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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3º Domingo após Pentecostes, 01.06.2008

Predigt zu Mateus 9:9-17, verfasst von Horst R. Kuchenbecker

  

O convite divino

Quantos convites nós recebemos através dos meios de comunicação para seguimos caminhos ou pessoas? Políticos se esforçam pela retórica e argumentação para conquistarem seguidores. Vendedores, por meio da propaganda colorida, cantada, dançada chamam atenção sobre suas mercadorias e atraem para a compra de seus produtos. Há religiões que se valem desses meios para conquistarem adeptos, ou como alguns dizem: Vender melhor o seu peixe!

Sem dúvida podemos usar os meios de comunicação, mesmo assim sabemos que no chamado de Jesus não operam forças humanas, mas o poder de Deus. Pois nós somos, por natureza, espiritualmente cegos, mortos e inimigos de Deus. Só o poder de Deus, que atua pela palavra de Deus e pelos sacramentos pode dar-nos vida, arrancar-nos das garras de Satanás e nos levar e conservar na fé. Por isso importa darmos ouvidos à sua Palavra.

Vejamos, pois, mais de perto a vocação de Mateus. Queremos rever a história e o seu ensino.

1. História - Jesus atuou na Galiléia e estabeleceu residência na cidade de Cafarnaum. Ali ensinou durante várias semanas e efetuando muitos milagres.

A região já estava há 16 anos sob o domínio romano que impusera a todos pesados impostos. Ali vivia o publicano Mateus.

Mateus era judeu. Como criança aprendera a lei, os salmos e os profetas. Mas na juventude buscou riqueza e abraçou a profissão de cobrador de impostos. Em si uma profissão honrada. Na época um trabalho para os romanos opressores. Por isso eles eram considerados um traidor da pátria. Além disso, cobravam além do devido, exploravam o povo, que os odiados.

Provavelmente Mateus ouviu a respeito de Jesus, suas mensagens e seus milagres. Que efeito essa notícia teve no seu coração? A lembrança de Deus, do pecado, da justiça e da vida eterna? O amor ao dinheiro, no entanto, sempre sufocavam tais preocupações. Isto ainda hoje é muito comum.

Pois bem, certo dia Jesus passou ali. Talvez alguém perto de Mateus, tenha exclamado: Olha ali o profeta! Mateus olhou. Jesus veio diretamente em sua direção e lhe disse: Segue-me!

Palavra cura e simples: Segue-me! Seria possível, pensou Mateus. Eu, um pecador desprezado, seguir o profeta, o Filho de Deus? O nome cobrador de impostos, publici, publicanos, era sinônimo de vil, de pecador desprezado. Eles eram considerados impuros e por isso proibidos de entrar no templo. - Será que ouvi bem. Jesus está me chamando? Nem posso acreditar.

As pessoas à volta de Jesus, sem dúvida, também se admiraram. O que? Jesus está chamando esse homem tão desprezível para segui-lo, para ser seu discípulo?

Como um relâmpago os pensamentos de Mateus se tumultuaram. Ele sabe-se pecador que necessita mudar de vida, necessita de um salvador.

Não conhecemos maiores detalhes. Um filme sugere que Mateus, rapidamente, deu ordens a seus subalternos, saltou sobre o balcão e seguiu a Jesus. Alegria, gratidão felicidade inundaram sua alma. Coisas que o dinheiro não lhe pôde dar.

Num pulo Mateus trocou a mesa de dinheiro, pela pobreza; um rico e poderoso senhor, por um homem simples e pobre que não tinha onde reclinar sua cabeça, mas tinha "as palavras da vida". Trocou uma vida esplêndida, por uma vida errante, se sofrimento e de martírio, como Jesus lhe disse mais tarde: O mundo vos odeia. "Negue-se a si mesmo e sigam-me". Mas em tudo isso ele tinha a certeza do perdão, da paz com Deus e da vida eterna.

Ainda hoje Jesus chama assim. Não é o poder da retórica ou do marketing - mesmo que os possamos usar - mas o poder de Deus que atua pela palavra de Deus. Por essa palavra e os sacramentos o Espírito Santo atua poderosamente chama, ilumina, opera a fé, congrega e santifica.

Por esta palavra Jesus chama pecadores ao arrependimento e à fé. Quem não reconhece seus pecados, não perguntará por salvação, nem dará ouvidos ao chamamento de Jesus.

