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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

8º Domingo após Pentecostes, 22.07.2007

Predigt zu lukas 10:25 - 37, verfasst von Horst Reinhold Kuchenbecker

 

O VERDADEIRO BOM SAMARITANO

Que farei para ser salvo? Você já ouviu uma vez alguém te perguntar assim?

Em nosso mundo materialista a preocupação com a vida futura além túmulo quase não existe, mesmo que no íntimo da alma esta pergunta está sempre presente.

Em nosso evangelho, um intérprete da lei fez esta pergunta a Jesus, não tanto por estar preocupado com sua salvação, mas para por Jesus a prova. Mas a resposta de Jesus visa nos orientar no caminho para a eternidade e nos consolar. Vejamos.

Jesus estava em sua última e derradeira jornada para Jerusalém. Encontrava-se na divisa da Galiléia com o território dos samaritanos. Uma mistura de judeus com outros povos, muito idólatras e desprezados pelos judeus. Mas entre eles havia adoradores verdadeiros.

Ali Jesus se reencontrou com seus 70 discípulos, que voltaram de sua missão especial. Jesus agradeceu a seu Pai celestial por ter revelado a seus discípulos que ele, Jesus, era o Filho de Deus, o Messias prometido, o Salvador da humanidade. Ele disse a seus discípulos mais em particular: "Bem-aventurados os olhos que vêem as coisas que vos vedes. Pois eu vos afirmo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes, e não viram, e ouvir o que ouvis, e não o ouviram" (v. 23,24).

Dito isto, Jesus foi com seus discípulos para a casa, provavelmente de um fariseu, que o convidara para jantar. Na mesa, a conversa dos discípulos, sem dúvida, continuou girando em torno das últimas palavras de Jesus, que os considerou bem-aventurados. Isto deu o que pensar e falar aos demais convidados.

Terminado a janta, um interprete da lei, alguém que conhecia bem a Escritura, se levantou da mesa e perguntou a Jesus: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna?"

Ele fez a pergunta não porque estava procurando uma resposta, mas para provar a Jesus. Talvez a notícia de que Jesus chamara seus discípulos de bem-aventurados o tenha chocado. Quem é esse Jesus?

Sabemos que ele não cursou a escola dos fariseus, para um estudo mais aprofundado da lei, e queria assim surpreender Jesus em alguma heresia, a fim de condená-lo. Jesus respondeu, cordialmente, com uma contra pergunta: "Que está escrito na Lei? Como interpretas?"

Esta última pergunta: "Como interpretas" é importante. Isto mostraria se ele tem um verdadeiro conhecimento da lei de Deus, isto é, de que diante da lei de Deus todos nós somos culpados. Por este caminho ninguém será salva.

O interpreta da lei respondeu: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo". Jesus lhe disse: "Respondeste corretamente; faze isto, e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?"

A resposta de Jesus foi simples e clara: "Faze isto". Isto em relação à pergunta: "Que devo fazer para herdar a vida eterna", lhe diz: "Você conhece o caminho, mas ainda não estás nele. Tu sabes o que deves fazer, mas ainda não fizeste isto". Por isso a ênfase: "Faze isto e viverás".

Esta resposta de Jesus "Faze isto" cravou o espinho da lei fundo em sua consciência. O interprete da lei ficou perturbado, angustiado. Ele, que julgava estar no caminho da bem-aventurança e queria surpreender Jesus em alguma resposta, sente o espinho da lei cravado no coração e tenta justificar-se, isto é, achar uma saída, uma desculpa, por isso pergunta: "Quem é o meu próximo?" Como vou saber a quem eu devo amar e como?

Interessante que ele não mencionou a primeira tábua, amar a Deus. Isto talvez, porque neste parta mais subjetiva, ninguém o poderia acusar abertamente de faltas, mesmo que sua consciência o acusasse também neste respeito.

Jesus respondeu, contando a história do Bom Samaritano. (Alguns até presumem que esta história era conhecida na época. Nós diríamos, constava nos livros de leitura na escola).

O fato de Jesus colocar um samaritano como modelo de amor, naquele lugar e naquela situação, já era para os fariseus e escribas ofensivo, uma vez que eles se julgavam os filhos de Deus e detestavam os samaritanos.

No final da história Jesus perguntou ao interpreta da lei: "Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o interprete da lei: o que usou de misericórdia para com ele. Então lhe disse: Vai, e procede tu de igual modo" (v.36,37).

Interessante, aqui Jesus não acrescenta as palavras: "E viverás" como antes. Visto que ninguém se salvará pelo caminho da lei.

