Göttinger Predigten im Internet
hg. von U. Nembach

Ano Novo – 01 de Janeiro de 2006
Números 6.24-26 - Jonas Roberto Flor
(Sermões atuais: www.predigten.uni-goettingen.de)


“O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz” (Números 6.24-26).

TEMA: Bênção de Deus para 2006

Introdução
As bênçãos de Deus nos acompanharam ricamente em 2005. Por isso podemos agradecer pelo ano que passou.
Agora, no novo ano, só seremos bem sucedidos se a bênção do Senhor continuar a nos acompanhar.
Por isso queremos estudar as palavras que repetimos em todos os finais de cultos, palavras às quais, às vezes, não damos a devida atenção, palavras que tem um profundo conteúdo e significado.
Bênção – palavras que Deus pediu que Moisés transmitisse ao povo de Israel no deserto, no caminho para a terra prometida.

I – “O Senhor te abençoe”
A bênção provém de Deus, e não de um homem qualquer. Esta bênção é um desejo puro da vontade de Deus para com os homens.
Abençoar significa não apenas que Deus nos enche de momentos alegres, felizes. Bênção também inclui momentos de sofrimentos, tribulações, doenças – que também são formas de Deus nos abençoar provando a nossa fé para que nos acheguemos para mais perto dele.
Será que a crise económica mundial que estamos vivendo não é um freio de Deus na nossa ânsia do consumismo que nos devora? Não há um fundo de bênção nisso?
Ao ouvirmos “O Senhor te abençoe”, saibamos que Deus nos concede bênçãos materiais, como a saúde, a comida, as vestes, o lar, e nos concede bênçãos espirituais, como o perdão, a vida, a palavra de Deus, a fé, a paz, a salvação.
Que o Senhor abençoe a você também no ano novo e em toda a sua vida!

II – “...E te guarde”
Apesar das bênçãos de Deus serem boas, o coração do homem é mau. Por isso o homem é presa fácil dos inimigos que o cercam. Diariamente somos atacados por pessoas malvadas que não querem o nosso bem (ladrões, vingança, calúnia, inveja), por pestes e calamidades, pelas tentações do diabo, do mundo e da nossa própria carne, por superstições, por falsos deuses, por feitiçarias, etc.
Deus quer ser o nosso Guarda, o nosso Protector, o nosso Amparador. Lemos no Salmo 121: “O Senhor é quem te guarda: o Senhor é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia nem a lua de noite. O Senhor te guardará de todo o mal: Ele guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.”
Que o Senhor guarde a você também no ano novo e em toda a sua vida.

III – “O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti”
Resplandecer significa brilhar. O rosto de Deus é um brilho na escuridão do pecado.
O rosto de Deus brilhou quando Deus prometeu um Salvador para Adão e Eva; quando o menino Jesus nasceu em Belém; quando Jesus derramou o seu sangue na cruz e ressuscitou ao terceiro dia.
Hoje o rosto do Senhor continua a resplandecer sobre nós: nos nossos lares, no nosso trabalho e em todas as nossas actividades.
Nem sempre damos atenção merecida e respeito ao rosto de Deus que resplandece sobre nós. Fazemos mau uso das bênçãos que ele oferece, prejudicamos a nossa saúde com vícios, com pouco descanso, etc. Nem sempre estamos na casa do Senhor, onde o rosto de Deus brilha de modo especial.
Por isso, precisamos que o Senhor tenha misericórdia de nós.

IV – “... E tenha misericórdia de ti”
Misericórdia significa amar sem merecimento. Nós não merecemos ser amados por Deus. Pelo contrário, por causa dos nossos pecados, merecemos somente a condenação eterna. Mas ele nos ama assim mesmo. Tem compaixão de nós. Chama-nos ao arrependimento. Convida-nos a nos achegarmos para mais perto dele.
Peçamos a Deus que continue sempre a derramar esta misericórdia sobre nós. Precisamos dela também em 2006.

V – “O Senhor levante sobre ti o seu rosto”
Deus nunca dorme. Ele nunca olha para os lados. Ele está continuamente olhando para nós, com o rosto erguido, levantado.
Deus levanta o seu rosto sobre nós:
- para olhar para nós com carinho, atenção, interesse e amor;
- para tomar conhecimento das nossas ansiedades, angústias e aflições;
- para repartir connosco as alegrias que temos com suas bênçãos.

VI – “...E te dê a paz”
Vivemos em meio a um mundo de violência, discórdias, incompreensões e mortes. Vivemos num mundo que respira guerra.
O mundo carece de paz. Muito se fala de paz. Há manifestos pela paz. Mas fala-se apenas daquela paz que o mundo oferece: ter um emprego, dinheiro, saúde; estar de bem com as pessoas; ser um bom cidadão; não haver guerra entre as nações.
Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo” (João 14.27).
Ter paz significa ter comunhão com Deus e paz de consciência. Para isto é preciso reconhecer os pecados cometidos, é preciso confessar estes pecados a Deus, é preciso confiar na graça e no perdão que Cristo conquistou por nós na cruz.
Se isto acontecer, mesmo nas aflições, mesmo nos momentos de problemas e angústias, o consolo de Deus será muito maior – e teremos paz.

Conclusão
Todas as vezes que recebermos a bênção no final de um culto, ou quando a orarmos em conjunto, lembremo-nos de que Deus quer estar bem ao nosso lado, e nós poderemos caminhar confiantes o nosso caminho sabendo que Deus é fiel às suas promessas. Amém.


(Estão incluídas neste texto algumas anotações de um sermão do Rev. Dari Knevitz, não publicado, datado do início da década de 1980)

Jonas Roberto Flor
Igreja Evangélica Luterana Portuguesa
Porto, Portugal
jonas.flor@clix.pt
www.igrejaluterana.web.pt


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