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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

5º Domingo após Pentecostes, 15.06.2008

Predigt zu Romanos 5:12-15, verfasst von Lindolfo Pieper

  

A DOENÇA DO HOMEM

Romanos 5.12: "Porque assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram".

Alguns anos atrás um médico recém-formado começou a trabalhar numa pequena cidade do interior. Um velhinho foi o seu primeiro cliente. O jovem médico estava nervoso, querendo dar uma boa impressão a todos.

O velhinho começou a dizer o que sentia, esperando que o médico dissesse qual era a sua doença. Depois de examiná-lo por algum tempo, não descobrindo o que o velhinho tinha, o médico perguntou ao cliente: "O senhor já teve essa doença antes?" "Sim", disse o velhinho, "muitas vezes". "Pois bem", explicou o médico, "o senhor está com a mesma doença de sempre".

Quando olhamos para o nosso mundo, vendo todos os seus problemas, tudo o que podemos dizer é: "O nosso mundo está com a mesma doença de sempre". Mas, qual é essa doença?

A imprensa, o rádio, o jornal e a televisão trazem algumas indicações da enfermidade do homem: ódio, cobiça, avareza, inveja, preconceito e corrupção. O simples fato de termos polícia, cadeias e exército já é sinal de que alguma coisa está errada.

De fato, o mundo está doente. Uma enfermidade muito grande está afetando a vida do ser humano. A essa doença a Bíblia chama de pecado. Mas, donde surgiu o pecado?

O profeta Ezequiel nos relata que havia certa vez um anjo chamado Lúcifer. Era o anjo mais bonito de Deus, cheio de beleza e formosura. Um dia esse anjo se rebelou contra Deus, indo contra a sua vontade. Assim lemos em Ezequiel 26.12-15: "Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus. De todas as pedras preciosas te cobrias, de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos, no dia em que foste criado foram eles preparados. Tu eras o querubim da guarda ungido, e te estabeleci. Permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti".

E no livro do profeta Isaías nós encontramos a razão de sua queda, da sua revolta: o orgulho. Lúcifer, por causa da sua beleza, sabedoria e formosura se encheu de orgulho, querendo ser mais do que Deus. E Deus não teve outro jeito a não ser expulsá-lo do céu. Assim lemos em Isaías 14.12-15: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu que dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo foste precipitado no reino dos mortos, no mais profundo abismo".

Que o pecado de Lúcifer foi o orgulho se vê claramente em Ezequiel 28.17: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor. Lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que ti contemplem". E o apóstolo Paulo, referindo-se as qualificações dos bispos, diz: "E necessário que o bispo não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo" (1 Timóteo 3.6).

E Satanás, uma vez expulso do céu, procurou vingar-se de Deus nos homens. E junto ao homem ele usou o mesmo pecado que o fez cair diante de Deus: o orgulho. Prometeu ao homem sabedoria, dizendo que se comesse do fruto da árvore que estava no meio do jardim ele ficaria como Deus, conhecendo o bem e o mal. E o homem caiu na armadilha do diabo. E qual foi o resultado?

O resultado foi a morte, o afastamento e a separação de Deus. A vida bonita, cheia de beleza e felicidade, acabou. A natureza foi amaldiçoada e o pecado contagiou toda a família da terra. Toda a terra ficou corrompida. O paraíso virou um inferno, aquilo que nós vemos hoje.

Alguém poderá perguntar: "O que eu tenho a ver com o pecado de Adão? Tenho eu alguma culpa dele ter pecado?"

Assim pensava um velho lavrador. Um fazendeiro tinha um cortador de lenha há mais de vinte anos. Um dia o patrão encontrou o lenhador desanimado, xingando e reclamando de tudo. Batia o machado nas árvores e dizia: "Adão, por que você foi fazer isso? É por sua causa que estou sofrendo, dando um duro para ganhar a vida!"

O patrão chamou a sua atenção, dizendo para ele não reclamar de Adão, pois se fosse ele teria feito a mesma coisa. Mas o homem achava que não, que nunca faria o que Adão fez.

O fazendeiro então resolveu fazer um teste com ele. Construiu uma casa, a mobiliou e a deu para o empregado dizendo: "De hoje em diante você não precisa trabalhar. Essa casa é sua. Você pode fazer com ela o que quiser, só não mexer numa caixa lacrada que guardo no quarto. Se você mexer naquela caixa, você volta a sua vida de sempre".

E assim aconteceu. O homem mudou para aquela casa, onde tinha tudo o que ele queria. No começo ele nem ligou muito para aquela caixa, passava perto dela sem dar muita atenção. Mas, com o passar do tempo ele começou a ficar curioso, querendo saber o que tinha naquela caixa. Até que um dia, não agüentando a curiosidade, ele resolveu abrir a caixa para ver o que tinha lá dentro. Quando abriu a caixa, quase caiu de costas ao ver o que tinha lá dentro: um bilhete, onde se lia: "Vai trabalhar, seu malandro, e não fique reclamando de Adão, pois você não é nenhum pouco melhor do que ele!"

