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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

1º Domingo após Pentecostes/Domingo da Trindade, 03.06.2007

Predigt zu Romanos 5:1-5, verfasst von Nivaldo Schneider e Sílvio F. da Silva Filho

  

DEUS NOS ACEITA PELA FÉ EM CRISTO

Romanos 5.1-5: "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não se confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado"

O apóstolo Paulo é exemplo de que Deus nos aceita pela fé. Ele foi perseguidor da fé cristã e, nessa condição, Deus o chamou, transformou a sua vida e o aceitou como seu filho.

É exatamente sobre isso que Paulo fala em nosso texto. Por isso, baseados em Romanos 5.1-5, queremos meditar sobre o tema: Deus nos aceita pela fé em Cristo.

O apóstolo Paulo escreve aos Romanos para preparar a sua futura visita a eles, e explica o meio usado por Deus para aceitar os pecadores.

A Bíblia é muito clara quando diz que todos os homens são pecadores e que não há ninguém capaz de se justificar diante de Deus. E, para que ninguém tente se justificar pelas suas obras, ele aponta para Abraão que foi aceito por Deus não por suas obras, mas pela fé.

No v. 1, quando Paulo fala da paz com Deus, ele não está se referindo ao sossego e a viver sem problemas. Ele está falando da paz em contraposição à inimizade.

Os seres humanos, por nascimento e por natureza, vivem em inimizade contra Deus. A reconciliação é algo que Deus fez mediante a morte de Cristo, e nós somos convidados a recebê-la e desfrutá-la para vivermos em paz com Deus e com o nosso semelhante.

Paz resume tudo o que o Senhor pode e quer dar e que a fé pode esperar e receber.  A paz com Deus inclui tudo o que o Senhor, com o seu amor que perdoa e reconcilia, pode dar ao que nele crer: as bênçãos do paraíso e a bendita presença de Deus no meio do seu povo.

Aqueles que viviam em inimizade com Deus, não são apenas perdoados no sentido de que a sua merecida punição foi cancelada. São também colocados num lugar em que desfrutam da misericórdia e do amor de Deus. Mediante Cristo, eles entraram neste estado de graça e é também por meio dele que se alegram na esperança da glória de Deus.

Esta paz com Deus traz bênçãos para o ser humano hoje: ter esta paz é ter acesso a Deus, estar em pé diante dele, livres do sentimento de culpa e da condenação impostos pelo pecado. A paz com Deus nos libera do trabalho de querer conquistar a paz e a reconciliação com Deus pelos nossos esforços. Assim podemos usar todas as nossas forças, tempo e dons para servir a Deus com alegria.

No v. 2 o apóstolo Paulo fala da glória de Deus, que se manifesta no seu poder, sabedoria, beleza, santidade, amor, alegria... Adão participava da glória de Deus, pois ele foi criado à imagem e semelhança de Deus. O pecado nos destituiu da glória de Deus. Porém, a obra redentora de Cristo, que nos reconciliou com o Pai, nos tornou novas criaturas. Enquanto vivemos aqui nesse mundo, por causa da presença do pecado, o desfrute desta glória ainda é incompleto. No novo céu e na nova terra esta glória será total.

Por causa da fé em Cristo, nós enfrentamos sofrimentos nesse mundo. Esses sofrimentos, no entanto, nos dão a certeza de pertencermos a Cristo e nos fortificam na esperança da glória.

Por isso, no v. 3 Paulo afirma: "Nos gloriamos nas próprias tribulações". O caminho que conduz à glória do céu não é um tapete de flores. Enfrentamos muitas dificuldades em nossa vida, mas aquele futuro e aquela glória nos estão assegurados.

A nossa confiança, esperança e alegria não nascem de uma vida cômoda, sem dificuldades. Ao contrário, são vividas no meio das adversidades. Somos cidadãos do céu, sim, mas vivendo na terra, no campo de batalha, onde as forças do mal e da destruição atacam perigosamente.

