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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3º Domingo da Páscoa, 22.04.2012

Predigt zu Lucas 24:36b-48, verfasst von Valdir R. Gromann

Graça e paz daquele que foi, que é e sempre será o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Amém.

 

Prezada comunidade!

Se alguém entrasse aqui, neste instante, gritando que Jesus está chegando e que virá imediatamente para cá a fim de agradecer pelo fato de estarmos aqui reunidos em seu nome, o que você diria a esta pessoa? Você diria a ela obrigado por trazer tão maravilhosa notícia? Ou diria: Vai se tratar você é uma pessoa louca que não sabe o que o que está dizendo?

Certamente você e eu optaríamos pela segunda resposta. Teríamos dificuldades em acreditar que algo tão maravilhoso viesse acontecer justamente aqui. Temos dificuldades em acreditar em boas notícias, tanto que um ditado popular diz que "quando a esmola é grande até os santos desconfiam".

Com os discípulos de Jesus não foi diferente. Eles também não queriam crer que o Mestre havia ressuscitado. Por isso, não o reconhecem. E quando Ele os saudou se assustaram pensando que ele era um fantasma. Para provar que Ele era o Cristo Ressurreto, Jesus deixou que o tocasse, mostrou as marcas da crucificação nas mãos e nos pés e ainda pediu algo para comer.

De modo semelhante os israelitas não quiseram acreditar naquilo que seus olhos viram quando da cura de um coxo que todo dia era levado para um dos portões do Templo. Ficaram assombrados e tinham os olhares atônitos fixos em Pedro e João. Assim nós lemos no livro dos Atos. Às vezes é difícil crer naquilo que os olhos enxergam.

Assim como foi necessário Jesus abrir a mente dos discípulos, assim é necessário que também a nossa mente seja aberta a fim de que compreendamos o que realmente aconteceu naquele dia de Páscoa. Só assim entenderemos que a cruz não foi um crime passional, mas tudo já havia sido premeditado por Deus. Isso não quer dizer que Deus queria ver o sofrimento de Cristo, mas era esta a forma de derrotar o Maligno e garantir a nossa salvação. A doação da vida de Jesus era algo que o Diabo não esperava e ali ele sofreu sua maior derrota.

Há pouco mais de quinze dias, lembrávamos do sofrimento que Cristo passou para que os nossos pecados fossem perdoados. Certamente, neste período, voltamos a pecar e a pedir perdão, como fizemos hoje no início deste culto. Isso nos mostra que como seres humanos continuaremos pecando e necessitando do perdão de Deus. É em momentos como estes que somos chamados a analisar nossa conduta como filhos e filhas de Deus. É sabido que Deus nos aceita como pecadores e pecadoras.  Contudo, não podemos abusar da misericórdia de Deus, pois o verdadeiro arrependimento vem acompanhado do desejo de não cometer o mesmo pecado. Tanto que Jesus já dizia: "Os teus pecados estão perdoados. Vá e não peques mais".

Se acreditarmos que Jesus morreu e ressuscitou para que nossos pecados fossem perdoados, precisamos anunciar isso a outras pessoas para que também elas tenham a oportunidade de se arrepender e obter o perdão de Deus. A busca da salvação não pode acontecer com o intuito de haver vencedores e perdedores. Importa que todos tenham chances de ser alcançados pela graça de Deus, pois na fé não há espaço para egoísmo e individualidade. A busca da salvação é feita de mãos dadas para que todos cheguemos juntos na reta final. É por isso que recebemos a missão de Jesus de anunciar o seu Evangelho a todas as nações. Esse anúncio começa quando aceitamos a mensagem da salvação em Cristo e, crendo nela, a anunciamos a outras pessoas.

A salvação pode ser comparada com uma estória que vem do continente africano. Ela diz que certa vez um antropólogo queria testar a resistência e a agilidade das crianças de uma tribo. Ele colocou uma cesta cheia de doces a cerca de quinhentos metros de distancia de um grupo de crianças e as desafiou dizendo que quem chegasse primeiro naquela cesta podia comer todos os doces. Para a surpresa do antropólogo as crianças correram de mãos dadas e chegaram todas juntas. Quando as indagou querendo saber do por que desta ação, uma das crianças respondeu: "Não ficaríamos felizes se uma só criança comesse os doces, mas ficamos felizes em poder partilhar entre todos nós".

Os discípulos de Jesus foram as primeiras testemunhas da ressurreição e também foram os primeiros a anunciar o Evangelho, começando por Jerusalém e indo a lugares mais distantes. Depois deles, muitos foram os que anunciaram a Palavra de Deus em diferentes regiões da terra. Certamente, você e eu estamos aqui porque alguém falou desse Deus maravilhoso para nós. Agora é a nossa vez de anunciar, de falar do grande amor que Deus tem por seus filhos e suas filhas. Não precisamos de grandes discursos, mas de pequenos testemunhos que fazem com que as pessoas percebam a presença de Deus em suas vidas. Por isso precisamos viver esta fé em comunidade, família e sociedade e assim, com pequenas ações, trazer sinais do Reino para o nosso cotidiano.

Talvez você se sinta pequeno ou pequena diante de tão grande desafio. No entanto, tenha a certeza de que muitas outras pessoas precisam do seu conhecimento, do seu testemunho e da sua ajuda para crescer na fé. Um exemplo vindo da América Central nos ajuda a perceber isso: Um Pastor, logo após o estudo bíblico, se surpreendeu quando uma pessoa disse que precisava ir imediatamente falar da Bíblia para seus irmãos, ao que o pastor questiona dizendo: "mas, você só conhece umas três palavras da Bíblia". Mas aquele senhor respondeu: "Pastor, você tem razão, mas meus irmãos não conhecem nenhuma".

Eu convido você para ajudar na missão de Deus a fim de construirmos, em conjunto, uma comunidade jovem, uma Igreja viva. Que Deus nos abençoe.

Amém.



P. Valdir R. Gromann
Maripá, PR, Brasil


E-Mail: vgromann@yahoo.com.br

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