Göttinger Predigten

Choose your language:
deutsch English español
português dansk

Startseite

Aktuelle Predigten

Archiv

Besondere Gelegenheiten

Suche

Links

Konzeption

Unsere Autoren weltweit

Kontakt
ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

21º Domingo após Pentecostes, 05.10.2008

Predigt zu Mateus 22:1-10, verfasst von Lindolfo Pieper

O BANQUETE DIVINO

Mateus 22.1-6: "De novo entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes: O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho. Então enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir. Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. Eles, porém, não se importaram e se foram: um para o seu campo, outro para o seu negócio; e ainda outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram".

A Bíblia fala em duas ceias: a ceia de Cristo e a ceia dos demônios. Quem não participa da ceia de Cristo, obrigatoriamente participará da ceia dos demônios.

No livro de Apocalipse nós encontramos uma cena dantesca. Lá, depois de falar do júbilo no céu por causa das bodas do Cordeiro, o anjo de Deus convida as aves dos céus que venham comer carne de reis, soldados e cavaleiros, dizendo: "Venham e se ajuntem para o grande banquete de Deus. Venham e comam carne de reis, de generais e soldados, de cavalos e cavaleiros e de todas as pessoas, sejam escravas ou livres, sejam importantes ou humildes". E o apóstolo João então conclui, dizendo: "Então as aves dos céus comeram a carne deles até não quererem mais" (Apocalipse 19.17-21).

As aves, comendo a carne das vítimas, representam os demônios simbolicamente devorando os condenados no inferno. No livro do profeta Isaías, numa linguagem figurada, esses corpos ficam estirados no chão, queimando no fogo, numa alusão clara ao fogo do inferno (Isaías 66.24; Marcos 9.42-48).

Ninguém é obrigado a participar deste banquete. Há outro banquete para o qual Deus nos convida. É a bodas do filho, da qual fala o evangelho deste domingo (Mateus 22.1-10). Diz Jesus: "O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho. Então enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir. Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas".

Interpretar esta parábola não é difícil, pois tudo nela está muito claro. O homem que fez o banquete é o Senhor Deus. O tempo da festa é o período que vai do nascimento de Jesus até a sua volta. Quando Jesus veio ao mundo, então começou a ser servido o banquete, continuando até aos dias de hoje e indo até o fim dos tempos.

Este banquete, também chamado de a grande ceia pelo evangelista Lucas, não é grande porque os convidados são importantes ou porque há muita comida e bebida. Ela é grande porque já foi preparada desde o começo do mundo, desde quando o homem caiu em pecado e necessitou da salvação.

Quando Deus viu os nossos primeiros pais, Adão e Eva, caídos em pecado, ele providenciou uma maneira para salvá-los. Ele prometeu enviar o seu próprio Filho Jesus ao mundo para ser o seu Salvador.

Jesus deveria cumprir a lei em lugar dos homens, receber o castigo de sua culpa e morrer em lugar deles. Deveria ser igualmente o pão da vida para dar vida aos homens, conforme Jesus mesmo o declara: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente. E o pão que darei pela vida do mundo é a minha carne" (João 6.15).

Essa promessa Deus fez e repetiu várias vezes ao longo do Antigo Testamento. Ele escolheu e preparou um povo, o povo de Israel, para ser o portador dessa promessa. A esse povo Deus revelou os seus planos, mostrou-lhe a sua glória e lhe enviou profetas para anunciar a sua vontade.

Por que Deus escolheu Israel? Será que era um povo melhor do que os outros povos? Não. A história nos mostra que o povo de Israel era um povo rebelde e ingrato, chegando até a matar os profetas de Deus.

A razão de Deus ter escolhido o povo de Israel não foi porque este era um povo melhor do que os outros. Ele escolheu este povo porque tinha que escolher uma nação para que através dela Jesus pudesse nascer. Um povo tinha que ser escolhido para que Jesus pudesse vir ao mundo.

O tempo foi se passando. Quando chegou o momento certo, Deus cumpriu a sua promessa, enviando Jesus ao mundo. O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo foi enviado aos homens. Ele deu-se a si mesmo como sacrifício a Deus e pelos nossos pecados morreu na cruz.

Aqui está a razão porque este banquete é também chamado de a grande ceia, pois foi preparado há séculos pelo próprio Deus, o que custou a vida do seu próprio Filho Jesus.

Este banquete, no entanto, não é apenas grande no tamanho do preparo. É também grande por causa do número de convidados.

Quando Deus preparou o banquete, ele não excluiu e nem deixou ninguém de fora. A salvação é para todos. Cristo morreu por todos os homens, tanto pelos bons como pelos maus, até mesmo pelo mais vil pecador. Porém, muitos rejeitam a Deus, não aceitam o convite amoroso de Deus.

No Antigo Testamento o convite foi estendido especialmente ao povo de Israel, aos judeus. Pela fé no Messias prometido eles podiam participar desta grande festa, como o fez Abraão, do qual Jesus afirma: "Abraão se alegrou por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se" (João 8.56).