Mas, permanecemos firmes, sem esmorecer, e alegramo-nos no fato de saber que Cristo venceu todos os nossos inimigos e que Deus governa toda a história e nada poderá nos roubar o prêmio da vida eterna. Não é um otimismo fácil, nem fuga do presente. É, ao contrário, uma ativa e confiante presença no mundo, agindo em nome de Deus.

Nos versículos 3b e 4: "A tribulação produz perseverança e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança". Na medida em que confiamos em Deus, nos entregamos aos seus cuidados, a cada passo que damos, a cada decisão tomada, a cada situação de vida, experimentamos a segurança da presença e do amor de Deus, que não desaponta os seus, e essa experiência reforça essa esperança. Esperança que não é mero esperar por dias melhores, mas a segurança de que, haja o que houver, Deus está conosco e nos guia pelo caminho certo até o fim, em seu reino da glória.

V. 5: "A esperança não confunde (não decepciona, envergonha)". A esperança cristã não é ilusória. Não é fantasia para desviar a atenção dos problemas. Não é baseada em sentimentos, qualidades ou boas ações humanas. Mas está firmemente fundamentada no amor de Deus que é fiel, verdadeiro e não engana. Amor revelado em Jesus Cristo e derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

A presença e habitação do Espírito Santo em nós, criando e mantendo a fé, nos assegura de que Deus é fiel e cumpre as suas promessas e de que nós não seremos decepcionados no dia da vinda de Cristo. Portanto, esse texto deixa claro que Deus nos aceita pela fé em Cristo.

Você crê nessa verdade? Se você crê nessa verdade, você está vivendo em paz? Você confia que seus pecados foram perdoados pela graça de Deus em Cristo, ou você acredita que precisa fazer algo para a sua salvação, para ser aceito por Deus?

Se você acredita que precisa fazer algo para ser aceito por Deus, você certamente tem uma vida muito triste e não se conforma com as provações pelas quais Deus nos permite passar por causa da fé.

Se você acredita que precisa fazer algo para ser aceito por Deus, você também não tem esperança, porque você nunca sabe se já fez o suficiente para agradar a Deus e ser aceito por ele. Sendo assim, esses caminhos nos afastam de Deus e nos conduzem à perdição eterna.

Deus quer que tenhamos paz, alegria e esperança. Para que isso acontecesse, ele não poupou o seu próprio Filho, antes o entregou ao sofrimento e amarga morte de cruz.

Com seu sofrimento, morte e ressurreição, Jesus fez tudo o que era necessário para que Deus nos aceitasse, perdoando todos os nossos pecados; e, assim, nos dando paz com Deus, nos dando alegria, mesmo nos momentos de tribulação que enfrentamos por causa da nossa fé e nos dando a esperança de uma vida abundante com ele aqui neste mundo e a vida eterna lá no céu.

Tudo isso nós recebemos de graça, de Jesus, pelo evangelho. Ninguém de nós precisa se esforçar para conquistar a paz, a alegria e a esperança. Estas são dádivas que Deus coloca em nossas mãos pelos meios da graça: palavra e sacramentos.

Por esses meios, além de nos dar a garantia do perdão, ele também fortalece a nossa fé e orienta a nossa vida para vivermos em paz com ele e com o nosso semelhante, para vivermos uma vida alegre e cheia de esperança.

Portanto, na certeza de que Deus nos aceita pela fé em Cristo, vamos buscar forças no evangelho, a fim de podermos viver em paz, alegria e esperança. Que Deus nos ajude. Amém!

[Textos: Salmo 8; Provérbios 8.22-31; Romanos 5.1-5; João 16.12-15].



Nivaldo Schneider e Sílvio F. da Silva Filho
Vila Velha, ES - Brasil
www.ielb.org.br
E-Mail: nivaldoschneider@yahoo.com.br

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