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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

26º Domingo após Pentecostes, 09.11.2008

Predigt zu Mateus 25:1-13, verfasst von Anelise Lengler Abentroth

 

Prezada comunidade!

Estamos no antepenúltimo domingo após Pentecostes. O ano eclesiástico está se findando. Na nossa memória ainda está a lembrança dos finados. No convívio com as pessoas sentimos uma agitação e um cansaço característico de final de ano. Para este tempo, o texto bíblico indicado para a pregação é uma Parábola de Jesus. É uma história que ele conta com situações do dia-a-dia das pessoas. Mas na verdade ele quer falar de Deus, do Reino de Deus. Jesus quer que todas as pessoas conheçam e compreendam a vontade de Deus, não só para depois da morte, mas também para o aqui, o já agora, o nosso viver.

A Parábola fala de dez virgens que vão com suas tochas pelas ruas até a casa de uma  noiva, como era costume entre os judeus, nas festas de casamento. Esperavam no pátio da casa pela chegada do noivo. Elas não sabem a hora que ele vai chegar. Mas todas querem participar da festa. Então o texto diz que cinco delas eram sábias e cinco eram tolas, pois estas não haviam trazido o óleo para suas tochas. Todas aguardavam pacientemente. Até pegaram no sono diante da demora. Mas, eis que de repente o noivo vem vindo. Elas acordam e acendem o fogo. Cinco delas não tem óleo suficiente. Pedem para que as outras repartam com elas. Não é possível. As cinco sábias, porém, ajudam, orientam, sugerem. Elas dizem: "Vão comprar. Quem sabe ainda dá tempo!" Mas eis que quando voltam, a porta da casa se fechou e elas ficaram de fora.

Agora a conversa não é mais nem com as virgens, nem com o noivo. É com Deus mesmo. Elas pedem, clamam para que possam participar da festa. Mas Deus diz que não as conhece e elas, definitivamente, perdem a chance de entrar. Então, Jesus termina o seu ensinamento dizendo: "Fiquem vigiando! Estejam preparados!"

O que esta Parábola tem a dizer para os nossos dias? Diferente do que a Comunidade para quem Mateus escreve o seu Evangelho, nossas Comunidades não têm se mostrado preocupadas com a segunda vinda de Cristo. Vida eterna e salvação são temas que estão sendo ligados à morte, a situações de grande sofrimento, a perdas. No geral, as pessoas estão preocupadas com seu trabalho, com a sobrevivência material, com os seus sonhos de consumo, com as suas prioridades de vida. Então, como entender a admoestação de Jesus para estarmos preparados e vigilantes? O que poderia ser o óleo que temos que ter em nossa vida? Quando somos tolos ou sábios à luz da Palavra de Deus?

Desde o início, o texto mostra várias atitudes positivas das dez moças: todas estavam dispostas a ir ao encontro do noivo. Elas levaram suas tochas. Esperaram a sua vinda. Não desistiram, apesar da demora. Dormiram, é verdade! Mas despertaram prontamente. Porém, cinco foram negligentes, omissas. Não providenciaram o que era essencial para manter a luz: o óleo. E, nesta hora, pedir que outros repartam, não dá! Querer recuperar o tempo perdido? Tarde demais!

A Parábola não está dando a entender que há pessoas que, por natureza, são sábias ou tolas, nem que podemos separar as pessoas boas das más. A verdade é que nós agimos constantemente como tolos ou sábios. Tolos nós somos quando rompemos a comunhão com Deus. Somos batizados, mas negamos o agir de Deus em nosso viver diário. Fomos confirmados, recebemos a bênção de Deus no casamento, batizamos as nossas crianças. Entretanto, é a nossa vontade, são as nossas prioridades, é o nosso egoísmo e tudo o mais que os seres humanos imaginam poder fazer, é tudo isto que vem em primeiro lugar. Praticar a justiça, amar a misericórdia, ouvir a voz de Deus e nos comprometer com o próximo, ora, isto pode esperar... Um dia, talvez... Na aposentadoria... Quando eu tiver tempo!

Deus nos dá todas as condições, a mesma Palavra, o mesmo Evangelho, mas somos tolos todas às vezes que não permitimos que esta fé e esperança norteiem a nossa ética, as nossas atitudes no dia-a-dia.

Sábios nós somos quando reconhecemos que o que Deus nos pede é diferente do nosso querer, mas mesmo assim obedecemos. Então estamos preparados para fazer o que Ele espera de nós, na hora certa, no lugar certo. É viver responsavelmente com as outras pessoas, especialmente com aquelas que mais precisam. É ter o hábito da oração, da leitura Bíblica. É se colocar à disposição para servir ao próximo, porque posso, porque já recebi de Deus tudo, dons, talentos, condições materiais. É ter profundo respeito, amor e gratidão pelo presente imerecido que Deus nos deu, em Cristo Jesus.

Isto não quer dizer que precisamos entrar num ativismo para garantir a entrada na festa do Reino. Se assim fosse, as cinco tolas também poderiam entrar. Pense em tudo o que elas fizeram. O importante, o essencial é não ser negligente, nem omisso para ter o óleo suficiente para que a luz não falte na escuridão do nosso mundo e das nossas vidas.Quem é vigilante tem uma relação profunda com o Cristo vivo, com o Senhor do mundo. Esta fé nos faz estar preparados para o viver diário. Desta forma, a festa do casamento, o reino de Deus, será algo maravilhoso, mas nada que Deus não nos permite experimentar já em sinais bonitos de acolhida, de respeito, de valorização, de inclusão, de reconciliação, de perdão e de paz em nossos dias.

A Parábola de Jesus quer ensinar a nós, Comunidade cristã, que a confissão de fé unida com a prática desta fé na vida, é luz que brilha na escuridão.

"Eu sou a luz", é o que Ele diz.

"Vocês são", é o que Ele nos diz.

Aquele que diz para nós: "vocês são",

Diz: Eu sou a luz do mundo.

Estejam preparados e sejam vigilantes. Pois não sabemos nem o dia, nem a hora. Que a luz de Cristo não falte em nosso viver como povo de Deus, Comunidade cristã.

Amém!

 

 



P. Anelise Lengler Abentroth
Horizontina, RS Brasilien
E-Mail: Abentrothanelisel@cfjl.com.br

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