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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Penúltimo Domingo do Ano Eclesiástico, 16.11.2008

Predigt zu Mateus 25:31-46, verfasst von Lindolfo Pieper

A CARIDADE CRISTÃ

Mateus 25.31-35: "Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa os cabritos das ovelhas; e porá as ovelhas a sua direita e os cabritos a sua esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem a sua direita: "Vinde benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me".

Certo nativo foi procurar o missionário na aldeia, ele queria ser cristão. O missionário ficou alegre com a sua decisão, mas ao mesmo tempo surpreso. Curioso, perguntou ao nativo se já assistira um culto, se já lera a Bíblia ou se alguém lhe havia falado a respeito da religião cristã. O nativo respondeu que nada disso havia acontecido, ele queria ser cristão por causa do seu vizinho Mumbo.      

Mumbo, disse ele, era um homem mau. Vivia embriagado. Ao chegar em casa, maltratava a família. Era desonesto nos negócios. Roubava. Brigava. Enfim, ninguém gostava dele. Agora, porém, depois que entrou na igreja ficou completamente diferente. Abandonou a vida passada. Tornou-se numa outra pessoa. Ama a sua família. Todos gostam dele. E concluiu: "Eu quero ser como ele. Eu quero pertencer à sua igreja".

Cristo transformara a vida de Mumbo. E logo que se converteu ele iniciou a pregação do evangelho através da sua vida cristã. E o resultado não tardou. Muitas pessoas, impressionadas com a sua vida cristã, vieram procurá-lo para também se tornarem cristãos. Não demorou, ao seu redor se formou uma bonita igreja.

O exemplo vale mais do que muitas palavras. Quando teve início a igreja cristã aqui na terra, o que mais impressionava as pessoas de fora era a vida cristã dos primeiros convertidos. Eles viviam unidos, ajudavam uns aos outros. As pessoas que os rodeavam, exclamavam maravilhados: "Vede, como se amam!"

Nós temos muito que aprender com a igreja do primeiro século, que além de perseverar na doutrina dos apóstolos e na comunhão, assombrou o mundo com a prática de obras de caridade, ajudando aos pobres e necessitados.

Jesus disse que nós somos o sal da terra e a luz do mundo. Ele quer que a nossa luz brilhe de tal maneira que os outros possam ver as nossas boas ações e glorifiquem o nosso Pai que está no céu. Lemos em Mateus, capítulo 5: "Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo de um alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifique o vosso Pai que está nos céus" (Mateus 5.14-16).

Jesus não apenas falou isso, mas também praticou a caridade cristã. Ele curou os doentes, alimentou os famintos, acudiu aos necessitados e consolou os aflitos. E, mesmo, no alto da cruz, no momento extremo da sua vida, intercedeu pelos inimigos e acolheu ao malfeitor arrependido. A sua vida toda foi uma vida de serviço ao próximo. Ele certa vez disse: "Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de muitos" (Mateus 20.28).

Esse também deve ser o nosso lema: servir ao próximo. Até porque, conforme diz um ditado: "Quem não vive para servir, não serve para viver".

O evangelho deste domingo fala do grande julgamento (Mateus 25.3146). Jesus, como prometeu, um dia voltará a essa terra. Ele virá para julgar os vivos e os mortos. No Credo Apostólico nós confessamos que Jesus "subiu ao céu, está sentado à mão direita de Deus Pai Todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos".

Ele virá com poder e grande glória. Mandará os seus anjos reunir todas as pessoas que viveram sobre a terra, tanto os que morreram como os que estiverem vivos por ocasião da sua volta. Separará os cristãos dos incrédulos. Colocará os cristãos a sua direita e os incrédulos a sua esquerda para lhes dar a sentença final: de condenação ou perdição. Diz o evangelista Mateus: "Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa os cabritos das ovelhas; e porá as ovelhas a sua direita e os cabritos a sua esquerda" (Mateus 25.31-33).

Quando Cristo voltar para julgar o mundo, ele irá usar as nossas obras de caridade como provas da nossa fé. Dirigindo-se aos cristãos, ele dirá: "Vinde benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me" (Mateus 25.34-36).

E, quando surpresos, os salvos lhe perguntar quando é que eles fizeram tudo isso, Jesus, respondendo, lhes dirá: "Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes" (Mateus 25.40).

Ele então se dirigirá aos incrédulos e dirá para eles: "Apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me deste de beber; era forasteiro e não me hospedaste; estava nu e não me vestistes; enfermo e não me visitantes; preso e não foste ver-me" (Mateus 25.41-43).

E quando os condenados lhe perguntar quando é que eles deixaram de fazer isso, Jesus, respondendo, lhes dirá: "Sempre que o deixastes de fazer a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o deixastes de fizer" (Mateus 25.45).

E o evangelista Mateus então, usando as palavras de Jesus, conclui dizendo: "E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna" (Mateus 25.41).

Isso não significa que somos salvos pelas obras de caridade que praticamos e não pela fé em Cristo. Não. No livro de Apocalipse, capítulo 14, nós lemos: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem de suas fadigas, pois as suas obras os acompanham".

As obras que os cristãos praticam não precedem a fé, não lhes abrem as portas do céu e nem os tornam aceitáveis diante de Deus. Tudo isso Cristo já fez por nós. As nossas obras, no entanto, nos acompanharão como resultado da fé. E no dia do Juízo Final Deus, na sua graça, nos recompensará por todo o bem que fizermos, não se esquecendo nem mesmo de um copo de água que dermos a uma pessoa sedenta. Diz o Salvador Jesus: "Quem der de beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão".

Que o amor de Cristo nos constranja a viver realmente a nossa fé, praticando obras de caridade e de amor cristão, a fim de que Jesus no dia do Juízo Final possa dizer para cada um de nós: "Eu estou salvando você porque você mostrou que realmente tem fé, e como prova da sua fé você andou praticando o bem". 

 



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
E-Mail: piperlin@uol.com.br

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