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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

18º Domingo após Pentecostes, 14.09.2008

Predigt zu Mateus 20:1-16, verfasst von Lindolfo Pieper

OS CRITÉRIOS DE DEUS
Mateus 20.13-16:  "Mas, o proprietário respondendo, disse: Escute amigo! Eu não fui injusto com você. Você não concordou em trabalhar o dia todo por uma moeda de prata? Pegue o seu pagamento e vá embora. Pois eu quero dar a este homem, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com o meu próprio dinheiro? Ou você está com inveja somente porque fui bom para ele? E Jesus terminou a parábola dizendo: aqueles que são os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros".
Conta-se que certo homem orou a Deus, dizendo: "Senhor, está escrito no Livro dos Salmos que para o Senhor mil anos são como um dia e um dia é como mil anos. Quanto seria, então, um milhão de reais?" Deus lhe respondeu: "Um milhão de reais é como um centavo". Então o homem disse a Deus: "Senhor, eu quero ganhar um centavo. Posso?" E o Senhor respondeu: "Sim, pode. Mas espere um dia!"
As medidas de Deus são diferentes. Ele tem outros critérios e referências, diferentes dos nossos. Ele põe a lógica do mundo de ponta cabeça, mostrando uma nova realidade.
Isto transparece claramente na parábola dos trabalhadores na vinha, conforme a leitura do evangelho para este domingo (Mateus 20.1-16). Na parábola dos trabalhadores na vinha Jesus compara o reino do céu como o dono de uma plantação de uvas que saiu de manhã bem cedo para contratar trabalhadores para a sua plantação.
Este homem vai até a praça e encontra lá alguns homens que estavam desocupados. Eles são contratados ainda de madrugada. E o dono da plantação de uvas combina com eles o pagamento de costume: uma moeda de prata por dia.
Depois este homem volta à praça e contrata mais trabalhadores às nove horas da manhã. Manda-os para a lavoura e promete pagar-lhes o que for justo. Ao meio dia ele contrata mais pessoas e novamente promete pagar-lhes o que for justo. Faz a mesma coisa às três horas da tarde. E ainda às cinco horas da tarde manda mais trabalhadores para a lavoura.
Assim, alguns trabalharam o dia inteiro, alguns trabalharam das nove horas em diante, outros trabalharam do meio dia em diante, outros das três da tarde em diante; e alguns só trabalharam uma hora, das cinco da tarde em diante.
E na hora do pagamento vem a surpresa: o patrão chama primeiro os que haviam trabalhado apenas uma hora, das cinco da tarde em diante, e paga-lhes o valor de um dia inteiro: uma moeda de prata ou um denário.
E quando chegam os que haviam trabalhado mais, pensam que receberiam mais. Mas estes recebem o mesmo valor. A todos o patrão deu uma moeda de prata.
E quando eles reclamam, o patrão diz: "Escute amigo! Eu não fui injusto com você. Você não concordou em trabalhar o dia todo por uma moeda de prata? Pegue o seu pagamento e vá embora. Pois eu quero dar a este homem, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com o meu próprio dinheiro? Ou você está com inveja somente porque fui bom para ele?" (Mateus 20.13-15).
O homem nesta história representa Deus, o qual deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Os trabalhadores somos nós e a vinha é o reino de Deus. Jesus disse que ele veio ao mundo para buscar e salvar o perdido. Não fomos nós que procuramos a Deus, mas foi ele que veio a nós. Ele enviou sobre nós o Espírito Santo, que criou em nós a fé salvadora. É Deus quem conserva em nós a fé salvadora.
Por natureza éramos inimigos de Deus: nascemos em pecado e caminhávamos em direção à condenação eterna. Mas Deus foi ao nosso encontro e nos salvou. E, ao nos salvar, Deus não se baseou em alguma coisa que nós somos ou fazemos. Mas foi uma decisão de Deus, baseada unicamente em sua graça e misericórdia.
Na parábola isso é mostrado de maneira muito clara quando o dono da lavoura de uvas paga a mesma coisa para todos trabalhadores. Não era pagamento, mas sim um presente. O pagamento não teve como base o trabalho realizado, mas a bondade do dono da lavoura.
