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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3º Domingo na Quaresma, 15.03.2009

Predigt zu Êxodo 20:1-17, verfasst von Horst Kuchenbecker

 

Quando pais ou superiores precisam disciplinar uma criança, o que acontece? Qual é a reação das crianças ou dos alunos? Eles ficam bravos, revoltados. E não somente as crianças. Ninguém gosta da repreensão da lei, nem nós adultos. Por isso lemos no Catecismo Menor, de Lutero: "A lei provoca a ira e mata." Cada um de nós sabe, de própria experiência, o quanto isso é verdade. Mas nós precisamos da lei. A lei visa nosso bem. Já imaginaram uma cidade sem lei? Seria um inferno.

A Lei

Deus inscreveu a lei nos corações dos primeiros pais. Eles tinham o bem-aventurado conhecimento de Deus, perfeita justiça e santidade. Pela queda em pecado, este conhecimento foi parcialmente apagado. Cada pessoa nasce com o conhecimento rudimentar desta lei inscrita no seu coração. Por exemplo, cada um sabe que existe um Deus, mesmo não sabendo quem é este Deus. Cada um sabe que não deve mentir, roubar, adulterar, matar, desrespeitar os pais e superiores, etc., mas desconhece a profundidade da lei de Deus. Por isso julga poder cumprir a lei e pagar pelos pecado com algumas boas obras. Assim, Saulo, como fariseus, pensava, antes de sua conversão ter cumprido a lei. (At 23.6)

Por isso, quando ouvimos a lei, reagimos desculpando-nos, acusando outros interpretando mal a lei ou até acusando o próprio Deus. Não queremos admitir de sermos culpados diante de Deus. Admitimos alguns pecados, alguns erros, mas não admitimos sermos miseráveis pecadores, réus da eterna condenação. Por isso Deus deu sua lei por escrito em duas tábuas, por intermédio de Moisés. Por eles o Espírito Santo nos convence de pecado.

Quem conhece, hoje, a lei de Deus, os Dez Mandamentos? Antigamente, muitos lares cristãos tinham a lei de Deus emoldurada na sala de estar, nos escritórios, etc. Hoje muitos dizem: Os tempos são outros. Sim, esta é a tendência humana, colocar a razão humana sobre tudo, deixando-a julgar, aceitar ou rejeitar o que lhe agrada. Mas Deus diz pelo profeta Jeremias: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jeremias 17.9 RA) Importa olharmos para o espelho da lei de Deus e examinar nossos desejos e pensamentos, nosso olhar e ouvir, falar, fazer ou deixar de fazer. Então diremos com o apóstolo Paulo: Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço... Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? (Romanos 7.18,19,24 RA)

Consciência limpa

O que fazer? Como adquirir uma consciência limpa e escapar da condenação da lei? Uma consciência limpa não é simplesmente uma pequena lembrança do bem ou mal que nos ocorreu na vida, ou o sentir-se de bem com a vida, ou cultivar alguns pensamentos positivos. Quando a consciência desperta, ela nos acusa e atormenta. Podermos tentar sufocá-la, mas ela voltará a se manifestar.

Conta-se que o filósofo Voltair, que passou a vida zombando de Deus, quando no leito da morte sua consciência passou a acusá-lo e ele desesperou. Gritou horas a fio em desespero. Seu criado, não suportando mais os gritos, fugiu da casa dele. Sim, horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. (Hb 10.31)

 

Nós gostamos, porém, de esquecer nossos pecados, não lembrar mais a lei; mas quando esquecemos a lei, esquecemos também o evangelho, nos enganamos a nós mesmos e rumamos para a terna condenação. Importa lembrar a lei. Ela acorda nossa consciência, a qual pode ser acalmada somente pelo evangelho, a boa notícia do amor de Deus em Cristo, que cumpriu a lei em nosso lugar, nos salvou e reconciliou com Deus. (2 Co 5.19)

Após o pecado, a consciência do rei Davi passou a acusá-lo. Ele tentou sufocar esta voz, mas em vão. Em grande misericórdia, Deus lhe mandou o profeta Natã, que pela pregação da lei abriu a ferida. Davi caiu em si. Confessou seu pecado e suplicou perdão. Ele ora no Salmo: Não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não há justo nenhum vivente. (Salmos 143.2 RA) E: Não te lembres dos meus pecados da mocidade, nem das minhas transgressões. Lembra-te de mim, segundo a tua misericórdia, por causa da tua bondade, ó SENHOR. (Salmos 25.7 RA)

Os mandamentos dados por Deus revelam a vontade de Deus, sua ira sobre os transgressores, e a impossibilidade de salvar-nos pelas obras da lei; sim, a necessidade que temos de um salvador. Dizemos em nosso Catecismo Menor: a) A Lei ensina o que devemos fazer ou deixar de fazer. b) A Lei nos manifesta o nosso pecado e a ira de Deus. c) A Lei provoca a ira e mata.

