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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

10º Domingo após Pentecostes, 28.07.2013

Predigt zu Lucas 11:1-13, verfasst von Sandra Helena Fanzlau

 

 

Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês.

                     Ensine-nos a orar. É o pedido de uma das pessoas que acompanha Jesus. O pedido vem a partir do exemplo; pois Jesus estava orando. A oração era prática constante na vida de Jesus. Primeira grande lição do Evangelho: o exemplo. Um dos compromissos assumidos no batismo por pais, mães, padrinhos e madrinhas é o exemplo da oração. Crianças aprendem pelo exemplo e reproduzem as ações das pessoas nas quais confiam. Não é por acaso que o discípulo pediu para Jesus ensiná-los a orar, pois a vida de oração de Jesus é o exemplo a ser seguido. Jesus conhecia bem o poder do exemplo e que este tem mais poder do que o discurso.

Jesus ao ensinar a oração do Pai Nosso, traz a dimensão teológica da proximidade. Abba, palavra que significa pai, traz Deus para perto do ser humano. Assim como filhos e filhas podem se dirigir a seus pais e suas mães para compartilhar tristezas, alegrias, sucessos e fracassos, podemos nos dirigir a Deus. Na expressão Abba, Lucas pensa na nossa relação pessoal com Deus, que se coloca ao nosso lado e caminha conosco. Uma relação pessoal, sem perder a dimensão comunitária. Pois, afirmamos que Deus olha com misericórdia e bondade para todas as pessoas, não somente para mim.

Orar é conversar com Deus. Simplesmente assim. Mas é uma conversa comprometida que nos leva à ação (ora-ação). Oração não é passiva. Não se trata de elaborar nossos pedidos e esperar pela ação de Deus. Não! Oração nos impulsiona a ir ao encontro das pessoas que sofrem. Oração nos motiva a construir a paz, pela qual tantas vezes clamamos. Oração nos leva a colocar sinais do Reino de Deus entre nós.

Como oramos? Quando oramos? O que pedimos? Pelo que agradecemos? Percebe-se que há pessoas que oram muito; há pessoas que têm dificuldades de orar; há aquelas que nunca oram e as que desistiram de orar, talvez por acharem que suas orações não sejam atendidas.

Como oramos? Somos humildes para reconhecer que somos pessoas pecadoras e carecemos da graça Deus? Somos misericordiosos para pedir por saúde, paz e proteção para os de perto e de longe? Ou, só conseguimos colocar diante de Deus os nossos interesses e as nossas necessidades?

Quando oramos? A prática, o exemplo de Jesus nos ensina que a oração é prática diária. A oração não é um "quebra-galho" para os momentos de angústia e desespero.

A oração vem acompanhada da confiança. Confiamos que Deus nos ouve assim como ouviu o clamor do povo de Israel (Ex 2.24). Ouvir, no entanto, não significa que Deus atenderá todos os nossos pedidos. Evidentemente não é a simples persistência humana que muda a vontade de Deus. A persistência nos ajuda a confiar. E como sabem pais e mães sensatos, não é bom para os filhos e as filhas que todos os seus pedidos sejam atendidos imediatamente, com pouca ou nenhuma demonstração do real interesse e empenho por parte deles. Como filhos e filhas podemos nos achegar sem medo de sermos rejeitados e rejeitadas, o que não quer dizer que todos os nossos "caprichos" serão atendidos como pensamos.

É preciso sempre submeter o nosso pedido e nosso desejo à vontade de Deus. É preciso sempre de novo orar, como Jesus no Calvário orou: "Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim, a tua" (Lucas 22.42). Jesus também nos ensina isso na terceira prece da oração do Pai Nosso pelas palavras: "Seja feita a tua vontade, assim na terra como (é) no céu" (Mateus 6.10b).

Deus sempre ouve e responde às nossas orações, mas às vezes o faz de modo diferente do que nós o esperávamos. Às vezes Deus responde com um "sim", às vezes Ele dirá "talvez, ainda não, tenha paciência" e outras vezes ele também poderá nos dizer um "não". De forma especial quando formos egoístas em nossos pedidos, quando o que pedimos trará mais mal do que bem sobre nós ou sobre os outros, ou quando não respeitamos a sua vontade.

Precisamos estar certos de que "Deus nem sempre atende nossos desejos, mas ele cumpre com todas as suas promessas" (D. Bonhoeffer). A sua vontade se cumpre independente da nossa!

Portanto, é preciso orar incessantemente, confiar na bondade e misericórdia de Deus, e lembre-se tão ou mais importa do que pedir é agradecer. O agradecimento só é possível mediante a fé. Pois, nos faz reconhecer de que tudo o que temos vem de Deus. Finalizo com uma ilustração:

A pastora foi chamada para visitar uma senhora muito doente. Ao entrar no quarto, encontra a mulher na cama muito debilitada. Ao lado da cama havia uma cadeira, fato que levou a pastora a pensar que a sua visita estava sendo aguardada.

- Suponho que estava me esperando? - disse a pastora. - Não, quem é você? - respondeu a mulher enferma. - Sou a pastora que a sua filha chamou para orar por você; quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que você soubesse que eu viria visitá-la. - Ah sim, a cadeira! Entre e feche a porta.

Então a mulher enferma lhe disse: - Nunca contei para ninguém, mas passei toda a minha vida sem ter aprendido orar. Não sabia direito como se deve orar. E nunca dei muita importância para a oração. Pensava que Deus estava muito distante de mim. Assim sendo, há muito tempo abandonei por completo a ideia de falar com Deus. Até que uma amiga me disse: "Orar é muito simples. Orar é conversar com Deus, e isto eu sugiro que você nunca deixe de fazer... você se senta numa cadeira e... coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em seguida, com muita fé, você imagina que Deus está sentado ali, bem diante de você. Afinal Ele mesmo disse: - "Eu estarei sempre com vocês." Portanto, você pode falar com Ele e vai escutá-la, da mesma maneira como está fazendo comigo agora".

Pois assim eu procedi e me adaptei à ideia. Desde então, tenho conversado com Deus muitas horas por dia. Tenho sempre muito cuidado para que a minha filha não me veja... Pois me internaria num hospício imediatamente.

Dois dias mais tarde, a filha comunicou à pastora que sua mãe havia falecido. E contou também que aparentemente, antes de morrer, chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e encostou a cabeça nela. Foi assim que eu a encontrei. A pastora simplesmente constatou: - Ela partiu nos braços do seu melhor amigo.

Que o santo espírito de Deus nos anime, nos inspire e nos dirija sempre para perto de Deus, que cuida e ouve qual uma mãe carinhosa e um pai bondoso. Amém.

 

Oração:

Eu pedi a Deus por força

Mas ele me fez fraco para que eu aprendesse humildade e discrição.

Eu pedi por sua ajuda para realizar grandes obras.

Mas ele me fez pequeno para que eu realize boas obras.

Eu pedi por riqueza para ser feliz

Ele me fez pobre para que eu fosse sábio.

Eu pedi por todas as coisas para poder gozar a vida

Ele me deu a vida para que eu pudesse gozar todas as coisas.

Nada consegui do que pedi, mas tudo o que era bom pra mim,

Contra mim, todas as minhas orações foram atendidas.

Entre todas as pessoas, sou uma pessoa abençoada.

 



Pa. Sandra Helena Fanzlau
Marechal Cândido Rondon, PR
E-Mail: sandrafa@luteranos.com.br

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