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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

6º Domingo após Pentecostes, 08.07.2007

Predigt zu Lucas 9:51-62, verfasst von Ricardo Bruno Voss

SEGUINDO A CRISTO DO JEITO QUE ELE GOSTA!

Na falta de alguma coisa, busca-se sempre uma compensação. Dessa maneira, pode-se disfarçar a carência.  Para esconder a pele maltratada da face, usam-se cremes e bases.  Para impor respeito, os pais se mascaram de bravos e até agridem. 

Quando os argumentos são fracos, a voz se altera e se apela para a força. Quando se está em erro, prefere-se criticar a igreja, antes de, com humildade, corrigir-se a si mesmo.

No texto, Jesus propõe algo como um teste, para provar a sinceridade da fé e o alcance da vida cristã.

I - SEM O USO DE MÁSCARAS. A máscara da piedade: "Seguir-te-ei para onde quer que fores" (v.57).

"Quero ser da igreja. Sempre aprendi que é necessário ter-se uma religião".  Religiosidade que ameniza a consciência, a qual reclama por alguma coisa que possa trazer segurança espiritual. 

É a necessidade primeira de todo ser humano, e ela precisa ser satisfeita.  Qualquer coisa serve. Não há muito critério. Não há consciência dos fatos.

A máscara da ostentação religiosa: "Permite-me ir sepultar meu pai" (v. 59).

Sinais da cruz, feitos ostensivamente para que todos vejam. A construção de um importante templo.  Exibição de rituais que são mera formalidade e, finalmente, após a morte, ser depositado num túmulo luxuoso, numa cerimônia acompanhada por muita gente.  Esse parece ser o perfil do homem que foi convidado por Jesus para segui-lo (v.59).

A máscara do cumpridor dos deveres: "Senhor, deixa-me primeiro despedir-me dos de casa" (v. 61).

O apego às coisas terrenas é tão grande, que não é possível colocá-las num segundo ou terceiro plano. 

O trabalho, os cuidados do lar, as horas de lazer, as viagens, a agenda cheia de compromissos.  É tanta coisa que não sobra tempo. Fica a promessa: "Olha, hoje não dá, mas da próxima vez eu vou!"

Também nós precisamos tomar cuidado com as máscaras.

II - ADORANDO E SERVINDO A DEUS SINCERAMENTE, mesmo que isto represente um escândalo para a razão.

O primeiro candidato a seguir Cristo demonstra um temperamento idealista, porém superficial.  Sua decisão carecia de maior profundidade. Não havia calculado o custo.  Tudo parecia tão maravilhoso, tão mágico.

O alerta de Jesus (v.58) está a dizer: "Nada de idealismo, mas sobriedade e realismo sadio".  O mestre vivia em simplicidade. O mundo se escandaliza com coisas assim.  A razão humana não vê justificativa, para alguém deixar tudo e seguir um líder como Jesus.

Seguir a Jesus também significa sinceramente adotar a "estúpida" mensagem da cruz (1 Co 1.18ss), vivê-la e anunciá-la ao mundo.

Quando Jesus afirma: "Conheço as minhas ovelhas, e elas conhecem a mim, e dou a minha vida pelas ovelhas" (Jo 10.14-15). Ele fala da estreita relação existente entre ele e os seus seguidores. 

É uma relação íntima e profunda. Jesus não estava discriminando o homem que o queria seguir, ele apenas queria levá-lo à sobriedade e a seriedade de sua decisão.

Por ocasião do nosso Batismo, o desejo de seguir a Cristo foi operado pelo Espírito Santo em nossos corações. Na Confirmação, houve uma renovação dessa decisão. Os meios da graça firmam a decisão.

A verdadeira fé não se solidifica na hora da empolgação e emoção, mas em meio ao silêncio, da reflexão e do sincero estudo da Palavra e comunhão com Deus.

É hora de testarmos a nossa fé.  Seguiremos Jesus mesmo em meio à dificuldades, provações, pobreza e sacrifícios?   Jesus alerta em Lc 12.15: "Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui".

Coisas mais importantes devem ser feitas primeiro: Jesus toma a iniciativa de outro diálogo.  Possivelmente um jovem, a quem disse: "Segue-me". 

Seguiria a Jesus, mas havia um problema. Precisava sepultar seu pai, recém falecido (v.59).  Jesus, em sua resposta, procurou mostrar-lhe que a primeira coisa que tinha que fazer, e a mais importante, era "ir e pregar o Reino de Deus".

Enquanto para os homens o sepultamento de um ente querido é um sagrado dever, Deus tem outros conceitos de valor, que ele recomenda aos seus (Lc 14.15-24: ler).

Existem almas sob o poder de Satanás, na maior incredulidade, rumando à eterna condenação.  Jesus deseja livrá-las do poder satânico.  Sua vinda a este mundo tinha este propósito. Os seus precisam se envolver nessa missão.

Qualquer pessoa poderia sepultar um morto, até um espiritualmente morto.  Mas pregar a salvação de Cristo, somente um discípulo seu pode fazer.

Rompendo com a vida do passado: Uma terceira pessoa quer se agregar aos seguidores de Jesus (v.61), mas havia uma condição: Queria primeiro fazer uma despedida dos familiares e amigos.  Ou queria apenas rever suas velhas paixões.  Só mais uma vez.  E depois seguiria a Cristo!

Jesus declara (v.62) que, para ser um seguidor, teria que romper com a vida anterior. Os apelos poderiam ser tantos, que ele seria tentado a desistir do seu propósito. Fp 3.14: "Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus", declara o Apóstolo. Não é possível retroceder.

Somente o próprio Deus pode habilitar e motivar verdadeiramente para enfrentar o desafio.  Ele o faz através do seu ensino.  Na comunhão com ele por meio da Palavra e dos Sacramentos.

Aqui está a chave: seguir a Cristo como ele gosta!  É estar em comunhão constante com ele. Constante e íntima.  Íntima e verdadeira.

Quem segue assim a Jesus será apto a servir ao próximo, que necessita de sua ajuda espiritual e material. 

Esse serviço será um culto de adoração ao Senhor Deus. Culto de um filho de Deus que, pela fé em Cristo Jesus, é livre para servir e viver a sua fé. Unido, motivado e guiado pelo amor do Pai, mediante a fé em Cristo Jesus.  Amém.



Ricardo Bruno Voss
Baixo Guandu, ES ? BRASIL
E-Mail: pelpazbg@yahoo.com.br

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