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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

7º Domingo após Epifania , 20.02.2011

Predigt zu Mateus 5:38-48, verfasst von Irineu Wolf

 

Querida Comunidade! Amigos! Irmã e irmão no Senhor!

Você já foi ofendido, ou se sentiu injustiçado? Qual foi a sua reação? O que você pensa sobre pessoas que ofendem você e como age com elas? São freqüentes os problemas de relacionamento. Infelizmente, já sempre foi assim. A Bíblia também nos fala disto. E continua valendo também hoje a lei de talião: "Olho por olho, dente por dente"!

Sem desmerecer ou desrespeitar a lei do Antigo Israel, Jesus aponta para uma nova possibilidade. Ele trabalha com duas antíteses. Uma tem forma negativa. Ela diz "Não resistais..." A outra tem forma positiva: "Amai.."! Em ambos os casos Jesus deixa claro que seus discípulos são desafiados a aprender e praticar um novo modo de se relacionar.

Ainda que a lei busque a justiça, ela não pode produzir realmente novidade. Leis têm falhas e podem ser interpretadas de modo errôneo, resultando em exploração, opressão e atitudes de vingança. É preciso adotar uma nova mentalidade. O povo de Israel já fora exortado com relação a este problema e convidado a fazer diferente. Mas enquanto se aposta na lei, não há como garantir novidade de relações.

Jesus é categórico. O povo de Deus não precisa agir e reagir como os outros povos. Já no livro de Levítico (19.18) lemos: "não se vingue nem guarde ódio contra alguém..." No mesmo sentido o apóstolo Paulo exorta: "Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal com o bem"(1 Co 12.21) e Pedro diz: "Não paguem o mal com mal, nem ofensa com ofensa. Pelo contrário, paguem a ofensa com uma bênção..."(1 Pe 3.9) O povo de Deus deve desistir da retaliação.

Sim! Os discípulos de Jesus podem agir de modo diferente. Seguindo os passos do Mestre, eles ultrapassam o discurso. Há progressão nas atitudes. Certamente não podem submeter-se passivamente às pessoas más. Mas também não devem reagir com violência. Jesus oferece e propõe aos seus discípulos um novo jeito de viver e de se relacionar. Nós o podemos resumir na recomendação da resistência não violenta e do amor ativo.

E nós? Como temos reagido diante de ofensas? Qual tem sido a nossa atitude diante dos conflitos de interesses, de disputas, de brigas? As pessoas têm sido justas conosco? E nós temos sido justos e leais para com elas? "Não se vinguem, amem", diz Jesus. Mostrem com palavras e atitudes que vocês são filhos e filhas de Deus! Em outra parte da Bíblia ele disse: "Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns com os outros" ( João 13.35). Esta é uma exortação e este é um imperativo para todos os tempos, lugares, não por último para um relacionamento bom e saudável, justo e ético entre nós. Também nós, seus discípulos podemos fazer a diferença.

Há pessoas ilustres que seguiram a instrução de Jesus. Menciono: Gandhi, Martim Luther King, Albert Schweitzer, Madre Tereza... Certamente você lembra de ainda outros nomes que lhe são exemplo e motivação para viver em harmonia e paz. Mas existe também grande número de pessoas menos conhecidas, anônimas que, na qualidade de discípulos de Jesus, tomaram a decisão e oram diariamente para que consigam viver num novo relacionamento com os seus inimigos: Em uma resistência não violenta e um amor ativo.

Seguir a Jesus e viver obediente aos seus ensinamentos, enfrenta oposição, sim. Entretanto, é a única possibilidade de viver bem e de estar bem em família e comunidade. Para muitos, parece ser tão fácil viver em família e em comunidade. Na prática, no entanto, quando se quer e se busca o bem de todos, isto exige sempre algum sacrifício. Santo Agostinho lembra: "Muitos tem aprendido a oferecer a outra face, mas não sabem como amar as pessoas que as esbofetearam"! Na antiga lei, o princípio "olho por olho" era sinônimo de justiça feita. Com Jesus aprendemos que é mais sábio e comprometedor amar os inimigos.

Observando a realidade em que vivemos, percebemos que não se faz justiça "devolvendo na mesma moeda". Ademais, existem os que sabem bem proteger o olho. Há quem aprendeu a esconder a mão que feriu o olho alheio; ou até quem oferece o olho do outro para ser furado. Há como burlar a lei. Por isso, a nova ordem é: Não resistais ao perverso! Amai! "Não se vinguem, amem e orem pelos que vos perseguem, para serem perfeitos como o Pai de vocês que está nos céus". (V 39,44,48).

Será utopia tudo isto? Ora, ouçam o que disse o escritor Alfred Plummer. Ele alerta:

"Retribuir o bem com o mal, é demoníaco;

Retribuir o bem com o bem, é humano;

Retribuir o mal com o bem, é divino"!

Nisso está a perfeição dos que são filhos e filhas de Deus e discípulos de Jesus.

Portanto necessitamos da compreensão, da disposição, da decisão, do compromisso, do envolvimento em um novo relacionamento, em que prevalecem os critérios divinos e que são misericórdia e amor! É este o fundamento da perfeição de Deus. A nossa relação com Deus, que nos distingue como discípulos de Jesus, movidos e orientados pelo Espírito Santo, nos capacita a agirmos de modo diferente, ou seja, a fazer a diferença no meio em que vivemos. A misericórdia e o amor fazem a diferença.

Resultam disso alguns conselhos muito práticos. Procuremos resistir às ofensas e maldades que são praticadas em nós com um pouco de misericórdia e amor. Somos desafiados a amar também os que são diferentes, os que pensam de maneira diferente, que têm outras necessidades e interesses. Isto só será possível para quem sente a proximidade de Deus, está em comunhão com o Pai e decide ser discípulo de Jesus.

Por nossa natureza, sempre prevalecerão os interesses individuais. Buscamos privilégios, que geram desconforto, confrontos, desencontros, ofensas, mágoas e vingança. Daí resulta a morte das relações com Deus e com os nossos semelhantes. Certa feita, uma cristã o testemunhou da seguinte forma: Fazer o que se gosta, é interessante; gostar do que se faz, é importante; mas gratificante e edificante é fazer com amor o que, por força das circunstâncias, é necessário fazer"!

Qual será a nossa reação, quando recebemos uma ofensa ou sofremos uma injustiça? Fazemos apenas o que gostamos ou que é de nosso interesse? Ou, já conseguimos também fazer com amor e determinação aquilo que precisa ser feito ? É bom lembrar as conseqüências: "Não se consegue enxugar as lágrimas de outrem, sem molhar as próprias mãos"!

Assim, amados no Senhor! Confiantes na misericórdia de Deus, seguindo com fé a Jesus, praticando a sua proposta de amor, vamos experimentar a diferença em nossos relacionamentos. Em nossa família e comunidade, você faz a diferença!

Amém!



P. Irineu Wolf
Blumenau, S.C., Brasil
E-Mail: wolfneu@gmail.com

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