Göttinger Predigten

Choose your language:
deutsch English español
português dansk

Startseite

Aktuelle Predigten

Archiv

Besondere Gelegenheiten

Suche

Links

Konzeption

Unsere Autoren weltweit

Kontakt
ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

14º Domingo após Pentecostes 2013, 25.08.2013

Predigt zu Lucas 13:10-17, verfasst von Rosane H. W. Hartwig


Endireitando a vida.


Prezada comunidade!

De Vez em quando meu marido está endireitando as rodinhas dos caminhõezinhos do nosso filho Tobias. O Tobias confia seus pequenos tesouros ao pai para que ele os concerte e os endireite. Depois de pronto, ele fica radiante com o brinquedo funcionando do jeitinho que ele quer. Mas, e quando não são pequenos brinquedos que precisam de reparos? E quando nossas vidas precisam de cuidados? Vejamos o texto para a prédica de hoje um pouco mais de perto. Destaco alguns aspectos que me parecem importantes.

1. A situação: Este relato do médico Lucas é um dos mais comoventes do ministério de Jesus. Esta mulher andava encurvada e não conseguia endireitar-se. Experimente andar assim por 5 minutos, e descobrirás o que ficava no campo de visão desta senhora sofrida.
Onde ela vivia?
Não vivia num hotel de luxo, vendo diariamente um piso brilhando e espelhando sua imagem. Não vivia num lugar onde tudo brilha.
Ela vivia num lugarejo da Palestina pelo qual pessoas e animais circulavam todos os dias. Não havia saneamento básico, nem rede de esgoto, nem água encanada.
Então podemos imaginar qual era seu campo de visão diário: via seus próprios pés e a sujeira espalhada, o lixo deixado por todos os lados.
Era essa a situação da mulher: coluna torta, encurvada, e pior, não tinha como endireitar-se. Não conseguia mudar sua própria situação.
Estava presa àquela doença. Precisava de socorro que viesse de fora.
Além de tudo: era mulher. Numa sociedade patriarcal isso significava inferioridade.
Estamos nós encurvados? Sim, o pecado nos deixa assim.
De toda a humanidade a Bíblia diz que: "todos pecaram e carecem da glória de Deus" Rm 3.23.

2. O tempo do cativeiro: 18 anos. Quase 2 décadas. Muitas coisas acontecem em duas décadas. Crianças nascem, crescem chegam à juventude. Por todo este tempo, ela, estava encurvada, olhando para o chão. Se Lucas tivesse dito: "muito tempo" talvez nós fôssemos pensar em alguns dias. Mas, ele nos dá o prazo preciso: 18 anos.
Com o destaque dos anos descobrimos que para Jesus não importa quanto tempo tu estejas sofrendo: se um dia, um mês, um ano ou 20 anos - Jesus pode te livrar. Ele quer endireitar nossa vida - desde há muito tempo.
Pois, desde Adão a humanidade quer ser igual a Deus (Gn 3).
Por isso, a imagem desta mulher retrata a condição da humanidade que de forma alguma pode endireitar-se.
Estamos impedidos de enxergar o amplo e gracioso horizonte do nosso Deus e vivemos confinados ao pequeno e poluído chão, pelo qual andamos. Todos estamos encurvados pelo pecado, presos em nossa mesmice e carentes de um olhar amigo e salvador.

3. Jesus entra em cena: Ele vê, chama e toca.

O que aquela mulher não fez: Ela não pediu nada; ela não acenou; ela não gritou; ela não chorou para comover Jesus. Ela não fez nada a não ser entrar naquele lugar em que Jesus estava.
Quem agiu foi Jesus, que tomou a iniciativa foi Jesus. Jesus viu a mulher. Graças a Deus.
O Pai celeste é misericordioso. Por mais público que tivesse naquela Sinagoga, a mulher com todo o seu sofrimento não passa despercebida para Jesus. Não era "mais uma" naquele local. Para Jesus ela não era uma pessoa inferior. Nem um rosto anônimo. Por isso, Jesus a chama para dentro do recinto (v.12). Isso significa que Ele abriu a porta que ela precisava.
Jesus é a graça salvadora de Deus. Jesus diz àquela mulher uma palavra maravilhosamente boa e libertadora: "mulher você está curada!" e pôs as mãos sobre ela. V. 12.
Ninguém poderá nos privar do amor de Deus manifesto em Jesus. Jesus nos vê, nos conhece, Ele sabe tudo a nosso respeito: nosso andar, deitar, levantar, agir e sentir.
E para nós Jesus diz: "vinde a mim todos os que estão cansados". Mateus 11.28
Como um vaso rachado que recebe cola, como um carrinho de criança concertado, aquela mulher recebeu a cola do amor.