No Primeiro Mandamento, Deus se apresenta e diz: Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim. Ele é nosso Criador, mantenedor e sustentador. Como tal, ele quer ser respeitado e acatado por suas criaturas. Por isso Lutero interpreta bem ao dizer: Devemos temer e amar a Deus e confiar nele acima de todas as coisas. No Segundo Mandamento Deus nos fala do seu nome: O nome de Deus é Deus mesmo, como ele se revelou em sua Palavra. Assim ele quer ser visto, respeitado e adorado.O Terceiro Mandamento: Santificar o dia do descanso. Não desprezar a sua palavra, mas devemos gostar de a ouvir e aprender.

Os outros sete Mandamentos falam do próximo, a quem devemos amar como a nós mesmos.

Ao contemplarmos a lei de Deus, à luz de tudo o que Deus diz em sua Palavra, vemos que Deus requer de nós não simples obediência relativa, mas perfeição absoluta, em desejos e pensamentos, palavras e ações, no fazer e deixar de fazer, em relação a ele e ao próximo, na alegria ou no sofrimento, na guerra e na paz, na riqueza e na pobreza. Amar a Deus sobre tudo e ao nosso próximo como a nós mesmo. Quantas transgressões, no entanto, também em relação à segunda tábua da lei. Perdemos o pudor. A mídia apresenta todo o tipo de tentações. Matrimônios se desfazem a belo prazer e os filhos sofrem. Valores morais desaparecem.

Deus ameaça castigar toda pessoa que não permanecer em todas as palavras da lei de Deus. Sim, uma transgressão leva ao inferno. E a tolerância é zero. Tiago escreve: Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. (Tiago 2.10 RA) Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. (Gálatas 3.10 RA) Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. (Mateus 15.19 RA)

Deus revela mais um detalhe: Já nascemos em pecado, sob a maldição da lei. Lemos na Escritura: Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. (Salmos 51.5 RA) Éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. (Efésios 2.3 RA) Isto os israelitas sentiram quando Deus se manifestou e começou a falar com eles. O povo disse a Moisés: Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos. (Êxodo 20.19 RA) Isto mostra que ela lei ninguém se salvará, precisamos de um Mediador.

 

O Mediador

 

Se o santo e justo Deus falar conosco ou quando nós teremos que nos defrontar com ele no dia do juízo, não subsistiremos. Graças a Deus, ele nos providenciou um maravilhoso Salvador. Moisés já o anunciou dizendo: O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás. (Deuteronômio 18.15 RA) Este profeta veio a nós em carne humana, como o confessamos: Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus gerado do Pai desde a eternidade e também verdadeiro homem, nascido da virgem Maria, é meu Senhor.

E aqui precisamos lembrar um detalhe muito importante. Aquele que falou com Moisés na sarça ardente, foi Jesus. O que guiou o povo de Israel para fora do Egito e o protegeu no deserto durante os 40 anos de peregrinação, foi Jesus. O apóstolo Paulo afirma: E beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo. (1 Coríntios. 10.4 RA) Quem falou com Moisés no Monte Sinai e lhe entregou as tábuas da lei, foi Jesus. O apóstolo afirma: Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem. (1 Timóteo 2.5 RA) Portanto foi Jesus quem escreveu os Dez Mandamentos nas duas tábuas da lei. Foi Jesus quem deu a lei. E ao mesmo tempo ele se tornou o devedor da lei, Como Mediador cumpriu a lei em nosso lugar. Pagou nossa dívida. O autor da lei tornou-se o cumpridor da lei em nosso lugar. Temos um maravilhoso Mediador e Salvador. Este chama todos os pecadores a si. Quem se arrepende de seus pecados e confia na graça de Cristo recebe perdão dos pecados, é aceito como filho de Deus e herdeiro do céu.

Como filho de Deus pela fé, gostamos de servir a Deus, temos prazer na lei de Deus. Devido à nossa natureza carnal, no entanto, servimos em fraqueza, mas procuramos crescer na fé e no servir, guiando-nos pelos mandamentos de Deus. "Oh! Não seja em vão, Senhor, teu martírio expiador! "

(HL 81) Amém.

 

 



Rev. Horst Kuchenbecker

E-Mail: horstkuchenbecker@gmail.com

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