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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Domingo de Ramos, 17.04.2011

Predigt zu Mateus 21:1-11, verfasst von Rosângela Stange

 

"Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam conosco neste momento". Amém.

Querida comunidade!

Não faz muito tempo que a torcida do Atlético Paranaense vibrou com a escolha do novo treinador Geninho. Ele foi recebido com honras e ovacionado pela torcida. Ele era a esperança de tirar o time da situação complicada na qual se encontrava. Mas passados poucos anos, ele foi mandado embora, acusado de ser o único responsável pela sucessão de derrotas que o time vinha sofrendo.

Ídolos são feitos e ídolos são destruídos da noite para o dia!!! Quantas e quantas vezes já vimos este filme!

A história da paixão, morte e ressurreição de Jesus não foi diferente. Longe de mim, querer comparar Geninho com Jesus! Mas é bem possível fazer uma comparação entre os admiradores de ídolos hoje e a multidão que recebeu Jesus, quando ele chegou a Jerusalém.

Jesus havia encerrado sua missão na Galiléia e, juntamente com seus discípulos, seguiu para Jerusalém. A cidade, naqueles dias, estava em polvorosa. Judeus de vários lugares estavam em Jerusalém para a comemoração da Páscoa judaica. Antes de chegar à cidade, Jesus incumbiu dois de seus discípulos a irem até Betfagé e providenciarem um jumentinho para ele. Eles o encontrariam amarrado e, caso fossem questionados, deveriam informar que o Mestre precisava dele.

O texto fala em uma jumenta e um jumentinho. Isso nos confunde. Jesus teria montado os dois? Como podemos explicar isso? Mateus, no versículo cinco, cita o profeta Zacarias, do Antigo Testamento. No hebraico, às vezes era comum usar duas palavras para dizer uma coisa somente. Assim, na verdade, não eram dois animais, mas somente um. Então, Jesus não montou dois jumentos, como o texto dá a entender, mas somente um.

Quando tudo estava preparado, Jesus seguiu seu caminho. Sua chegada não havia sido previamente anunciada. Não houve preparativos. Não houve comitê de recepção. Jesus chegou, acompanhado de seu pequeno grupo, mas, mesmo assim, provocou um alvoroço. Pessoas estenderam suas capas pelo caminho, cortaram ramos das árvores para estender no chão e o saudaram aos gritos!

Muitas pessoas ali presentes, não entendiam o que estava acontecendo e procuraram se informar. Provavelmente eram moradores de Jerusalém, que ainda não haviam ouvido falar de Jesus. As pessoas que o saudaram devem ter sido peregrinos da Galiléia, que estavam na cidade para a comemoração da Páscoa e que já tinham tido contato com Jesus, ou, pelo menos, já haviam ouvido falar nele. Por isso são elas que conseguem matar a curiosidade daquelas que nada estavam entendendo: "Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia". (v.11b).

Chama nossa atenção como esse que o povo diz ser "profeta", e que a profecia do AT afirma ser o Rei, é caracterizado. Normalmente, para um rei era importante ser forte, poderoso, o que era comprovado pelo número de soldados e armamentos que tinha. Jesus é rei, mas um rei humilde. Um rei pobre, sem posses, sem bens, sem reputação, sem ter onde reclinar sua cabeça. Esse rei não conhece o poder, a força, a fama, a honra e a glória que os reis deste mundo tanto procuram e também recebem. O rei Jesus renunciou a tudo isso.

A sua entrada na cidade de Jerusalém, lugar de sua morte e da conclusão de sua missão, não poderia ser diferente. Jesus nunca quis ou buscou a fama ou a riqueza material. Apesar de ser Deus, não se poupou de nenhum sofrimento. Talvez para poder sentir toda a dor e sofrimento que nós como seres humanos sofremos. Esse Jesus não temia ter seu nome e sua pessoa associados às pessoas mais desprezadas e sofridas do seu tempo: as viúvas, crianças, pecadores, estrangeiros, enfermos. Ele tinha clareza da sua missão. Sabia quem o necessitava, a saber, quem tinha sede e fome do evangelho do amor.

Jesus, diferente dos ídolos de nosso e de todos os tempos, diferente dos Geninhos, Ronaldinhos, Neimares, Adrianos, não procurava os holofotes. Não queria a glória a qualquer custo, pois sabia que a glória humana é passageira. Jesus sabe que hoje gritamos glórias e vivas e amanhã, quando as coisas não saem como queremos, gritamos: crucifica-o!

Ele não quer ser e não é ídolo, pois ídolo é criação humana e tem seus dias contados. Jesus não quer ser idolatrado, mas seguido. Ele não quer pessoas histéricas ou fanáticas atrás dele, mas discípulos e discípulas dispostos a permanecer com ele mesmo no caminho da cruz. Seguidores e seguidoras, que crêem nele acima de todas as coisas e que não o abandonam quando surgem as primeiras dificuldades, ou quando seus desejos não são atendidos na hora e da forma como elas querem.

Jesus quer seguidores e seguidoras que crêem na sua vitória sobre a morte e que, por isso, podem sim, mesmo em meio a tantos sinais de morte, louvar cantando: "Glória a Deus e paz na terra!"

Que nesta semana em que recordamos a paixão e morte de Jesus, nosso Salvador, reflitamos sobre a nossa motivação em segui-lo. Que nesta semana Santa, proclamemos que ele é o Senhor dos céus e da terra, o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim e que não há outro igual a ele.

Amém.



Pa. Rosângela Stange
São José dos Pinhais, PR, Brasil
E-Mail: rosangela.stange@terra.com.br

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