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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

10º Domingo Após Pentecostes, 21.08.2011

Predigt zu Mateus 16:13-20, verfasst von Werno Stiegemeier

 

Estimada comunidade!

1. Quem é Jesus?

Quem é Jesus para você? Quem ele é para mim? Qual é o espaço que ele ocupa em nossa comunidade? Esta é a pergunta central e decisiva em torno da qual se movimenta a espiritualidade pessoal e da comunidade como um todo.

Antes de falarmos das muitas opiniões existentes sobre a pessoa de Jesus, olhemos para nós, que estamos reunidos em culto. Seria interessante se respondêssemos, por escrito, a pergunta: Quem é Jesus para mim? O que ele significa para mim pessoalmente? Sugiro que levem isto como tarefa de casa. É de fundamental importância que tenhamos clareza sobre esta questão.

No texto bíblico que acabamos de ouvir, Jesus pergunta o que o povo em geral diz a seu respeito: "Quem diz o povo ser o Filho do homem?" São diversas as opiniões que os discípulos passam para ele: Alguns acham que tu sejas João Batista. - É preciso lembrar que João já havia sido decapitado por ordem de Herodes. Assim, Jesus poderia ser aquele mesmo que chamava ao arrependimento, tendo ressuscitado da morte.

Para um segundo grupo Jesus seria Elias. Também a volta deste profeta, que vivera muito tempo antes, era esperada. Ainda outros imaginavam que Jesus poderia ser Jeremias ou algum outro profeta.

Sim, quem é Jesus? O que as pessoas dizem a seu respeito? Ao longo de 2.000 anos chegou-se a um número elevado de respostas e opiniões, como por exemplo: Jesus é o fundador de uma nova religião. Alguém que tentou introduzir uma reforma social, tomando o partido dos pobres e injustiçados. Um idealista que pensou poder mudar o mundo com novas exigências éticas. Talvez um simples sonhador? Um charlatão? Um filósofo? Um santo? Um milagreiro? Um profeta? - Quem é ele? De onde ele vem?

Num segundo momento Jesus quer saber qual a opinião dos discípulos: "E vocês? O que vocês dizem a meu respeito?" Agora não importa mais o que o povo diz. Enquanto os outros estão na mira, a gente pode se esquivar de uma resposta pessoal. Agora, porém, a pergunta é direta: O que vocês dizem? Vocês que são meus discípulos, vocês cristãos, vocês que estão no culto. Quem é Jesus para vocês?

2. Jesus, o Cristo.

Pedro não fica devendo a resposta: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Com esta confissão Pedro diz: Eu creio que tu és aquele que havia de vir. Com a tua vinda, a promessa de Deus se cumpriu. Em tua pessoa o próprio Deus vem a nós. Tu és o Messias, o Rei e Libertador. Tu acolhes e ajudas os pobres e aflitos e buscas os desprezados e rejeitados. Tu és o Salvador e ninguém outro.

Se nós já tivéssemos respondido, por escrito, a pergunta "Quem é Jesus para mim?" o que estaria escrito nesta folha? Provavelmente não seriam afirmações tão abrangentes como estas que acabamos de mencionar. Importante mesmo seria que fossem confissões de fé bem pessoais e não formulações prontas, que apenas repetimos.

Talvez tivéssemos afirmações semelhantes a estas: Tu és aquele que sacia a minha sede por vida. Quando tu me encontraste, iniciou uma bela história entre nós. Sei que tu me seguras, me amas, me orientas e me carregas com os meus fardos. Junto a ti experimento perdão e posso recomeçar sempre de novo. Tu dás sentido à minha vida. És a minha esperança e a do mundo todo, esperança que se estende para além da morte.

A confissão de Pedro impressiona. E Jesus reage prontamente a ela: "Bem aventurado és tu, Simão, filho de Barjonas!" Logo a seguir, no entanto, acrescenta: "Não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus." Com estas palavras Jesus afirma: Este reconhecimento não vem de ti, Simão. Foi o próprio Deus quem te levou a esta confissão. - Sim, a esta confissão ninguém chega por si mesmo. É Deus mesmo quem nos concede seu Espírito para que sejamos curados de nossa cegueira e reconheçamos quem é Jesus.

3. Incumbência e promessa.

Jesus, no entanto, não para por aí. Ele continua: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja". É este o significado do seu nome: pedra, rocha. Mas será ele este discípulo forte que estará firme como uma rocha na turbulência das ondas?

Conhecemos um pouco de sua história. Sabemos de suas manifestações impulsivas e instáveis. Conforme os versículos que seguem, Jesus teve que repreendê-lo porque tentou impedi-lo de seguir o caminho da cruz. E na noite em que Jesus foi preso, Pedro fracassou vergonhosamente. Uma mulher o desestruturou com a simples afirmação: "Tu também és um do grupo deste Jesus". Neste momento ele trocou a confissão pela negação: "Não conheço este homem."

Pedro: uma pedra, uma rocha? Sim, mas não pela força e capacidade natural de sua pessoa. É unicamente a palavra de Jesus, a sua promessa, sua fidelidade que fez de Pedro uma pedra viva capaz de contribuir na edificação de sua igreja. Após seu grande fracasso, Jesus se dedicou pastoralmente a Pedro para restaurá-lo e capacitá-lo para que pudesse apascentar as suas ovelhas (João 21.15-17).

Pedro recebe ainda uma segunda promessa: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus." Chaves são um símbolo de autoridade. A tarefa que lhe é confiada, portanto, não consiste em permitir ou negar o acesso ao reino dos céus. A tradição, infelizmente, fez de Pedro uma espécie de segurança ou guarda da porta de acesso ao céu.

A incumbência de Pedro é a de levar pessoas a Cristo, de quem receberão perdão dos pecados, sendo, assim, libertas do poder do mal. Terá autoridade para ensinar e disciplinar, mostrando o que é da vontade de Deus e o que não.

A igreja que Jesus mesmo edificará recebe a promessa: "As portas do inferno não prevalecerão contra ela." Que palavra de animo e de consolo! Pensemos em Pedro e nos demais apóstolos que se puseram a caminho com a boa nova da salvação! Com esta promessa de Jesus puderam ir na certeza de que ninguém impediria que a pequena semente brotasse, crescesse e frutificasse. E este processo de desenvolvimento da igreja já conta com uma história de quase dois mil anos!

Esta promessa também é válida para nós hoje que vivemos em meio a tanto desânimo e resignação: A igreja ainda tem futuro? Não estamos na iminência de sermos atropelados por uma sociedade em que o espaço da igreja é cada vez mais limitado?

Martim Lutero certa vez disse: "Não somos nós que haveremos de manter a igreja. Também os nossos antepassados não a mantiveram. Igualmente não serão os que nos sucederem. Quem manteve, mantém e manterá a igreja é unicamente este que disse: "Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século."

Ao olharmos para ele, o desânimo e a resignação desaparecem. Atentos às suas promessas, somos presenteados com fé e esperança. Em Jesus temos um firme ancoradouro para a nossa vida e a certeza de que a igreja sempre existirá. Edificando sobre este fundamento, Jesus, não precisamos temer pelo seu futuro. Decisivo é que hoje e sempre demos um testemunho claro de nossa fé, pois temos muitos motivos para confessarmos corajosamente: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo."

Amém.



P. Werno Stiegemeier
Gaspar, S.C., Brasil
E-Mail: werno.luterano@terra.com.br

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