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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3º Domingo na Quaresma, 23.03.2014

Predigt zu Romanos 5:1-11, verfasst von Marcos Henrique Fries

Estimado irmão, estimada irmã!

O que é motivo de alegria para você? Uma criança se alegra ao receber um presente. Um estudante se alegra com uma boa nota na prova. Um jovem se alegra quando sua amada aceita o seu pedido de casamento. Um trabalhador se alegra com um aumento nos ganhos ou mesmo com uma promoção. Uma mãe e um pai se alegram com as conquistas dos filhos. Uma família se alegra quando finalmente pode entrar na casa própria. Uma pessoa se alegra quando se vê curada de uma enfermidade, ou quando vê a cura chegar para alguém que lhe é querido. E, finalmente, avós se alegram com a casa cheia de filhos e netos nos finais de semana. Estes são alguns exemplos de situações que nos dão alegria ao longo da vida. E certamente há muitos outros. Pense por alguns instantes no que deixa o seu coração feliz. O que tem sido motivo de alegria para você?

À lista de exemplos que eu dei, você provavelmente acrescentou outras situações, tanto de coisas que já acontecem ou de coisas que você espera que aconteçam para que o seu coração se alegre. Mas, a não ser que eu esteja enganado, você dificilmente incluiu nesta lista as tribulações, provações e privações a que estamos expostos e que inevitavelmente vão bater em nossas portas. Penso, por exemplo, nas doenças, nos conflitos familiares, nas dificuldades do trabalho, no aperto financeiro. Você incluiria estas situações adversas em sua lista de alegrias? A princípio, estas e outras situações difíceis e pelas quais não gostamos de passar entrariam na lista dos motivos de tristeza. Mas o apóstolo Paulo, no texto bíblico previsto para hoje, nos convida a olhar para estas situações com novos olhos e, quem sabe, coloca-las na lista das alegrias.

Por que as tribulações são motivos de alegria? Não são as tribulações antes motivos de lágrimas do que de sorrisos? Observem, prezados irmãos, que o apóstolo não nos convida a um exercício sadomasoquista, de procurar o sofrimento e ter prazer nele. Mas nos convida a olhar para as tribulações como uma grande escola. Tiago escreveu que devemos ver nas provações motivos de alegria, porque “a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança” (Tiago 1.2-3). É, pois, isso que também Paulo escreve. A tribulação produz perseverança. Nos dias ruins, precisamos de uma boa dose de perseverança, de paciência para não cairmos. Esta perseverança vai nos fazer homens e mulheres mais experientes, mais fortes, mais preparados para enfrentar qualquer tipo de tempestade que se abater sobre nós. São as situações adversas que nos fazem crescer e amadurecer. E esta experiência, no final das contas, terá fortalecido a nossa própria esperança, a nossa fé. O reformador Martim Lutero dizia que o sofrimento nos aproxima de Deus, porque ele nos leva a autonegação; ele nos esvazia da nossa autoconfiança e nos faz confiar em Deus. As tribulações servem para nos mostrar quão dependentes somos do Criador. É como a conhecida estória da pequena árvore que foi plantada separada das demais. Num primeiro momento, ela se entristeceu por ter que ficar longe de suas amigas, que cresciam juntas no jardim. Mas logo percebeu que por não ter o amparo e a proteção das colegas, precisou desenvolver raízes mais profundas para que as tempestades e os ventos não a derrubassem. É isso: sem as tribulações, não temos necessidade de aprofundar as raízes, e aí tornamo-nos vítimas fáceis das tempestades e dos ventos. Porém, com as tribulações, firmamo-nos cada vez mais em Deus, tornando-nos fortes o suficiente para enfrentar o mais terrível temporal.

Assim, compreendemos a razão pela qual devemos nos alegrar com as tribulações. Nem sempre é possível evita-las e, cedo ou tarde, elas chegarão para todos nós. Mas embora não possamos evita-las, podemos aprender com elas. É preciso entender que Deus permite que estas situações nos sobrevenham para o nosso próprio bem. É através da adversidade que Deus nos aproxima dele, ao firmar nossas raízes nele, ao nos fortalecer a fé. Por isso, ao lembrar dos tempos difíceis pelos quais você teve de passar, alegre-se por eles.

Amém.        



Pastor Marcos Henrique Fries
Lages, SC
E-Mail: mhenriquefries@yahoo.com.br

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