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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Sexta-feira da Paixão, 29.03.2013

Predigt zu Lucas 23:33-49, verfasst von Marceli Fritz Winkel

 

Prezada comunidade!

Como todos os anos, mais uma vez chegamos no dia de recordarmos o que aconteceu naquela sexta-feira na qual nosso Senhor Jesus Cristo se entregou para morrer pelos nossos pecados. O acontecimento da Sexta-feira Santa é o centro da fé cristã, tanto que a cruz de Cristo se tornou o símbolo mais importante do cristianismo. 

Hoje queremos refletir sobre o texto de Lc 23, 33-49. Assim como os relatos dos outros três evangelhos, assim também o de Lucas fala dos insultos que Jesus sofreu na cruz: a divisão das roupas de Jesus, a zombaria dos judeus e dos soldados e o letreiro sobre a sua cabeça, dizendo ser ele o rei dos judeus. Lucas, no entanto, traz um episódio mais minucioso com os dois criminosos que foram crucificados juntamente com Jesus. Nos outros Evangelhos apenas lemos que os dois o insultavam. No nosso texto, porém, temos um criminoso que insulta Jesus e outro que se arrepende. E por este relato ser único, gostaria de dar um enfoque especial para ele na pregação de hoje.

Jesus sabia durante todo o seu ministério que um dia se cumpriria o tempo e que ele deveria sofrer até a morte. O que Jesus não sabia, é que seria tão difícil assim. Se antes Jesus era admirado, procurado e glorificado entre as multidões, agora ele seria abandonado pelos próprios discípulos, seus melhores amigos, condenado, zombado e desrespeitado pelo povo. Diante de todo este sofrimento, o sangue escorrendo, sentindo fome, sede, dor, Jesus aceita tudo isto. Ele olha para os seus agressores e ora por eles, pedindo que Deus não os condene.

Todos observam os gestos de Jesus, inclusive os criminosos. Mateus escreve que os dois criminosos o insultam. Não sabemos quais foram os crimes cometidos por eles. Talvez até mesmo fizessem parte do grupo de bandoleiros encabeçado por Barrabás, que havia assaltado e cometido homicídios.

Max Lucado, em seu livro “Seis horas de uma sexta-feira, coloca o seguinte pensamento para um dos criminosos: “Zombam dele como se fosse um Rei. Se fosse um louco, eles o ignorariam. Se não tivesse seguidores, eles o afastariam. Se não fosse nada a temer, eles não o matariam. Mata-se um rei somente se ele tiver um reino.”

Quando o criminoso da outra cruz insulta Jesus, dizendo que deve salvar a si mesmo e também a eles, este o defende. Pressupõe-se que o criminoso arrependido já conhecia o caso de Jesus. E agora, observando como Jesus reagia, como ele sofria calado e até mesmo orava pelos zombadores, ele percebera que as reivindicações messiânicas de Jesus eram verdadeiras.

É estranho observar que num momento tão difícil, ninguém dos seguidores de Jesus estivesse lá para defendê-lo. Chega ao ponto de que seu único defensor era um criminoso! O criminoso, arrependido, percebeu que Jesus não merecia estar passando por aquele sofrimento, pois não era como eles, que cometeram injustiças. Este criminoso tem a mais nobre das atitudes. Ele fala em nome de Deus e defende a quem está sendo injustiçado. Era um último gesto de amor que Jesus recebeu enquanto vivo!

E o criminoso pede que Jesus se lembre dele quando entrar em seu Reino. Neste momento acontece o maior milagre da cruz: Jesus concede o perdão e promete que estariam juntos no paraíso. O criminoso recebe muito mais do que esperava. A palavra “hoje”, que neste caso foi usada por questão de ênfase, tem um sentido muito importante, e perfuma a atmosfera do sentimento de esperança. É importante explicarmos que o fato de Jesus dizer “hoje”, não significa que haja separação de corpo e alma e que somente esta vai ao paraíso. Jesus promete ressurreição. Podemos entender a morte como um sono profundo. Ao acordar deste sono, Jesus terá voltado e iremos juntos para o paraíso, ou seja, o reino de Deus. A pessoa que morre, não sente o tempo passar e para ela, o próximo segundo de vida já será na eternidade, mesmo que tenham passado milhares de anos. Os textos de Paulo em 1 Tessalonicenses 4 e 1 Coríntios 15 nos dão mais detalhes acerca da ressurreição dos mortos.

O texto segue relatando sobre o momento da morte de Jesus. Diz que houve trevas na terra e o véu do santuário se rompeu. Diante dos acontecimentos sobrenaturais até mesmo o centurião glorifica a Deus e crê em Jesus.

E a multidão que chegara ali só por curiosidade, presencia estes acontecimentos sobrenaturais e sai dali percebendo o crime do qual acabaram de ser participantes. Lucas é o único evangelista que descreve com mais detalhes esta percepção da multidão. Ela fica assustada e sai do monte em atitude inteiramente diferente daquela com que haviam chegado. Isso, no entanto, não significa que houvesse arrependimento duradouro. Provavelmente neste momento, a multidão relembrava o bem que Jesus fizera, os milagres que ele operara, as palavras grandiosas que proferira. Agora expressavam uma tristeza que infelizmente surgira tarde demais. É provável que essa reação tenha ajudado a Pedro no seu notável sucesso no dia de Pentecostes, quando cerca de três mil pessoas foram acrescentadas ao grupo de remidos.

Qual seria a melhor atualização para este evento doloroso, em que Deus teve que ver calado seu próprio filho sofrer injustamente? Percebemos que no relato do arrependimento do criminoso, houve graça em meio ao maior sacrifício que já aconteceu. Assim como aquele criminoso foi salvo nos últimos minutos de vida, graças ao seu arrependimento e à sua fé em Jesus, cada um de nós deve reconhecer a santidade e o sacrifício de Jesus. Cumpre-nos relembrar sua morte na cruz e fazer com que isso se reflita em mais transformação para dentro de nossas vidas.

Que esta Sexta-feira Santa não seja vista por você como um dia qualquer. Pare, reflita, leia os relatos da condenação, crucificação e morte de Cristo mais uma vez. Encontre neles pérolas importantes para o seu dia-a-dia. Jesus Cristo sofreu e morreu por você e por mim. Ele espera a nossa fé e o comprometimento. Que a dor que surge com estas lembranças difíceis sejam seguidas da alegria e da luz que chegará com a lembrança da ressurreição neste domingo de Páscoa! Que o Senhor nos abençoe.

 Amém.



Pastor Marceli Fritz Winkel
Presidente Getúlio
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