Alguns, na verdade, admiraram a Jesus como mestre e gostariam de segui-lo por outros interesses. Assim um escriba lhe respondeu: "Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (Mt 8.19-20 RA).

Quem busca em Jesus uma vida fácil, está enganado. Jesus disse: "Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia" (Jo 15.19 RA). Mais tarde Jesus disse a seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Mt 16.24 RA).

Ele chama pecadores ao arrependimento para consolá-los com o maior e mais poderoso consolo: o perdão dos pecados. "Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados" (Mt 9.2 RA). "Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo" (1 Jo 3.8 RA). "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem enviaste" (Jo 17.3 RA).

Mateus seguiu a Jesus e, naquele dia, ouviu atentamente suas mensagens no mar da Galiléia. Depois Mateus convidou Jesus para sua casa e lhe preparou um banquete, para o qual convidou seus colegas, cobradores de impostos, pois queria que todos ouvissem a mensagem da salvação e conhecessem o Salvador Jesus. Marcos relata que muitos publicanos seguiram a Jesus (Mc 2.15).

2. Incidentes - Na janta houve alguns incidentes. Os fariseus quando ouviram que Jesus convidou Mateus e este o seguiu e preparou um banquete para Jesus, não quiseram acreditar. Eles foram até a casa de Mateus ver o que estava acontecendo. Eles chamaram alguns discípulos de Jesus para a porta e perguntaram: "Porque come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?" (Mt 9.11).

Antes que seus discípulos pudessem responder, Jesus, para mostrar sua onisciente, respondeu: "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento" (Mt 9.12-13 RA).

Jesus é o verdadeiro cura d´almas. E aqueles que conhecem sua enfermidade, o pecado, darão ouvidos a ele. Os fariseus, que em sua religiosidade de obras exteriores se julgavam sãos, o desprezavam.

Então vieram alguns discípulos de João, que não se deixaram guiar a Jesus. Estes se uniram aos fariseus e perguntaram: "Porque jejuamos nós, e os fariseus muitas vezes, e teus discípulos não jejuam?" Respondeu-lhes Jesus: "Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar" (Mt 9.14-15 RA).

Jesus aproveitou o momento para mostrar, por três parábolas, a diferença entre o ensino dos fariseus, de obras mortes e o seu ensino sobre a graça.

1°. "Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura" (Mt 9.16; Lc 5.36 RA). A piedade dos fariseus, suas obras exteriores, não combinam com a doutrina da graça de Cristo. Se alguém quer confiar parte em suas obras e parte na graça, isto é como remendar vestido velho com tecido novo, perde-se tudo. Quantos o tentam até hoje.

2°. "Nem se põe vinho novo em dores velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam" (Mt 9.17 RA). O vinho novo é o evangelho, a boa nova da salvação pela graça de Cristo. Esta não cabe nas velhas leis cerimoniais dos judeus, que lidam com obras. Os fariseus não entenderam o evangelho. Pelo contrário, ouvindo o evangelho ficaram furiosos com Jesus. Ainda hoje o evangelho é escândalo e loucura para muitos, mas bem-aventurados os que o ouvem e nele confiam. E mesmo tendo ouvido o evangelho.

3°. "E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: O velho é excelente" (Lc 5.39 RA). Assim Jesus mostra como é difícil levar alguém que confia em suas obras ao reconhecimento de seu erro e movê-lo para que confie no evangelho. Somente o evangelho, a boa nova da graça de Cristo, no qual há perdão, vida e eterna salvação, traz paz e esperança ao coração.

Conclusão. Mateus e seus colegas, pecadores arrependidos, alegraram-se com a boa notícia do perdão e seguiram a Jesus. Mateus, após a ascensão de Jesus, trabalhou alguns anos entre os judeus. Escreveu seu evangelho, especialmente para mostrar aos judeus que Jesus é o verdadeiro Messias prometido e profetizado no Antigo Testamento, o Salvador da humanidade. Depois foi para a África, onde trabalhou, conforme a tradição, especialmente na Etiópia, onde sofreu a morte de mártir.

Felizes aqueles que, como Mateus, dão ouvidos ao chamado de Jesus o seguem e o servem. Amém. 

 



Horst R. Kuchenbecker
São Leopoldo, RS ? Brasil
E-Mail: horstkuchenbecker@gmail.com

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