Quando Cristo veio ao mundo ele estendeu o convite para toda a humanidade, dizendo: "Vinde para as bodas. Vinde, porque tudo está preparado" (Lucas 14.17).

Porém o povo rejeitou o convite de Deus. Apesar de toda a insistência e oportunidade, os judeus não aceitaram o convite de Cristo. Todos, um por um, começaram a arranjar desculpas, dizendo que não podiam participar. Diz o evangelho de hoje: "Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; e os outros, agarrando os servos, o espancaram".

A verdade é que eles estavam tão absorvidos com as coisas do mundo que perderam o interesse pelo Messias prometido. Eles estavam interessados num messias libertador, que os libertasse do jugo dos romanos. Apenas alguns poucos aceitaram o convite amoroso de Deus, sendo eles na maioria publicanos e pecadores da pior classe.

Deus, no entanto, quer a casa cheia. A festa é para todos. Por isso ele manda os seus servos por toda parte do mundo: pelas ruas, becos e atalhos, a fim de convidar o maior número possível de pessoas para o banquete celestial.

Ainda hoje os servos de Deus estão andando pelo mundo afora convidando a todos para o banquete divino. Eles se utilizam de púlpitos, folhetos, rádio e televisão para cumprir com a sua missão. Eles estão por aí anunciando que há salvação para todos, que Cristo aceita o pecador sem distinção de raça, cor ou nacionalidade. Porém, o que acontece?

Tal como nos tempos de Cristo, os homens igualmente hoje recusam o convite de Deus. Embora haja tantos pregadores, tantas igrejas, que utilizam de todos os meios possíveis para anunciar o evangelho, a maioria das pessoas não aceita a salvação oferecida por Cristo. Não querem saber nada de Deus, de igreja e vida eterna. Quando são convidados a seguir a Cristo, inventam uma porção de desculpas.

Algumas vezes são desculpas até boas, bem inventadas, como as que aparecem nos evangelhos. Mas são desculpas frias, inventadas, que Deus não aceita.

Quando se trata da salvação de nossa alma não há nenhuma desculpa que justifica a recusa do ser humano. As coisas de Deus, como a salvação de nossa alma, devem sempre estar acima dos interesses materiais.

Quantas vezes nós também falhamos. Constantemente rejeitamos o convite de Deus por causa dos nossos próprios interesses. Somos convidados a participar dos cultos, estudos bíblicos e outras atividades da igreja, e nós sempre de novo procuramos arranjar desculpas para não precisar participar.

Os judeus nos tempos de Cristo rejeitaram o convite divino. Apesar de toda a insistência de Jesus e dos apóstolos, eles não se deixaram converter. Endureceram os seus corações e seguiram os seus próprios caminhos. E o resultado foi que Deus os rejeitou, tornando-se até hoje um povo difícil de ser convertido.

É o que pode acontecer hoje com muitas pessoas que insistentemente rejeitam o convite de Cristo, que inventam desculpas para não seguir o evangelho. Deus as poderá rejeitar e condená-las ao fogo do inferno se não mudarem de atitude.

Muitas nações, a exemplo de Israel, rejeitaram a graça de Deus, como a Rússia, Turquia, Irã, Iraque, Armênia e toda Ásia Menor. Foram nações que tiveram muitas oportunidades de ouvir o evangelho, mas não deram valor ao que tinham. E hoje estão sem o evangelho, sem Cristo e sem salvação.

Outras nações estão seguindo o mesmo caminho, como a Itália, Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos. Elas estão se esfriando espiritualmente e se deixando dominar pelo materialismo. É o castigo de Deus para quem rejeita o seu convite, despreza a sua graça e não dá valor à palavra de Deus. E se o Brasil não se cuidar, poderá seguir o mesmo caminho.

Felizmente ainda há tempo. A graça de Deus ainda está sobre nós e o seu convite ainda é estendido a cada um de nós, para você e para mim. O evangelho da salvação é anunciado também a nós com abundância. Deus, na sua graça, nos está concedendo muitas oportunidades de ouvir a sua palavra, de alimentar a nossa alma no banquete espiritual. Cada culto, cada reunião, cada estudo é um prato cheio, um banquete à nossa disposição.

Não façamos como o povo de Israel, que desprezou a graça de Deus; nem como muitas nações que hoje estão se afastando de Deus.  Não deixemos que as coisas do mundo nos afastem do convívio espiritual, da casa de Deus. Aproveitemos todas as oportunidades que Deus nos oferece através da sua igreja para alimentar a nossa fé. Diz a palavra de Deus: "Eis o tempo sobremodo oportuno, eis o dia da salvação. Hoje, se ouvires a sua voz, não endureçais os vossos corações" (Hebreus 4.7).

Lembremos-nos que quem não quiser participar do banquete espiritual que Deus nos oferece aqui na terra através da sua palavra e dos santos sacramentos, também não participará do banquete divino preparado no céu. Ouçamos, portanto, o convite de Cristo que nos é estendido no evangelho: "Vinde para as bodas! Vinde, porque tudo está preparado".

                                                                                                                                                 Amém.

  



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
E-Mail: piperlin@uol.com.br

(zurück zum Seitenanfang)