pão da Vida. Glória seja ao Teu santo nome eternamente.

O poder para resistirmos ao diabo e aos seus mensageiros é a Palavra de Deus. Dispomos desta arma poderosa, para nos defendermos e afugentar os inimigos; confiando no seu poder, fazem uso correto da mesma.

Os ímpios usam-na para tentar derribar os que nela crêem. Não confiam nela e nem mesmo sentem necessidade de usar alguma arma contra o diabo. Usam, ao invés disso, julgando necessário, as armas do malvado. Não se dão conta de que o espírito das trevas se dedica a induzi-los e depois lançá-los no desespero. Alimentam-se de pão envenenado. Aplica-se a eles o antigo ditado: “O feitiço virou contra o feiticeiro”.

Temos o consolo de que “Naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hb 2.18). Enfrentamos o inimigo certos da vitória – estando batizados “em Cristo”, imersos Nele; “cheios do Espírito Santo”, inundados por Ele; revestidos de “toda a armadura de Deus”, empunhando a “espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef 6.10ss.). Como o Senhor, assim os servos! Mas com uma grande diferença: os servos enfrentam o inimigo protegidos pela Palavra do seu Senhor, no qual confiam de todo o coração!

De fato, o nome de Jesus diz tudo! “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus , como Grande Sumo Sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao Trono da Graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.14-16). Amém.

Pastor Adolpho Schimidt
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Brasília - DF – BRASIL
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