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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

2º Domingo após Pentecostes, 10.06.2007

Predigt zu Lucas 7:1-10, verfasst von David Karnopp

  

CONFIEMOS SINCERAMENTE EM CRISTO

No tempo em que Jesus realizava seu ministério aqui na terra, o povo de Israel era governado pelo império romano.   E os romanos, para controlar seu vasto império, mantinham em determinadas regiões, pequenos exércitos, com mais ou menos cem soldados.

Em Cafarnaum, cidade onde Jesus morou por algum tempo havia um exército destes. E, o oficial deste exército de Cafarnaum era estrangeiro, provavelmente romano.   Mas ele havia conquistado a amizade do povo judeu e também simpatizou-se com a religião dos judeus.

Um dos seus empregados estava muito doente.  Mesmo não conhecendo a Jesus pessoalmente, este oficial acreditava que Jesus podia curar o seu empregado. Mas ele não se achava digno de que o Senhor viesse a sua casa.  Por isso enviou ao encontro de Jesus algumas pessoas para pedir que o curasse de longe, com uma palavra.

Pelo menos três aspectos são ressaltados nesta história, que nos servem de exemplo.

O primeiro é a generosidade. Aquele oficial era estrangeiro entre os judeus. Normalmente as autoridades romanas não eram muito generosas com aqueles que eles dominavam.

Mas este oficial tinha um temperamento diferente. Respeitava os empregados e cuidava bem deles. Além disso, tornou-se respeitado pelo povo de Cafarnaum, onde chegou a construir uma sinagoga para eles. A generosidade é um dos frutos da fé. A fé verdadeira prova a sua força, através das boas obras, entre elas a generosidade.

O segundo é a humildade. Ao dizer que não se considerava digno de Jesus entrar em sua casa, este oficial demonstrou muita humildade.   A humildade é uma das características do cristão. Sem ela não há fé sincera. No coração do cristão não pode haver lugar para o orgulho e a arrogância.

A falta de humildade é como um veneno que destrói lentamente. Destrói lares, famílias, amizades e o pior, destrói a igreja de Cristo. Há muito o que aprender com este oficial. Em lugar de falar da sua superioridade, como homem de autoridade, preferiu dizer que estava sujeito à autoridade. Por sermos pecadores, nós também não somos dignos de Jesus vir em nossa vida. Ele é que nos torna dignos daquilo que ele tem para cada um de nós.

O terceiro aspecto destacado é a fé.  Jesus chegou a elogiar a fé deste oficial. Mesmo não conhecendo pessoalmente a Jesus, este oficial confiou que Jesus podia curar o seu empregado com apenas uma palavra de longe.

E ele ilustrou a sua confiança com a sua própria experiência. Disse que não precisava estar presente, para que uma ordem sua fosse executada. Para ele a palavra seria o instrumento pelo qual a ação de Jesus se realizaria, não necessitando da presença de Jesus.  Foi um dos mais impressionantes milagres de Jesus. Sem ver o paciente e sem tocá-lo Jesus lhe restitui a saúde.

Nós vivemos no mundo das incertezas onde, para se acreditar, tudo precisa ser comprovado, se possível, cientificamente. Assim também muitas pessoas vivem em relação a Deus. Só acreditam vendo. Uma palavra não basta, de longe, menos ainda. Querem tudo comprovado.

Mas o Senhor Jesus se revela pela Palavra e na Palavra não o vemos pessoalmente.   E tudo o que nos oferece, oferece pela Palavra. Jesus quer uma fé sincera de nós, mesmo que não o tenhamos perto de nós.

Dizem que a origem da palavra "sincero" vem da antiga Itália, provavelmente Roma. Lá, em algum mercado publico vendiam-se vasos de barro.   E alguns vendedores passam cera nos vasos para dar brilho e para esconder os defeitos. Depois de alguns dias, quando a cera saía, apareciam os defeitos.   Muitos então passaram a exigir os vasos "sin cera", ou seja, sem a cera, ao natural, pois nestes apareciam os defeitos.  Assim surgiu a palavra sincero.

Jesus se admirou muito da confiança deste estrangeiro e se decepcionou com o velho povo de Israel onde não encontrou uma fé como esta.   Eles eram o povo escolhido de Deus, para entre eles nascer o Salvador. Julgavam-se um povo importante. O orgulho deles não permitiu que eles aceitassem a Cristo como o Messias, o prometido. Este povo precisava cair no arrependimento e receber uma fé sincera.  

Algo assim pode acontecer conosco. O fato de sermos o velho povo luterano pode nos levar ao comodismo e a frieza. Podemos cair no erro de achar que temos o suficiente conhecimento da verdade e que somos um povo abençoado por Deus. E aí mora o perigo. Exemplos como a generosidade, a humildade e fé sincera podem ficar cada vez mais distantes e dar lugar ao orgulho e a frieza. O velho povo de Israel precisava de uma fé sincera no Senhor Jesus. O velho povo luterano também precisa ser chamado a crer sinceramente no Senhor e mostrar a fé através das boas ações.

Vejam que Jesus não se negou a ir ao encontro daquele oficial, mesmo que este não se sentisse digno de recebê-lo em casa.  Jesus compreendeu e aceitou a situação dele.  Jesus também vem ao nosso encontro, porque nós não somos dignos de ir ao encontro dele.

Nosso pecado nos separou de Deus, mas Cristo, com sua obra, que culminou com a sua morte na cruz, nos reaproximou de Deus.  Ele conhece a nossa indignidade e sempre se coloca ao nosso lado. Através da sua Palavra ele nos conforta, nos consola, perdoa, nos ama, salva e também nos cura.   Além disso, o temos presente na Santa Ceia, o momento mais íntimo e a comunhão mais profunda com Deus.

Que a nossa fé se apegue sinceramente à palavra do Senhor e produza os frutos da fé. Amém.

 

 



David Karnopp
Sao Borjas, RS-Brasil
E-Mail: dkarnopp@gmail.com

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