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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

11° Domingo após Pentecostes, 12.08.2007

Predigt zu Lucas 12:13 - 21, verfasst von Ricardo B. Voss

Göttinger Predigten im Internet
hg. von U. Nembach, J. Neukirch, C. Dinkel, I. Karle

O DESAFIO DO CRISTÃO

É o direito autoral de Deus que nos é apresentado no texto de Lc 12. 13-21.  O diabo, o mundo e nossa carne não fizeram nada por nós, apenas contra nós.  Não podem ter direitos sobre nós.  Deus, sim, Ele tem direito autoral sobre nós.  Ele nos criou, nos mantém, nos salvou e continua nos iluminando com o Espírito  Santo.  Somos o seu povo. Seu rebanho.  Como ele nos criou e tem diretos sobre nós, é justo que ele espere que todos nós lhe sirvamos com louvor e agradecimento.

Não há possibilidade de verdadeira e autêntica alegria para pessoas que estão afastadas e descompromissadas com Deus. Tudo vem dele.  Ele é a razão de todas as cosas.  Eis o convite universal: "Cantem a Deus todos os moradores da terá" (Sl 100.1).

As coisas materiais e a sabedoria humana sempre representaram um grande perigo para a fé cristã.  Sobretudo, nestes tempos modernos da globalização que vem aumentando a competição no mercado de trabalho e enfatizando um espírito predatório de sobrevivência e extremamente materialista, e especialmente trazendo, no aspecto cultural, grande confusão religiosa.

Assim, torna-se muito oportuna a ênfase das leituras de hoje.  Deus recomenda os cuidados que seu filho precisa tomar para não cair na ilusão da propaganda enganosa que, sempre de novo, vem bombardeando nossa mente.

1) Um tipo de propaganda enganosa diz que o sucesso do trabalho está no resultado das coisas materiais alcançadas e no serviço ao próximo.  Mas o Pregador, no livro de Eclesiastes, alerta contra essa maneira egoísta de ver o trabalho.

E ele diz por que: a) Provoca estresse (Ec 2.18); b) tira o amor à família, provocando ganância e desunião (Ec 2.21); c) traz preocupação, sofrimento e insônia (Ec 2.23); d) tira o prazer e a alegria da vida; (Ec 2.25); e) não é abençoado por Deus (Ec 2.26).

2) O evangelho diz que Jesus alerta um homem cobiçoso que sofria profundamente pelo seu trabalho, carregando todos os sintomas dessa doença da vaidade descrita em Eclesiastes.

Quais sejam: a) Sua avareza trouxe desunião na família - Lc 12.13; b) confundiu as prioridades da missão messiânica de Jesus - Lc 12.14; c) na parábola, percebemos que a avareza traz insensatez (falta de juízo) em quatro coisas:

1) Faz esquecer o doador - meus frutos, meus bens - v.18; 2); reserva de maneira egoísta tudo para si - v.19; 3); faz pensar que as coisas materiais podem satisfazer a alma - v.19; 4) faz esquecer a morte que é possível todo dia - v.20.

3) Outro tipo de propaganda enganosa diz que não existem limites para experimentar os prazeres da vida.

Curtir a vida! Esse é o pensamento da moda. "Os preconceitos da moralidade são coisa do passado", dizem os mestres modernos.  Um tempo novo, uma "Nova Era" vai acabar com os princípios severos do cristianismo".  Mas a nova Era não é nova!

Suas heresias são antigas e já tentavam acabar com o cristianismo e seus princípios éticos e morais, no tempo da igreja primitiva.

A epístola de Paulo aos Colossenses foi escrita para alertar os cristãos contra esses tipos de pensamentos do prazer, conforme sugeriam as heresias da época.

Entre outras coisas diziam: negavam a divindade de Cristo; negavam o pecado, por isso o praticavam sem temor; comportavam-se como pessoas sem Deus.

Porém, para nós cristãos, o que vale é isto: 1) o verdadeiro prazer da vida humana fundamenta-se no Cristo ressuscitado - Cl 3.14; 2) união com Cristo desfaz as ilusões da vida e todos os antigos vícios - Cl 3.5-9; 3) com o pleno conhecimento do Cristo ressuscitado, surge uma nova vida que liberta do egoísmo, servindo a todos com amor sem preconceitos, pois "Cristo é tudo em todos" - Cl 3.11.

Acordado e esperto para as propagandas que enganam, como cristãos, podemos e vamos seguir a orientação do salmista:

a) Não só servindo a Deus, mas servindo com prazer e alegria - v.2; b) vivendo como fiel e responsável administrador dos bens que Deus entregou em nossas mãos - v.3; c) cantando louvores em todo tempo - v.4; d) sabendo que esse serviço e essa alegria não são vaidade e ilusão, ou coisas passageiras, mas coisa que dura para sempre - v.4; e) sabendo que o Deus fiel está sempre conosco.  É ele quem nos pastoreia. Isto é, cuida, ampara protege a cada um de nós.

Sempre vamos encontrar afinidades entre nós e aquilo que fazemos.  Assim acontece com o pintor e seu quadro.  Um escultor e sua estátua.  Um arquiteto e sua obra.  Um poeta e sua poesia.

Ninguém pode mudar, mexer ou fazer uso indevido dessas obras, pois elas têm um autor e uma finalidade que precisam ser respeitados.

Assim acontece com as coisas criadas por Deus - as pessoas e materiais - as quais fazem parte da nossa vida.  Pertencem a Deus.  Pois foi ele quem nos criou e é ele quem os concede, abençoando o trabalho de nossas mãos.

No entanto, não podemos perder de vista que, apesar de possuirmos muitos bens, estes continuam propriedades de Deus, têm uma finalidade definida por Deus: devem levar a Deus.

As coisas materiais procedem de Deus. E devem levar a Deus.  Que Deus Espírito Santo assim nos conceda compreender e viver, pela fé em Cristo Jesus, o Salvador.  Amém.

 

 

 



Rev. Ricardo B. Voss
Baixo Guandu, ES ? Brasil
E-Mail: pelpazbg@yahoo.com.br

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