Göttinger Predigten im Internet
hg. von U. Nembach

Décimo Nono Domingo Após Pentecoste - 25 de setembro de 2005
Série Trienal A – Mateus 21.28-32 – Alex Marciano Schmökel
(Sermões atuais: www.predigten.uni-goettingen.de)


FAZENDO A VONTADE DO PAI

Que o Deus e Pai de toda a graça, amor e misericórdia esteja conosco durante o ouvir e o meditar de Sua Santa Palavra, em nome e por amor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém

INTRODUÇÃO

Nestes últimos anos tem-se escutado muito sobre a educação de crianças e jovens. Percebe-se freqüentemente a queixa de que os filhos não estão mais respeitando e obedecendo aos seus pais como deviam.

Muitos pais têm chorado e lamentado a desobediência de seus filhos. Outros pais se queixam que por melhor que educam seus filhos, ensinando-lhes o que é certo e prevenindo-os do que é errado, eles agem contra a vontade dos pais.

CONTEXTO

Na esfera espiritual estas coisas não são diferentes; elas também acontecem. E para explicar isto, Jesus apresenta uma parábola aos Seus opositores e perseguidores, a parábola dos dois filhos.

Mas o que Jesus queria ensinar com esta parábola?

O ensino de Jesus fica claro se olharmos para o contexto em que está inserida esta parábola. Os líderes judeus, na época de Jesus conheciam as profecias a respeito da vinda do Messias, conheciam toda a Palavra de Deus do Antigo Testamento, mas praticavam a vontade de Deus só de maneira externa e não por meio de um arrependimento e de uma conversão sincera de seus corações e mentes. 

I – NÃO DE MANEIRA HIPÓCRITA

Para exemplificar bem este Seu ensino, Jesus contou a parábola dos dois filhos, em que o pai solicitou que seus filhos fossem trabalhar na sua plantação de uvas. E diz o texto que o primeiro disse que iria, mas não foi; e o segundo disse que não iria, mas arrependido, acabou indo.

O primeiro filho, aquele que disse para o pai que iria trabalhar na plantação de uvas e não foi, é o representante fiel dos fariseus. Pois ele disse uma coisa e fez outra. Esta era a atitude dos fariseus na época de Jesus. Eles conheciam a Palavra de Deus, “cumpriam” os mandamentos de Deus, mas por dentro seus corações estavam longe de Deus. Toda sua vida e todo seu agir era de maneira hipócrita.

 Será que em nossa Comunidade, muitos não agem como este primeiro filho? Muitos sabem qual é a vontade de nosso Deus e Pai, mas não a cumprem e muitos quando a cumprem, cumprem de maneira hipócrita, somente externamente para dar a impressão de um “bom cristão”.

Podemos citar um exemplo prático da nossa vida cristã. Quantos de nós ainda estão lembrados daquela pergunta feita pelo nosso pastor, por ocasião do dia de nossa Confirmação, em que ele nos perguntou: “Quereis, conformar toda vossa vida estritamente com a norma da Palavra de Deus, fazer uso abundante dos meios da graça, agir dignamente segundo o evangelho de Jesus e permanecer fiel ao Deus Triúno, em fé, palavras e obras, até à morte?” E nós respondemos: “Queremos, com a graça de Deus.”

Muitos de nós prometemos isto diante do Altar de nosso Deus, mas algum tempo depois acabamos esquecendo desta bela promessa de fazermos a vontade de nosso Deus, de servirmos ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

E assim vamos ao culto, à Santa Ceia, ao estudo bíblico, muitas vezes unicamente por força do hábito, por costume, ou como diz o outro, para marcar presença, mas infelizmente saímos como entramos, não aproveitando a mensagem de perdão, consolo, amor e esperança que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo sempre nos oferece por meio de Sua Palavra e da Santa Ceia.

Em outras ocasiões cantamos nossos hinos sem refletir em sua letra e mensagem que nos trazem. Cantamos os mesmos embalados somente pela melodia.

Mas onde está a solução para estes problemas? Onde está a solução para agirmos de modo diferente, para fazermos a vontade de nosso Pai, o Deus Todo-Poderoso?  

II – MAS DE MANEIRA SINCERA

A resposta para estas perguntas e a solução para este problema é o que o profeta Ezequiel nos diz: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36.26,27). E também o que o mesmo profeta diz no texto do Antigo Testamento lido há pouco: “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós coração novo e espírito novo; (...) Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei.”

A solução não está dentro de nós, ela vem de fora. Ela vem de Deus. O Espírito de Deus, por meio da Palavra age em nosso coração e, como no caso do segundo filho, o Espírito de Deus nos leva ao arrependimento de nossos pecados e, conseqüentemente, Ele também nos leva a fazer a vontade do Pai com sinceridade, movidos pelo amor de Deus por nós e em nós.

Precisamos nos arrepender de nossos pecados, erros e falhas e deixar o perdão e o amor de Jesus agir em nosso coração, nos converter e nos levar a viver uma nova vida, servir ao Senhor Jesus com alegria.

Para fazermos a vontade do Pai de maneira sincera, não é suficiente reconhecer o pecado como algo que ofende a Deus; precisa haver arrependimento verdadeiro. Não é suficiente conhecer Jesus apenas intelectualmente como Salvador; Jesus precisa estar no coração e ser seguido. Não é suficiente saber-se que há perdão junto a Deus; precisa haver desejo e apropriação do perdão. Não basta aceitar Jesus como Senhor com a boca; Jesus precisa estar entronado no coração e que governar a nossa vida. Não basta apenas ouvir, mas a Palavra precisa ser cumprida. Não basta o uso de palavras piedosas, boas intenções, grandes promessas, mas a completa submissão à vontade de Deus.

Desta maneira o Espírito Santo age em nós, por meio da Palavra de Deus, levando-nos ao arrependimento, mudando nossa maneira de ser e de viver, fazendo a vontade do Pai. 

CONCLUSÃO

Portanto, meus amados!

Que, a exemplo do segundo filho da parábola, nos arrependamos de nossos pecados e, sob a orientação da Palavra de nosso Deus, façamos a Sua vontade com alegria, amor e sinceridade, não falsamente imaginando termos direito a receber méritos e honras, mas em resposta ao Seu amor por nós; em resposta ao amor de Jesus que nos deu o perdão de todos os nossos pecados e a salvação eterna. Amém.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Amém.

Soli Deo Gloria!

Alex Marciano Schmökel
Vera Cruz – RS – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB)
amschmokel@terra.com.br
http://www.ielb.org.br


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