E o homem aprendeu a lição. Voltou ao seu trabalho resignado, sem a velha mania de sempre culpar a Adão.

Também nós não devemos culpar a Adão por tudo de ruim que acontece. Nós não somos nenhum pouco melhor do que ele. Cometemos os mesmos pecados que ele cometeu.

Fala-se muito em pecado. Mas, o que é o pecado? A Bíblia nos afirma dizendo que o pecado é uma anomalia, é a transgressão da lei. Lemos em 1 João 3.4: "Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei".

Deus nos deu a sua lei. Toda vez que desobedecemos a lei de Deus, estamos transgredindo a sua vontade e pecando.

O pecado é também chamado de desobediência. Na Bíblia Deus nos revelou a sua vontade, ali ele nos diz o que devemos fazer ou deixar de fazer. Toda vez que deixamos de fazer alguma coisa ou fizermos alguma coisa contra a vontade de Deus, estamos desobedecendo a ele.

O pecado é também chamado de erro; vem do grego hamartia, que significa errar o alvo. Todos nós já vimos alguém praticando tiro ao alvo. O atirador aponta a sua arma para uma placa, que tem um pontinho no meio, e atira. Quando ele não acerta o pontinho, nós dizemos que ele errou o alvo. Isso que é pecado: errar o alvo.

O alvo que Deus propõe para nós é que sejamos santos, assim como ele é santo. "Sede santos, porque eu o vosso Deus sou santo" (1 Pedro 1.16), diz ele. Cada vez que deixamos de viver como Deus espera, estamos errando o alvo e cometendo pecado.

Essas são apenas algumas definições de pecado. Seja que definição dermos a ele: desobediência, transgressão, errar o alvo, a verdade é que todos nós pecamos, transgredimos a lei de Deus. Davi, pois, tinha razão ao afirmar: "Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corromperam: não há quem faça o bem, nem um sequer" (Salmo 14.2,3).

E como todos somos pecadores, estamos sujeitos a morte. Lemos em Romanos 5.12: "Porque assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram".

É por isso que todos morrem. É por isso que existem tantos cemitérios: é porque todos são pecadores, pois "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6.23).

Esse é o mal do mundo: o pecado, que mata, destrói e aniquila. E para esse mal só existe um remédio: o sangue de Jesus, o sacrifício de Cristo na cruz.

Aquele médico recém-formado não pode indicar um remédio adequado ao velhinho, pois desconhecia a causa da sua doença. O máximo que pode fazer foi dizer que aquilo era uma doença antiga, a mesma de sempre.

Deus não apenas sabe qual é a causa da doença da humanidade, mas ainda tem o remédio certo.

Quando Deus enviou Jesus ao mundo, ele estava providenciando o remédio para toda a humanidade. O profeta Isaías descreve com muita clareza o significado da morte de Jesus ao afirmar no capítulo 53 do seu livro: "Certamente ele (Jesus) tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si. E nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras fomos sarados".

Com a morte de Cristo na cruz Deus providenciou o remédio para a cura de toda a humanidade. O sangue de Jesus derramado na cruz é a solução para todos os nossos pecados. Sem ele o pecado é uma coisa fatal, que leva à morte, à condenação eterna.

Jesus, ao instituir a Santa Ceia, estava consciente disso. Por isso ele afirmou, dizendo: "Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de vós para remissão dos pecados" (Mateus 26.28).

Agora que conhecemos a doença do mundo, a enfermidade do homem, como também o remédio certo, o que falta ainda?

Para que um medicamento tenha valor é preciso, além de adequado, tomá-lo corretamente. Um remédio na prateleira não tem utilidade nenhuma.

A mesma coisa acontece na vida espiritual. Para que o sacrifício de Cristo na cruz tenha valor para nós é preciso usá-lo, é preciso aceitá-lo pela fé. Por isso, eu lhe pergunto: Você já aceitou a Jesus como o seu Salvador?

Um dia vamos morrer. A morte temporal é apenas um sinal de um mal maior: a morte eterna. Quem não tem Jesus, quem não se purificou com o seu sangue, além da morte temporal, terá que enfrentar a morte eterna, que é a condenação eterna. Alguém gostaria de enfrentar a morte eterna?

Então confiemos em Jesus, aceitando a sua morte em nosso lugar, o único remédio que nos pode livrar da morte eterna. Digamos com o poeta sacro nas palavras de um hino muito conhecido: "Em nada ponho a minha fé, senão na graça de Jesus. No sacrifício remidor, no sangue do bom Redentor. A minha fé e o meu amor estão firmados no Senhor, estão firmados no Senhor".  Amém.

 



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
E-Mail: : piperlin@uol.com.br

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