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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

6° Domingo após Pentecostes, 04.07.2010

Predigt zu Lucas 10:1-11, 16-20, verfasst von Alexander R. Busch

 

Certa vez um aluno do ensino confirmatório estava dando muito trabalho ao pastor. E quando o pastor teve de se ausentar, ao invés de cancelar o encontro, ele pediu a este aluno para que, juntamente com outra aluna, conduzisse a aula. A estratégia funcionou melhor do que se esperava. Depois daquela experiência de ministrar a aula de ensino confirmatório, o aluno nunca mais foi o mesmo. Ele agora era mais participativo e prestava atenção ao que o pastor e os colegas compartilhavam. Ao assumir o papel de orientador, o aluno percebeu a responsabilidade e privilégio de dirigir o ensino confirmatório. Enquanto ele vestia o chapéu de aluno, ele pensava ter a liberdade para agir como bem quisesse, mas ao vestir o chapéu de professor sua vida foi transformada.

Na proclamação do evangelho de hoje nós encontramos Jesus transformando um grupo de aprendizes em um grupo de líderes. Não mais os discípulos seriam somente ouvintes, mas também praticantes. Não mais observadores que apenas recebem, mas também líderes que se doam para outras pessoas. Ao ouvir esta estória nós também podemos ser motivados, animadas para servir no Reino de Deus, para servir Deus aqui neste local, nesta cidade, neste tempo que se chama hoje.

E como precisamos de motivação para se envolver! Em muitas comunidades uma reclamação comum, um lamento universal é a ausência de maior envolvimento das pessoas no trabalho da comunidade. Muitas vezes, a impressão que se tem em nossas comunidades é que - usando a imagem do jogo de futebol - um pequeno grupo de 11 jogadores chuta a bola enquanto o restante, uma multidão, observa o jogo. Jesus também se expressou de maneira semelhante, "a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos".

Os trabalhadores são poucos. Certa vez uma pastora recebeu em seu escritório a visita de uma mulher, um membro de sua comunidade, que estava insatisfeita como o andamento das atividades oferecidas. Com entusiasmo a mulher compartilhou algumas necessidades dentro da comunidade e idéias para serem realizadas com o propósito de atender às essas necessidades e transformar a vida das pessoas. A pastora ouviu com atenção as palavras daquela senhora, e, em vários momentos, reconheceu a sabedoria nos seus conselhos. Finalmente, a pastora disse, "Essas sugestões que você está oferecendo são muito boas. Elas confirmam o interesse e o amor que você tem por esta comunidade de Jesus. Mas para executarmos alguns desses planos nós vamos precisar de pessoas dispostas a doar o seu tempo e talentos. Você é uma dessas pessoas?"

A resposta da mulher foi imediata, "Puxa pastora, obrigada pelo convite. Mas eu não posso me envolver assim. Eu já tenho outras atividades que tomam meu tempo. Mas certamente, se você precisar de conselhos ou sugestões, estou pronta para lhe ajudar." A pastora, com palavras mansas e olhar tranqüilo, então lhe disse, "Que pena. Aqui nesta comunidade temos bastante pessoas para dar boas idéias e dar bons conselhos. O que nós precisamos são pessoas dispostas a arregaçar as mangas e colocar as mãos na massa".

"A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos" diz Jesus. A sua frase, porém, não termina aqui. "Peçam ao dono da plantação para que mande trabalhadores para fazerem a colheita". Jesus não se intimida com a falta de trabalhadores, mas confia que Deus pode despertar nas pessoas o desejo, a vontade, a motivação para servir.

De fato, podemos perceber nesta estória que Deus respondeu à oração de Jesus. Setenta e dois de seus seguidores se colocaram a disposição para servir ao invés de somente serem servidos. Estas pessoas se prontificaram para vestirem não apenas o chapéu de aprendiz, mas também para vestirem o chapéu de professor. Esta foi uma experiência que transformou suas vidas.

Os setenta e dois levavam consigo apenas a saudação "que a paz esteja nesta casa" e contavam com a hospitalidade das pessoas para o seu sustento. Muitas vezes eram recebidas como ovelhas entre lobos, e eram vítimas de mau-trato por parte dos habitantes da cidade. Outras vezes, os seguidores enviados por Jesus eram bem recebidos e bem sucedidos em sua missão de compartilhar as boas novas do Reino de Deus.

O que chama a atenção neste texto, entretanto, é o retorno dos setenta e dois seguidores. Ao regressarem, era grande o seu entusiasmo em dizer como os poderes do mal não conseguiam prevalecer sobre o nome de Jesus. Embora tivessem ouvido de Jesus tantas palavras de advertência sobre os perigos e dificuldades que enfrentariam em sua missão, ao retornarem as suas palavras expressavam a alegria de verem as boas novas de Reino sendo compartilhadas com outras pessoas através de suas vidas.

"A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da plantação para que mande trabalhadores para fazerem a colheita". Será que ainda hoje, neste lugar e neste tempo, existe uma grande colheita? Será que Deus não continua chamando pessoas para trocarem o chapéu de aprendiz pelo chapéu de professor? Será que Deus não está chamando trabalhadores e trabalhadoras para arregaçarem as mangas e colocar a mão na massa?

Certamente o contexto histórico em que Jesus e seus seguidores atuaram é muito diferente do nosso, mas o chamado para compartilhar estas boas novas continua vivo e atual. Aqui mesmo nesta comunidade somos testemunhas disso. Deus continua acolhendo pessoas através do batismo e capacitando-as para servirem com seus dons e talentos nesta comunidade e nesta cidade. Na Santa ceia Deus continua nos alimentando com sua graça e nos chamando para servir em amor as pessoas de nosso lar, nossa escola, nosso trabalho, nossa comunidade.

Existem muitas maneiras em que nós podemos responder ‘sim' ao chamado de Deus. Entre as várias possibilidades quero citar algumas: servir no presbitério, no culto infantil, no grupo de louvor, participar na organização do almoço comunitário, contribuir para a Missão a fim de que outras comunidades recém-formadas possam anunciar o evangelho em suas regiões de atuação. As possibilidades para servir são muitas. Na casa de Deus é assim. Aqui você, eu, nós temos lugar para servir e amar.

Gostaria de citar mais uma possibilidade para servir a Deus. Podemos servir através de uma simples oração, uma oração como esta, "Senhor, tu és o dono da plantação. Envie mais trabalhadores para fazerem a colheita." O Deus que tanto nos ama não é indiferente a esta oração. Oramos e confiamos que mais pessoas serão motivadas, despertadas por Deus para colocarem seus dons e talentos à serviço do próximo.

Eu não sei qual é o chamado específico que Deus tem para sua vida. Eu não sei de que maneira Deus quer que você compartilhe as boas novas de Jesus, mas de uma coisa tenho certeza. Assim como os discípulos se entusiasmaram em ver o reino de Deus se manifestando através de suas vidas, você também pode ter esta alegria de perceber as boas novas de Jesus sendo compartilhadas através de você. E isto é transformação. É a alegria de ser amado por Deus e passar adiante este amor. É a alegria de receber o perdão de Deus e poder oferecer o perdão a outras pessoas. É a alegria de ter uma vida transformada e compartilhar estas boas novas. É a alegria de ser servido por Deus e de servir em nome de Jesus. Amém.

 



P. Ms. Alexander R. Busch
Paróquia de Itoupava Central - IECLB
Blumenau SC
E-Mail: pastoralexbusch@yahoo.com.br

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