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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Domingo de Páscoa, 31.03.2013

Predigt zu Lucas 24:1-12, verfasst von Altemir Labes

 

 

"Quem não tem a Sexta Feira Santa e o dia de Páscoa, não tem um dia bom no ano! Isso quer dizer: Quem não crê que Cristo sofreu e ressuscitou por ele, está acabado"  (Martin Lutero, prédica de Páscoa - 1530)


Prezada comunidade"

Maria Madalena, Joana e Maria vestem-se de muita coragem e vão ao túmulo perfumar o corpo de Jesus. A pedra já não as impedia de entrar no lugar onde haviam deixado o corpo do seu Senhor, mas Ele não estava mais lá. O medo toma conta delas quando os dois homens vestidos com roupas muito brilhantes aparecem para dizer o que aconteceu. O medo é parecido com aquele mesmo medo que tomou conta de Pedro e fez com que ele negasse Jesus. Parecido com o medo que muitas vezes toma conta da vida da gente e nos faz duvidar daquilo que é verdade.

Aquelas três mulheres, Pedro, os discípulos e as demais pessoas enlutadas pela perda do mestre esqueceram a mensagem de Jesus, esqueceram a promessa da ressurreição. Agora teriam que confrontar-se com o verdadeiro significado da cruz e perceber a profunda conseqüência daquele túmulo vazio. Talvez as mulheres quisessem mesmo encontrar Jesus morto, pois iriam lá perfumar o seu corpo e depois voltariam para sua vida normal. Assim tudo seria muito mais fácil e não teriam a necessidade de mudar sua forma de encarar a vida. Pois a rotina daria conta de sufocar a dor da perda e o tempo se encarregaria de aceitar a morte, como estamos acostumados. Porém, o susto foi tão grande que saíram com muito medo, se ajoelharam e encostaram o rosto no chão.

As mulheres assustadas e apavoradas tiveram, durante toda sua vida, um forte compromisso com Jesus. Foram companheiras nas caminhadas pela Galiléia. O momento diante do túmulo provavelmente trouxe essas lembranças. Agora elas estavam ali, sem o corpo do seu mestre para poder lhe prestar o último serviço: perfumá-lo e prepará-lo para o sono eterno. O medo, quem não ficaria com medo diante desse fato? O que se passou em seus corações? Entre dúvidas e pavor procuravam compreender o que acontecia. Os anjos tiveram que lembrá-las daquilo que Jesus havia falado, agora teriam a tarefa de contar aos discípulos.

A reação dos discípulos foi de incredulidade e cegueira diante do fato espantoso que compartilharam. Porém, Pedro correu até o túmulo. Acreditou nas mulheres? O que esperava encontrar? Queria ter a certeza de que as mulheres estavam delirando? Ou será ainda que fosse para encontrar alguma pista do corpo roubado?

Pedro foi e conferiu. Vendo que não havia mais corpo lá, voltou e o informou "admirado" aos demais.

Assim também aconteceu com as outras pessoas que eram seguidoras de Jesus. Depois da sua morte na cruz, viviam entre a certeza e a dúvida. Em algum momento na vida dessas pessoas a dúvida virou certeza: no ato diaconal de partilhar o pão no jantar de Emaús, ao tocar as mãos com as marcas dos pregos, ou simplesmente ao ouvir o testemunho das pessoas. A fé provocou uma mudança na rotina dessas pessoas: Pedro e André não iriam mais para o mar pescar os seus peixes, mas seriam pescadores de gente. Mateus já não poderia mais cobrar os seus impostos. Esses novos rumos que foram assumindo, cheios de responsabilidade e compromisso, serviram para orientar muitas pessoas. A sequência da narrativa do Evangelista Lucas se baseia no relato dessa gente. A tradição oral nos dá conta de como houve incerteza e medo, mas também muita coragem e resistência.

"Ele não está aqui, mas foi ressuscitado. Ele vive"! É disso que depende a nossa vida e é isso que deve mover o nosso agir.

Hoje nós vivemos e alimentamos nossa fé com essa história. Somos uma grande família cristã, podemos viver a fé com mais empenho e compromisso. Pois o medo foi superado. A certeza de que a vida venceu a morte é força transformadora. O túmulo está vazio. Ele não está mais lá. Por isso, não podemos calar frente aos desafios da vida, não podemos nos omitir frente aos desmandos e as incertezas. Na Páscoa podemos deixar os nossos medos de lado. Na Páscoa Jesus antecede na vida, vai à nossa frente. A fé nos faz acreditar e nos empurra à ação. Na Páscoa também nós somos confrontados com a promessa de ressurreição, convidados a "ir e dizer", como o anjo orientou as mulheres diante do vazio do túmulo. Na Páscoa podemos repartir o amor que Jesus nos oferece.

Amém.




Pastor Sinodal Altemir Labes
Estância Velha, RS, Brasil
E-Mail: labesmaier@yahoo.com.br

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