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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

15º Domingo após Pentecostes, 09.09.2007

Predigt zu Lucas 14:1-11, verfasst von Horst R. Kuchenbecker

FÉ VERSUS LEGALISMO E ORGULHO

O olho é um órgão muito sensível do corpo humano. Qualquer poeirazinha que entrar, o olho se fecha. E se não for retirado logo, o olho pode inflamar. E se não for tratado, podemos perder a vista.  

Assim é a fé cristã. Ela é muito sensível. Quando um cristão for leviano com respeito ao pecado e este se instalar no coração, isto dói para a fé. A fé não suporta conviver com o pecado. Se a pessoa não afastar o pecado do seu coração, por sincero arrependimento, e o pecado vir a dominá-lo, a fé morre. Fé e pecado não podem residir pacificamente no mesmo coração. No presente evangelho, Jesus nos mostra dois pecados que a fé não suporta: legalismo e orgulho.

I - Legalismo. Um dos principais fariseus convidou Jesus num sábado para uma refeição, provavelmente um almoço. Jesus aceitou o convite, pois isso lhe daria ocasião para ensinar e buscar ovelhas perdidas da casa de Israel.

Muitos outros fariseus foram convidados para esta refeição. O objetivo era colocar Jesus a prova. Para tanto colocaram na porta de entrada um homem doente, hidrópico, isto é, com pés, ventre e braços muito inchados. Queriam ver se Jesus o curasse no sábado.      

Jesus, conhecendo a intenção dos fariseus, ao passar pelo homem doente, perguntou aos fariseus, mestres da lei: "É permitido curar num sábado?" A lei do sábado proibia aos judeus qualquer trabalho, mas obras necessárias da caridade eram permitidas. Os fariseus preferiram não responder. Que hipocrisia.    

Jesus tomou o homem pelo braço, curou-o e o mandou para casa. Então Jesus justificou sua ação e reprovou a hipocrisia dos fariseus, fazendo-lhes uma pergunta: "Se um de vocês tiver um filho ou um boi, e este cair num poço no dia de sábado, não irá tirá-lo imediatamente? E eles nada puderam responder" (NVI), pois todos sabiam que obras de caridade eram permitidas.

Confirmou-se a verdade: "Ele apanha os sábios na sua própria astúcia" (Jó 5.13). Zelavam e orgulhavam-se de serem cumpridores da lei e não sabiam que o verdadeiro cumprimento da lei é o amor, a Deus ao próximo. Em tais corações legalistas e orgulhosos a planta da fé não poderia crescer. Por isso eles eram inimigos de Cristo.

Este pecado, no entanto, graça ainda hoje na igreja cristã, e ninguém de nós está livre dele. Cumpre-nos vigiar.    

Adventistas insistem que é preciso guardar o sábado e proíbem nele qualquer trabalho e não se envergonham de ensinarem esta doutrina falsa. Outros julgam que o domingo substitui o sábado, e condenam toda a pessoa que trabalha no domingo. O domingo, no entanto, não substitui o sábado. Ele foi escolhido pelos cristãos; e cada comunidade pode escolher seus melhores dias e horários para o culto.    

Outros encaram o culto de forma legalista e dizem: Não posso faltar, nem mesmo se um familiar doente me pedir: Fique comigo e me ajude. A resposta é: Hoje é domingo, e eu preciso ir ao culto.    

Outros usam a liberdade cristã erradamente. Esquecem o Terceiro Mandamento: "Santificarás o dia do descanso", e aproveitam o domingo para o lazer, em lugar de aproveitá-lo para culto, para ouvirem e meditarem na palavra de Deus e louvarem a Deus na congregação dos santos; para crescerem na fé e usarem o domingo para obras de caridade, para visitarem doentes e viúvas e levar-lhes uma palavra de consolo.     

Numa estatística, feita recentemente, em algumas de nossas comunidades sobre a pergunta: "Somos salvos unicamente pela graça de Cristo ou pela graça e nossa vida santificada". Somente 20% responderam: Somos salvos unicamente pela graça.

Qual é a compreensão desta verdade em nosso meio, no qual ouvimos muitas vezes a expressão: Não fumo, não bebo, não jogo. Sou um bom cristão?     

Importa proclamar a palavra de Deus pela qual o Espírito Santo ilumina nossos corações, levando-o ao verdadeiro reconhecimento de nossos pecados, consolando com a graça de Cristo e operando a verdadeira fé, a confiança na graça de Cristo.  

II - Orgulho.  Passado este episódio, Jesus entrou no salão, o qual não deve ter sido pequeno. Ali ele observou como os demais convidados procuravam orgulhosamente os primeiro lugares, julgando-se cada qual melhor e mais digno do que o outro.

Lembramos que era um dos principais fariseus que estava dando a refeição, diante do qual cada um queria se mostrar. Jesus aproveitou a ocasião para dar sua segunda lição.

Quanta paciência e amor por parte de Jesus aos fariseus, que não se deixaram demover de sua hipocrisia pelo milagre que Jesus fez. Mesmo assim, Jesus não se retirou da festa, mas pacientemente aproveita a oportunidade para continuar a ensinar.     "Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar" (v.8,9)".   

A fé cristã não suporta o orgulho. Jesus disse em outra ocasião: "Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do Deus único" (Jo 5.44).  

Estes fariseus legalistas mostraram sua vaidade também em seu comportamento. Poderia, em tais corações, cheios de justiça própria e de orgulho, habitar a fé cristã? Sem dúvida que não. Esta só reside em corações humildes e arrependidos que se apegam à graça de Cristo? Por isso Jesus continuou a ensinar. Mostrou-lhes sua vaidade e orgulho para conduzi-los ao arrependimento.  

Mas não está o nosso coração também cheio de orgulho e justiça própria? Não precisamos nós todos lutar diariamente contra este inço que sempre brota de novo em nossos corações e quer nos levar à hipocrisia religiosa e matar a fé? Sim!   

Certa feita Jesus teve que repreender seus próprios discípulos. Pois eles estavam discutindo quem entre eles seria o maior no reino dos céus. Jesus lhes disse: "Quem a si mesmo se exaltar, será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será exaltado" (Mt 23.12).

 A luta é grande. Importa que a luz da Palavra de Deus ilumine nossos corações. Isto requer contínua leitura e meditação na palavra de Deus, bem como a súplica ao Espírito Santo para que nos ensine e nos conserve em arrependimento, humildade e fé.

Ele nos ensinará a reconhecer as ciladas de Satanás e nos fortalecerá na fé. Desta fé brotarão os frutos: a humildade e o espírito de servir ao próximo em amor.

 



Horst R. Kuchenbecker
São Leopoldo, RS ? Brasil
E-Mail: horstrk@cpovo.net

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