Göttinger Predigten im Internet
ed. by U. Nembach, J. Neukirch, C. Dinkel, I. Karle

Antepenúltimo domingo após Pentecostes, 12 de novembro de 2006
Marcos 13.1-13 – Série Trienal B – Alex M. Schmökel
(Sermões atuais: www.predigten.uni-goettingen.de)


TEXTO: Marcos 13.1-13

TEMA: As Dificuldades e o Consolo do Fim dos Tempos!

Que Deus nosso Pai, nos abençoe no ouvir e no meditar de Sua Santa Palavra, em nome e por amor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém.
 
INTRODUÇÃO
Estamos chegando ao final de mais um Ano da Igreja. Nestes três últimos Domingos, antes de iniciarmos o novo Ano da Igreja, com o período do Advento, somos levados a meditar e refletir sobre AS COISAS DO FIM, ou seja, daqui para frente os textos propostos para os Cultos tratam das coisas do fim dos tempos.
Ao mesmo tempo em que trataremos deste assunto do fim dos tempos, também veremos que encontraremos conforto e consolo. Pois, além de o fim trazer uma mensagem de dificuldades e juízo, também nos traz uma mensagem de alegria, conforto e consolo.
 
CONTEXTO
Todo este capítulo 13 de Marcos é um Sermão Profético de Jesus, ou seja, do que acontecerá no futuro.
As palavras de Jesus em nosso texto são fortes. Elas impressionam e assustam. Ainda mais no momento em que Jesus profetizou sobre a destruição do Templo de Jerusalém, que então era o referencial simbólico da presença de Deus entre o Seu povo.
O que também impressiona e assusta neste discurso de Jesus são os versículos 3-13, que apontam o surgimento de falsos mestres, guerras, destruição da sociedade, da família e dos valores históricos, mas isto tudo ainda não é o fim, apenas o princípio das dores, conforme o versículo 7 de nosso texto. O versículo 10 de nosso texto diz que...
“...é necessário que primeiro o evangelho seja pregado em todo o mundo”.
Mas no final do versículo 13 temos uma palavra de vitória, uma promessa de Deus:
“... aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo”.
 

I – AS DIFICULDADES
Se nós olharmos para toda a História da humanidade, veremos que sempre houve dificuldade. Sempre existiram aqueles que, como lemos no versículo 22, fizeram-se passar por Cristo – “para enganar, se possível, os próprios eleitos” de Deus!
E, vejam a atualidade desta profecia de 2mil anos: no Mensageiro Luterano de Novembro de 2000, há uma reportagem em que um alemão de nome Johannes Reimer diz que no mundo existem atualmente mais de 1500 falsos Cristos! E nesta mesma reportagem vemos que na Rússia um sujeito que se intitula de Cristo, tem 10 milhões de seguidores...
Vemos por esses dados a fraqueza da fé em muitas pessoas, a falta do verdadeiro conhecimento bíblico, a ausência de uma viva esperança na vida destas pessoas, que acabam não crendo no Verdadeiro Messias, no Verdadeiro Cristo, que nos dá o perdão de todos os nossos pecados e assim nos salva da morte e condenação eterna.
A fraqueza na fé faz com que muitos se deixam “levar por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas. E estas por meio de armadilhas, levam os outros por caminhos errados”, conforme diz o apóstolo Paulo em Efésios 4:14.
E nós? Estamos bem firmados em nossa fé? Ou também, pelo anseio de respostas imediatas para a vida e seus problemas, deixaríamos nos iludir por estes falsos Cristos e seus ensinamentos?
O apóstolo Paulo nos adverte dizendo: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”, em 1. Coríntios 10.12. Por isso, nós cristãos precisamos estar bem firmados em nossa verdadeira fé. Ter a certeza de que cremos e adoramos o Verdadeiro Cristo e conhecemos o Seu ensinamento que nos dá a felicidade eterna.
Também em todo o mundo sempre houve guerras e ainda hoje elas existem. Temos acompanhado ultimamente os conflitos (já desde os tempos bíblicos) entra palestinos e israelenses. Também existem conflitos em nosso continente, principalmente na Colômbia. Mas sobre isto o nosso texto diz que não é para nós nos assustarmos, pois ainda não é o fim.
Outra dificuldade que temos relatado em nosso texto é sobre a desestruturação da família, em que filhos se levantarão contra os pais, e pais contra os filhos e assim por diante.
E esta é uma preocupação que tem atingido muitos lares na atualidade em que não há mais o diálogo entre pai e filho. Mas sim uma disputa de poder, autoridade e autonomia em que as conseqüências são algumas vezes drásticas, trágicas.
Os antigos valores de uma família também acabam se perdendo no meio desta história. Muitos já não casam mais, simplesmente vivem juntos para ver se dá certo ou não. Outros que casam, logo que surge a primeira dificuldade, a primeira desavença, já se separam. E assim a família também vai se desestruturando.
É lamentável que estas coisas estejam acontecendo. Mas como diz o nosso texto, ainda não é o fim, apenas o princípio das dores.
Todavia, nós cristãos temos por orientação a Palavra de nosso Deus, que nos mostra e nos diz qual é a Sua Santa Vontade, por meio dos Seus Mandamentos. E esta Palavra de Deus também nos aconselha em momentos de dificuldade, nos orienta nas decisões que precisamos tomar como cristãos. Em outras palavras, somos orientados pela Palavra de Deus ao que devemos fazer. Se confiamos em Deus, e podemos confiar plenamente na Sua Palavra, nas Suas Promessas, pois Ele é o nosso Salvador, Mestre e Senhor amoroso – então sigamos sem vacilar o que Ele nos diz em Seus Mandamentos.
Pois em meio a todas estas dificuldades Deus também nos faz uma promessa toda especial:
 