4. Um novo horizonte.

"Ela logo endireitou-se e começou a louvar a Deus!"v. 13
Quem não viveu encurvado por 18 anos não conseguirá entender o que ela sentiu, quando se endireitou.
O que ela passou a ver?
O que ela via antes nós já sabemos: o chão.
E, agora? Ela viu a face de Jesus, o rosto das pessoas, e o seu próprio rosto no espelho.
O horizonte da graça divina resplandece na face e no gesto de Jesus para com ela.
Tão ricamente presenteada, ela não se contém.
Seu coração transborda e ela passa a louvar.
Ela passou a ver o mundo de forma diferente, a ter sonhos novos.
Teve renovada a fé, a esperança e o amor.
Só quem reconhece sua natureza encurvada e vislumbra o Deus que endireita vidas pode louvar e dar glórias a ELE.
Jesus, ao ressurgir do túmulo, venceu os poderes das trevas, do pecado e nos endireitou livrando-nos e dando nova vida.

5. O perigo da religiosidade.

Se de um lado a mulher louvava, de outro, o chefe da sinagoga, estava irritado, indignado, bravo. Por quê? Porque Jesus curou aquela mulher - num sábado. Os homens religiosos preocupados em não quebrar a lei, e que ainda não perceberam a verdadeira razão do amor e da confiança querem limitar a cura dentro de um período de tempo. Felizmente, Deus não é assim - e a mulher é curada.
Sábado é o descanso para os judeus, mas Jesus é o nosso descanso. Ele é maior que o sábado (Mc 2.27-28; Lc 6.5).
Deus não se deixa prender por estruturas e convenções. A reação de Jesus mostrou o lugar que a lei tinha no coração dos fariseus - eles admitiam cuidar dos animais nos sábados, mas não admitiam restaurar a integridade da vida de alguém criado a imagem de Deus.
Agostinho disse: "ama e faze o que quiseres".

6. Dois tipos de prisioneiros:

A mulher estava presa à sua situação, encurvada pela doença.
O chefe da sinagoga encurvado pela lei.
A mulher aceitou a libertação e louvou a Deus.
Os inimigos de Jesus ouviram a repreensão de Jesus e se envergonharam. Se envergonhar ainda não é ser livre. Ser livre é admitir aceitar.
A liberdade da alma e na alma que Jesus dá - esta nunca será perdida.
Jesus perdoa pecados. Jesus nos liberta da dor e do tormento.
Jesus viu a mulher - Ele vê você;
Jesus chamou a mulher - Ele chama você;
Jesus tocou a mulher - ele quer abençoar você!
O Filho de Deus nos chama para junto de si. Ninguém está longe demais, e cerca alguma impedirá que nos acheguemos a Ele.
E quem o fizer experimentará nesse horizonte graça super abundante (Rm 5.20) e louvará ao Pai pleno de bondade e amor. Pois, É Ele, quem, graciosamente, "endireita nossa vida".

 

Que juntos com Davi possamos enaltecer a bondade do Senhor:
"Que eu louve ao Santo Deus com todas as minhas forças!
Que todo o meu ser louve o Senhor, que eu não esqueça nenhuma das suas bênçãos!
O Senhor perdoa todos os meus pecados e cura todas as minhas doenças;
Ele me salva da morte e me abençoa com amor e bondade". (Sl 103. 1- 4 - NTLH).

Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nós. Amém.

 



Pa. Rosane H. W. Hartwig
Agrolândia, SC, Brasil
E-Mail: rosanehartwig@gmail.com

(zurück zum Seitenanfang)