A história termina aqui. O que fez o interpreta da lei? Não sabemos. Será que ele compreendeu a lição? Mas a pergunta que se coloca para nós é: Será que nós compreendemos a lição? Vejamos.

Para onde Jesus queria levar o interpreta da lei? Ele queria levá-lo em primeiro lugar à compreensão mais profunda da lei de Deus, para que ele chagasse à compreensão de que pelo caminho da lei ninguém chega ao céu. Não é pelo emendar, corrigir um pouco a vida que alguém é aceito por Deus.

A lei é clara: quem não amar a Deus de todo o coração, alma e todas suas forças e ao próximo como a si mesmo, será condenado. A lei diz: "Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas escritas na lei" (Gl 3.10). Pelo caminho da lei, ninguém chega ao céu.

Jesus queria levar o interprete da lei a este conhecimento, para que a pergunta que ele fez inicialmente: "Que devo fazer para herdar a vida eterna", se tornasse sua verdadeira preocupação, para que Jesus pudesse então mostrar lhe o verdadeiro caminho da salvação, o qual seus discípulos haviam reconhecido em Cristo, o verdadeiro Bom Samaritano da humanidade, que reis e profetas queriam ver.

Toda a humanidade caiu na mão dos bandidos: pecado, morte e Satanás. Nossa vida é uma vida agonizante e ruma à morte corporal e eterna, se não formos socorridos e salvos por um bom Samaritano estamos perdidos. Este Bem Samaritano é Jesus.

1. Ele amou e ama indistintamente. Como o bom samaritano, vendo o infeliz deitado no seu sangue, que provavelmente era um judeu, portanto seu inimigo, não olhou pra o infeliz se merecia ou não: viu somente sua necessidade e o socorreu; assim o Bom Samaritano Jesus, viu a aflição da humanidade e em profunda e eterna compaixão a socorreu e veio salvá-la.

Ele se apiedou da humanidade quando ainda éramos seus inimigos (Rm 5.10). E nós, que desfrutamos deste seu amor, queremos amar o nosso próximo e os nossos inimigos também.

2. Ele amou com o sacrifício de sua vida. Assim como o bom samaritano arriscou sua própria vida ao parar ali, pois os salteadores poderiam estar ainda por perto, e não poupou esforços e sacrifícios: tomou dos seus bens vinho e azeite, sacrificou seu tempo; assim o Bom Samaritano Jesus não poupou esforços. Ele deu sua vida por nós na cruz, a fim de nós salvar. E seu sangue nos purifica de todos os pecados. "Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas fostes sarados" (1 Pe 2.24).

Sim, Jesus deu a sua vida em resgate a muitos (Mt 20.28). E os que desfrutam, pela fé, deste amor, não receiam sacrificarem-se pela proclamação do evangelho. Sim, não temem perder a própria vida, pela causa da fé (Mt 10.28; 2 Co 8.5).

3. Amou com perseverança. Tendo levado o ferido para a hospedaria não o entregou simplesmente dizendo: "Cuide vocês de vosso compatriota".

Não, ele amou com perseverança. Cuidou dele naquele dia. E ao seguir adiante pagou por mais dois dias e disse ao hospedeiro: "Se gastares mais alguma coisa eu to indenizarei quando voltar". Assim amou com perseverança.

O Bom Samaritano Jesus não preparou somente o início de nossa salvação, dizendo que nós temos que completá-la. Ele ama com perseverança. E nos perdoa abundante e diariamente todos os nossos pecados, e está conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20).

Sim, "Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo, não imputando aos homens as suas transgressões e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, deixai-vos reconciliar com Deus" (2Co 5.19,20).

"Bem-aventurados são os que vêem o que vós vedes". Bem-aventurado toda a pessoa que reconheceu pela lei a impossibilidade de salvar-se a si mesmo. Que reconheceu pelo evangelho seu Salvador Jesus e confia nele. Pois o Bom Samaritano, Jesus Cristo, cumpriu a lei em nosso lugar, pagou por nossos pecados, venceu nossos inimigos e nos conquistou o perdão, vida e a eterna salvação.

A pessoa que confia e se consola com a graça de Cristo, amará o seu próximo e não receia sacrifícios em prol do evangelho. Tudo isto ainda em fraquezas, mas procura crescer na fé e no amor. Amém.    

 



Horst Reinhold Kuchenbecker
São Leopoldo, RS ? Brasil
E-Mail: 8º Domingo após Pentecostes

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