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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3. Domingo apos Pentecostes, 17.06.2007

Predigt zu Lucas 7:11-16, verfasst von Lindolfo Pieper

O PODER DA VIDA E DA MORTE
Lucas 7:11-16: "Em dia subseqüente dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão. Como se aproximasse da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva: e grande multidão da cidade ia com ela. Vendo-a o Senhor, compadeceu-se dela e lhe disse: Não chores! Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando, levanta-te! Sentou-se o que estivera morto e passou a falar. E Jesus o restituiu à sua mãe".
Certo dia, uma pedra disse: "Eu sou forte!" Ouvindo isso, o ferro disse: "Sou mais forte que você! Quer ver?" Então os dois competiram até que a pedra se tornou pó.
O ferro, por sua vez, disse: "Eu sou forte!" Ouvindo isso, o fogo disse: "Eu sou mais forte que você! Quer ver?" Então os dois competiram até que o ferro se derreteu.
O fogo, por sua vez, disse: "Eu sou forte!" Ouvindo isso, a nuvem disse: "Eu sou mais forte que você! Quer ver?" Então os dois competiram até que a nuvem mandou água e o fogo se apagou.
A nuvem, por sua vez, disse: "Eu sou forte!" Ouvindo isso, o vento disse: "Eu sou mais forte que você! Quer ver?" Então os dois competiram até que o vento soprou a nuvem e ela se desfez.
O vento, por sua vez, disse: "Eu sou forte!" Ouvindo isso, os montes disseram: "Nós somos mais fortes que você! Quer ver?" Então os dois competiram até que o vento ficou preso entre um círculo de montes.
Os montes, por sua vez, disseram: "Nós somos fortes!" Ouvindo isso, o homem disse: "Eu sou mais forte que vocês! Querem ver?" Então o homem, dotado de grande inteligência, perfurou os montes, impedindo que eles prendessem o vento.
Acabando com o poder dos montes, o homem disse: "Eu sou a criatura mais forte que existe!" Até que veio a morte e, com apenas um golpe, acabou com o homem que se achava inteligente e forte.
A morte ainda comemorava, quando, sem que ela esperasse, um homem chamado Jesus veio e, em apenas três dias, venceu a morte e todo o poder dela.
Essa pequena história nos mostra que a nossa força está em Cristo. Cristo, quando esteve aqui na terra, mostrou que tem poder sobre a morte. Em várias ocasiões ele se defrontou com a morte e sempre a venceu.
Uma vez ele estava diante do corpo de uma jovem. Ele disse: "Menina, eu te ordeno: Levanta-te", e a menina se levantou. Outra vez ele estava diante do túmulo de Lázaro. Ele apenas disse: "Lázaro, vem para fora", e Lázaro saiu da sepultura. Outra vez ainda ele se encontrou com o enterro do filho da viúva de Naim. Jesus parou o féretro, pôs a mão no esquife, deu uma ordem e o jovem se levantou.
E ele próprio, Jesus, passou pela morte. Mas ele não ficou na sepultura. Ele ressuscitou dos mortos, dizendo a todos que encontrava: "Eu sou a ressurreição e a vida. Todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente, mas passa da morte para a vida", pois "eu vivo e vós também vivereis". E o apóstolo Paulo completa, dizendo: "Em Cristo somos mais do que vencedores".
Uma das coisas mais temidas é a morte. Não há quem não teme a morte, até mesmo o cristão; pois a morte é sinônimo de separação, despedida e tristeza. E o que é pior: ela é poderosa. Nenhum homem a consegue vencer.
O evangelho de hoje, no entanto, nos mostra que há alguém superior a ela, que a venceu. Este alguém é Jesus.
Jesus é maior que a morte e pode vencê-la porque ele é o Filho de Deus. E, como Deus, ele não apenas criou todas as coisas, mas pode também restaurar a vida ao que está morto. É por isso que a multidão clama, ao vê-lo ressuscitar um jovem: "Grande profeta se levantou entre nós: Deus visitou o seu povo".
Esta multidão ficou maravilhada porque até então só conhecia o poder da morte. Ela via com os seus próprios olhos como a morte era cruel, levando indistintamente para a sepultura milhares e milhares de vítimas. E agora se defronta com Jesus, cujo poder é maior do que a morte.
Vejamos como o evangelho descreve o encontro desses dois poderes: o poder da vida e o poder da morte.
O poder da morte é assim descrito por Lucas: "Em dia subseqüente dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão. Como se aproximasse da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva: e grande multidão da cidade ia com ela".
Aqui nós vemos o poder da morte. Ela escolhe como vítima um jovem, cheio de força e vitalidade. Ela não olha para as lágrimas da mãe. Não pergunta se ela é viúva e se precisa do filho para sustentar o lar. Simplesmente invade o lar e o transforma num mar de lágrimas, comovendo toda a cidade. Este é o poder da morte.
Porém a morte não atinge apenas algumas pessoas: o poder da morte é universal. Ela se estende por todo mundo. Ela domina a terra. Não apenas a terra: mas também o ar e o mar. Onde quer que haja vida, lá está a morte. O seu poder vai de norte ao sul, do leste ao oeste, e do oriente ao ocidente. Ninguém escapa dela.