II – O CONSOLO PARA OS FIÉIS QUE PERSEVERAREM ATÉ O FIM
Uma promessa de esperança. Uma promessa que traz o verdadeiro conforto e consolo, em que Deus cuidará dos Seus filhos; em que Deus estará com eles até o final dos tempos, firmando-os em Sua Palavra, para que assim possam perseverar nela.
Conta-se a história de que no século passado, nos festejos alusivos à fundação de uma cidade no interior dos Estados Unidos, fazia-se uma corrida, cujos participantes eram escravos. Aquele, porém, que chegava primeiro ao lugar determinado pelas autoridades e pelos fazendeiros, recebia como prêmio a sua liberdade.
Alguns dias antes da corrida, os escravos eram maltratados e também não eram mais alimentados e geralmente, por causa disso, todos estes escravos estavam fracos para não ter o perigo de fugirem. E todos eles perseveravam para chegar em primeiro lugar e receber o tão sonhado prêmio da liberdade, que era dado somente ao primeiro a chegar no local determinado.
Esta estória quer nos ensinar, nesta época em que estamos falando das coisas do fim, a sermos perseverantes. Embora sejamos atribulados, vivermos em meio ao medo, em meio a dificuldades, mas como cristãos precisamos ser perseverantes, estar bem firmados na fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Deixar o Espírito Santo agir em nós, por meio da Santa Palavra de Deus e por meio dos Sacramentos – Batismo e Santa Ceia.
Sabemos que a vida cristã é uma corrida. Uma corrida em que todos nós corremos para alcançar o prêmio da salvação eterna. Por isso Jesus diz em nosso texto:
“...aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo”.
 

CONCLUSÃO
Portanto, meus amados!
Que aproveitemos este momento e nos preparemos para a vinda do Senhor Jesus. Perseverando em Sua Palavra, na fé, confiança e certeza do Seu perdão para os nossos pecados e nossa salvação eterna.
Mesmo em meio a este mundo, que investe tanto contra o único verdadeiro Cristo, contra o cristianismo, contra os cristãos, não podemos desistir, mas sim perseveremos até o fim, pois a nossa certeza e o nosso conforto é a vida eterna que teremos em comunhão com Cristo no céu.
Que Deus nos conceda a fé, a esperança e a alegria para perseverarmos, mesmo em meio às lutas e aos perigos do dia a dia.
Em nome e por amor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém.
E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Amém.
 
Soli Deo Gloria!

Alex Mariano Schmökel
Vera Cruz – RS – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
amschmokel@terra.com.br
www.ielb.org.br


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