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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

1º domingo após Epifania , 12.01.2014

Predigt zu Mateus 3:13-17, verfasst von Osmar Luiz Witt

Graça e paz a todos e todas vocês da parte de nosso Senhor Jesus Cristo!

Oremos: Querido Deus! Gratos e gratas te somos, pois nos concedes este tempo para ocuparmos as nossas vidas Contigo e com os ensinamentos das Sagradas Escrituras. Abençoa com o teu Espírito Santo a pregação da tua Palavra entre nós. Amém.

Irmãs e irmãos!

Nós viemos da festa da Epifania, celebrada há poucos dias, no dia 6. Epifania significa a manifestação de Jesus. Jesus se manifestou para a humanidade. Na Igreja Antiga, durante os primeiros séculos, festejava-se o nascimento de Jesus nesta data. Mais tarde, a epifania foi associada, no mundo ocidental, com o aparecimento de Jesus aos gentios, representados nas figuras dos reis magos que lhe trouxeram presentes. E o nascimento de Jesus passou a ser festejado em 25 de dezembro, data do deus sol dos romanos, pois, Jesus é o sol que ilumina a vida da comunidade cristã.

O evangelho deste domingo está associado ao tema da manifestação de Jesus. Ao receber o Batismo pelas mãos de João Batista, Jesus dá início ao seu ministério, conclamando ao arrependimento e anunciando a proximidade do Reino de Deus. É como se fosse um segundo momento decisivo na sua biografia: primeiro ele nasce, conforme o anuncio dos profetas de Israel, depois ele é confirmado como o Filho amado por meio do Batismo.

Eu sei que narrativas como esta do batismo de Jesus nos trazem algumas dificuldades. A gente tenta se imaginar um pequeno grupo de pessoas reunidas no rio Jordão, a não concordância de João Batista com a solicitação de Jesus e, por fim, aquela voz que, do céu, confirmou que aquele Jesus alegrava o coração de Deus. Soltemos a imaginação e fiquemos abertas a algumas surpresas!

Primeiramente, é interessante observamos que Deus continua coerente com o modo de agir que revelou ao povo de Israel, em sua longa história. Ele ouviu o clamor de um povo de escravos no Egito e chamou Moisés para intervir naquela situação. Ele chamou profetas que denunciaram a exploração dos pobres da terra por um sistema que foi legitimado pelos reis e pelos sacerdotes do Templo de Jerusalém. Ele se esvaziou e se tornou ser humano, um palestino filho de uma família sem posses e sem prestígio político. Nasceu em Belém, na periferia. E quando deu início ao seu ministério, foi ser batizado no rio Jordão, fora da cidade e do raio de influência dos sacerdotes oficiais. Jesus representa uma novidade que surge da margem da sociedade de então. Ele atualizou para a sua época a esperança proferida por Isaías: “Aqui está o meu servo, a quem eu fortaleço, o meu escolhido, que dá muita alegria ao meu coração. Pus nele o meu Espírito, e ele anunciará a minha vontade a todos os povos.” (42.1) O evangelista Lucas registrou que este Jesus, servo de Deus, entendeu a sua missão nestes termos: “O Senhor me deu o seu Espírito. Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres e me enviou para anunciar a liberdade aos presos, dar vista aos cegos, libertar os que estão sendo oprimidos e anunciar que chegou o tempo em que o senhor salvará o seu povo.” (Lucas 4.18s.)

Esta é a segunda novidade: chegou o tempo da salvação! Ou, então: “O reinado de Deus está próximo!” Arrependei-vos e crede no Evangelho. Arrepender-se de quê? Dos pecados? Quais pecados? Ainda existem pessoas que se preocupam com o que é pecado? Hoje, se diz que este discurso da Igreja sobre pecado é somente para impor culpa às pessoas! Melhor se libertar desta imposição. Mas, isso é justo o que a mensagem do evangelho diz: vocês são libertados de pecado e culpa porque Jesus os inocentou! Depois de Jesus, o discurso não é mais, em primeiro plano, sobre pecado e culpa, mas sobre redenção e reconciliação. Somos pessoas reconciliadas com Deus porque ele nos amou primeiro. Sejamos felizes e permitamos que as outras pessoas sejam felizes também. Livremo-nos dos interesses mesquinhos e egoístas e tenhamos coração para a miséria do próximo: Misericórdia quero e não holocaustos e cerimônias religiosas! (Isaías 58) A fé em Deus nunca vem dissociada de uma prática coerente em favor da vida! O reinado de Deus se traduz entre nós em sinais de perdão, vida nova e salvação.

Um terceiro componente desta breve narrativa é este: o Batismo de Jesus o capacita para sua missão neste mundo. Receber o Espírito de Deus e ser por ele amado é o que lhe dá segurança e novas forças para enfrentar os muitos obstáculos pelo caminho. E não foram poucas as dificuldades durante seu curto tempo de atuação que está registrado nos evangelhos! Neste sentido, o batismo de Jesus, que é lembrado neste dia, serve também de inspiração para a vivência do nosso Batismo. Por meio dele, fomos e somos acolhidas e acolhidos como integrantes da grande família de Deus. Viver o Batismo, a cada dia, significa estar aberto à possibilidade de ser presenteado pelo acolhimento e pelo cuidado que Deus tem por sua humanidade. Deus alegrou-se com seu Filho e lhe concedeu a companhia de seu Espírito para que, em sua atuação, se manifestasse a proximidade do seu reinado. Deus também nos acolheu e segue nos dispensando seu cuidado para que sejamos fortalecidas e fortalecidos, a fim de que possamos sinalizar sua presença entre nós. Viver o Batismo significa a oportunidade para encontrar o caminho da reconciliação, libertando-nos de pecados e de culpas que pesam sobre nós. Viver o Batismo é saber que há possibilidade de reconciliação consigo mesmo, com o próximo e com Deus. O Batismo de Jesus, assim como o nosso Batismo, coloca-nos dentro da esfera de atuação do Espírito de Deus, capacitando-nos e fortalecendo-nos para darmos testemunho de seu amor e a colocá-lo em prática em nossas relações.

E a paz de Deus, que é maior do que o nosso entendimento, guarde nossas mentes e corações em Cristo Jesus. Amém.



P.Ms Osmar Luiz Witt
São Leopoldo-RS

E-Mail: ol@est.edu.brwitt

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