O poder da morte é indiscriminado. Ela trata a todos igualmente. Não faz diferença entre jovem e velho, rico e pobre, homem e mulher, culto e inculto. Ela visita tanto a criança no berço, como a mãe que amamenta o filho. Visita o jovem na flor da idade e o ancião de dias. Visita o rico que mora no palácio e o pobre que habita uma choupana. Para ela todos são iguais.
O poder da morte é rude. Ela não tem dó de ninguém. Não se importa com a tristeza dos outros. Separa o esposo da esposa, o irmão da irmã, e o filho da mãe. A linguagem humana não é capaz de descrever a miséria que ela já causou, as lágrimas que ela arrancou ao longo dos séculos.
Como descrever a tristeza que Abraão sentiu ao ver-se separado da sua querida Sara, a quem tanto amava? Como descrever a tristeza de Davi ao ver o seu filho Absalão morto, pendurado num galho, ferido pelo seu próprio soldado? E como descrever a tristeza do próprio Senhor Jesus, ao ver o seu amigo Lázaro morto, na sepultura, por quem chorou profundamente? Que outro poder poderia arrancar lágrimas dos olhos do próprio Filho de Deus, senão a morte?
O poder da morte é, finalmente, irresistível. Ninguém a consegue dominar ou vencer. A ciência e a medicina têm progredido assustadoramente ultimamente, porém o homem continua a morrer. E continuará a morrer enquanto o mundo existir.
Enquanto houver um só homem na terra, ela continuará a existir. Não há e nem haverá uma fórmula mágica para vencê-la. Também nós haveremos de morrer: eu e você, querendo ou não querendo.
Há, porém, um poder maior que o da morte. É o poder de Cristo. Assim lemos na segunda parte do evangelho de hoje: "Vendo-a o Senhor, compadeceu-se dela e lhe disse: Não chores! Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando, levanta-te! Sentou-se o que estivera morto e passou a falar. E Jesus o restituiu a sua mãe".
Aqui está o poder de Jesus. A ele até a morte, o maior e o mais terrível inimigo do homem, deve se submeter. Basta apenas uma ordem sua para que a morte lhe entregue de volta a vítima.
E esta não foi a única vez que Jesus ressuscitou um morto.
Em Cafarnaum a morte havia ceifado a filha única de Jairo. O seu corpo franzino estava num caixão e os seus familiares já estavam se preparando para o sepultamento. De repente Jesus entra no quarto, toma a mão da moça e diz: "Menina, eu te mando, levanta-te!". No mesmo instante ela abriu os olhos e começou a falar.
Em Betânia nós encontramos Jesus diante da sepultura de Lázaro, que havia falecido há quatro dias. Jesus, entretanto, olhou para dentro da sepultura, e clamou: "Lázaro, vem para fora!". E no mesmo instante o que estivera morto saiu para fora. Lázaro tornou a viver.
Estas ressurreições são, porém, apenas uma pequena amostra da grande vitória que Jesus próprio obteria sobre a morte. Quando Jesus foi pregado sobre a cruz e entregou o seu espírito a Deus, ele enfrentou pessoalmente a morte. Durante três dias ele ficou debaixo da terra, depois dos quais saiu da sepultura e se mostrou vivo aos seus seguidores. Ao ressuscitar da morte Jesus demonstrou o seu poder sobre a morte, que ele é maior do que ela.
E agora uma coisa muito importante: tudo o que Jesus fez, ele o fez por nós. Ele viveu por nós, morreu por nós e ressuscitou por nós. Se através de um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte (Romanos 5.12), também por um só homem veio a vida. Diz Jesus: "Eu vivo e vós também vivereis".
Não é que ninguém mais vai morrer. Todos continuarão morrendo. Porém a morte não é mais o fim de tudo, mas apenas o começo de uma nova vida. Por ocasião da morte de Lázaro Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá. E todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente".
Como somos carnais e, como carne e sangue não podem herdar o reino dos céus (1 Coríntios 15.50), a morte serve para destruir o nosso corpo corruptível, a fim de que se revista da incorruptibilidade, conforme diz Paulo em 1 Coríntios 15: "É necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade e o que é mortal se revista da imortalidade. Então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está ó morte a tua vitória, onde está ó morte o teu agulhão? O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a lei. Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo".
Muitas pessoas já morreram, e outros tantos ainda vão morrer. Como seria triste se com a morte terminasse tudo?!
Mas, como cristãos, temos um consolo: a esperança da ressurreição. Nós ainda choramos na hora da morte de um ente querido. Choramos porque estamos nos despedindo de uma pessoa que não vamos ver mais aqui na terra. Mas ao mesmo tempo nos consolamos em saber que esta mesma pessoa está com Cristo e que um dia havemos de vê-la em alegrias eternas nos céus.
Este é o nosso grande e único consolo diante da morte. Refugiemos-nos nele sempre, especialmente na hora da morte.


Lindolfo Pieper
Jaru RO - Brasil
E-Mail: piperlin@uol.com.br

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