No reino de Deus alguns são chamados bem cedo, de madrugada. São aqueles que foram levados à fé quando ainda crianças através do batismo. Outros são chamados às nove horas, às doze horas, às três horas da tarde. São os que são convertidos quando já adultos.
Aqueles que foram chamados mais cedo têm mais tempo para trabalhar pelo reino de Deus. Os que são chamados mais tarde têm menos tempo para se dedicarem ao trabalho no reino de Deus. Mas todos são chamados para trabalhar.
Ao chamar uma pessoa à fé Deus a torna uma trabalhadora do seu reino. Isso significa que somos chamados por Deus para consagrarmos a nossa vida ao seu serviço aqui no mundo. Mas lembremos sempre: nós fomos chamados para servir e não somos chamados por estar servindo. Ou seja: nós fazemos o bem por sermos filhos de Deus e não para nos tornar filhos de Deus.
Deus, na sua graça, continua chamando pessoas. Ele vai continuar chamando até as cinco horas da tarde. Até o último instante da vida da pessoa Deus vai continuar chamando, como aconteceu com aquele malfeitor na cruz, que foi convertido na hora da morte.
Há pessoas que pensam que precisam pagar pelos seus pecados para serem salvas. Há pessoas que pensam que precisam fazer alguma coisa para se tornarem merecedoras da vida eterna junto com Jesus.
Mas esse é um pensamento errado, pois a Bíblia ensina que a salvação é um presente que Deus dá, por graça, através da fé em Jesus, sem nenhum merecimento nosso. Não é pelo que somos ou fazemos que Deus nos chama. Ele nos chama unicamente pela sua bondade, pela sua misericórdia, pela sua graça. Pela graça somos salvos.
Se nós olharmos um pouco antes do nosso texto, nós vemos que havia também naquele tempo pessoas com a idéia errada de que era necessário fazer alguma coisa para ser salvo. No capítulo 19 do Evangelho de Mateus temos aquele jovem rico, que chegou perto de Jesus e perguntou: "Mestre, que devo fazer de bom para conseguir a vida eterna?"
E logo a seguir Pedro pergunta para Jesus: "Nós deixamos tudo e seguimos o Senhor. O que é que nós vamos ganhar?" O que eu devo fazer para entrar no céu? O que eu vou ganhar por ter deixado tudo de lado e te seguir?
Até parece que as coisas de Deus viraram uma banca de negócios, de comércio: "Eu faço isto e Deus me paga. Eu me esforço e Deus me recompensa".
Este também é o espírito que existe hoje no mundo, que julga e trata as pessoas pelo que elas são capazes, pelo que elas merecem. "Ninguém merece", é uma frase que ouvimos com freqüência nos nossos dias. "Ele merece", é outra frase da moda.
Também é esta a mentalidade de algumas igrejas, que impõem aos seus fiéis muitas regras, leis e preceitos para cumprir, como se disso dependesse a salvação deles.
Enquanto isso a Bíblia diz: "Pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la" (Efésios 2.8,9).
Deus não nos salva pelo que somos ou pelo que fazemos, mas por causa da sua bondade e graça. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, diz: "Quando não tínhamos força espiritual, Cristo morreu pelos maus, no tempo escolhido por Deus. Dificilmente alguém aceitaria morrer por uma pessoa que obedece às leis. Pode até ser que alguém tenha coragem para morrer por uma pessoa boa. Mas Deus nos mostra o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos em pecado. Nós éramos inimigos de Deus, mas ele nos tornou seus amigos por meio da morte do seu Filho" (Romanos 5.8-10).       
Nós cristãos, trabalhadores contratados, devemos gastar a nossa vida trabalhando na vinha do Senhor. Façamos o bem, obedeçamos ao Senhor, dediquemos a nossa vida àquele que nos salvou de todos os pecados, àquele que tudo fez para que possamos passar a eternidade lá no céu.
E no final de tudo, finda a lida terreal, ouviremos o convite maravilhoso de Jesus: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor!" (Mateus 25.23). Amém.
Observação: Adaptado de um sermão escrito pelo pastor Teófilo Timm postado neste site.



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
E-Mail: piperlin@uol.com.br

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