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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Domingo de Ramos, 13.04.2014

Predigt zu Mateus 21:1-11, verfasst von Paulo Einsfeld

 

Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo...

(Opcional: Convidar uma ou duas pessoas para imitar um telejornal. Sentado diante de uma mesa como bancada de TV", o/a apresentador/a do telejornal traz a notícia do dia.)

"Grande manifestação pelas ruas de Jerusalém, em plena época da Páscoa. A capital está em alvoroço! De acordo com um manifestante, o líder desse movimento é um tal de Jesus ou Yeshua, também chamado de "profeta de Nazaré da Galileia". Tudo começou no bairro Batfagé, a 1 km, ao pé do Monte das Oliveiras. Montado num jumento, o líder atrai uma numerosa multidão. Ainda não sabemos de suas intenções políticas. Peregrinos vindos para nossa tradicional Festa da Páscoa desfilam atrás desse profeta cavaleiro. Muita gente está estendendo suas capas, formando um grande tapete. Outros sacodem ramos de árvores, colhidos junto à estrada. O ministério da agricultura alerta que o corte dos galhos das oliveiras poderá prejudicar a produção de azeitonas nesse ano. Uma pergunta não quer calar: Afinal, quem é este homem??"

Prezada Comunidade! Vamos conferir se o apresentador foi fiel à passagem bíblica prevista para este Domingo de Ramos. (Ler Mateus 21.1-11))

Comecemos pela pergunta do povo de Jerusalém: "Quem é ele?" Afinal, quem é Jesus Cristo? A pergunta é antiga. Muitas e variadas respostas já foram dadas pela humanidade em mais de dois mil anos de cristianismo. Vamos descobrir algumas respostas no texto que acabamos de ouvir. Observemos os personagens envolvidos nesta entrada festiva de Jesus em Jerusalém. O que Jesus significa para cada pessoa e grupo de pessoas?

  1. Os Dois discípulos. Para os dois que foram requisitados para buscar os animais, Jesus é alguém que envia, dá ordens, lhes dá uma missão a cumprir.

Também você eu somos enviados por Jesus. Há tantas tarefas reservadas a cada um de nós. Há coisas que somente você é chamado a fazer. E Deus nos capacita a fazê-lo. Os demais discípulos naquele momento tiveram folga. Mas aos dois foi dada uma missão específica. E eles fazem o que Jesus pediu. Fazem até mais, pois além de trazer os animais, jogam suas capas sobre eles, dando conforto à montaria. Jesus alertou que poderiam encontrar protestos, afinal os jumentos tinham dono. Esses dois discípulos podem representar todas as pessoas cristãs, que para servir ao Senhor Jesus, estão dispostas a obedecê-lo e a cumprir o que Ele pede. Você está entre essas pessoas?

  1. A jumenta. Para ela, Jesus representa uma carga considerável a ser carregada. Mas, sem o saber, tem a honra de carregar o rei dos reis!

Pode parecer estranho comparar pessoas com animais. Mas acho que podemos fazer nossas as palavras do autor desta pequena oração: "Senhor, sou apenas teu jumentinho. Que todas as atenções estejam voltadas a ti, e não a mim." (repetir!)

A jumenta é símbolo de símbolo de serviço abnegado e humilde. É no serviço aos pequenos e desprezados desse mundo que acabamos carregando o rei dos reis. Os holofotes, as atenções precisam estar voltadas ao Senhor. Nossas ações diaconais, o que fazemos no serviço ao próximo, não deve, e nem precisa chamar a atenção sobre nós mesmos. Mas com humildade apontamos para Aquele que veio para nos servir com sua vida.

  1. O terceiro grupo de personagens são os "manifestantes", que estendem as capas, espalham galhos, e cantam: "Hosana ao Filho de Davi...

Essa multidão, dizem os estudiosos da Bíblia, era composta por peregrinos que vieram à Festa da Páscoa. São judeus fiéis e piedosos, que conservam sua fé e tradições, mesmo que tenham acesso ao templo poucas vezes ao ano, ou uma só vez, na ocasião da Páscoa. A multidão representa as pessoas cristãs em geral. Representa a comunidade, que segue a Jesus, que o aclama como Rei. Até que ponto as pessoas entre a multidão são sinceras no que fazem? Será que não se deixam apenas levar pelos outros? Mesmo assim, muita gente está lá. Certamente alguns são conduzidos pelas mãos, os mais fortes ajudando os mais fracos. Ninguém quer perder a cena! Assim é a comunidade de Jesus: se reúne, se apoia, caminha, se movimenta, louva e canta, dança com ginga em louvor e gratidão ao Senhor que está no seu meio, que está em nosso meio!

  1. O quarto grupo é formado pelos moradores de Jerusalém que perguntam: "Quem é ele? Quem é esse homem?"

Cara comunidade, imaginemos quantos curiosos estavam nas janelas da Avenida Central de Jerusalém! A Palavra nos diz que "a cidade estava agitada". As pessoas estão nervosas e com medo. Há um clima de agitação política e social no ar. Afinal, o cortejo é digno de um novo rei que toma posse. O povo sabe que rei há um só: o Grande César de Roma. O que quer esse tal de Jesus, Filho do Rei Davi?

Eu comparo os moradores de Jerusalém aos cristãos simpatizantes, mas não comprometidos com o evangelho. Certamente encontramos muita gente "curiosa" pelo que acontece na comunidade, no bairro, na cidade. Falam, comentam, criticam, mas não se engajam, não participam ativamente. Assim deixam de dar uma preciosa colaboração, para tornar a comunidade melhor.

Em nosso tempo está crescendo o número de pessoas sem religião, ou que se declaram ateus. A pergunta continua atual: "Quem é esse homem?" As dúvidas sobre Jesus de Nazaré continuam atuais. Acho que apenas respostas em palavras não irão convencer os descrentes. Mas o que convence são fatos, são gestos, são ações concretas de pessoas convictas, obedientes ao chamado de Deus, pessoas humildes que ajudam a carregar o Senhor, carregando os pequenos irmãos nos caminhos da vida. Essa ação feita por pessoas que sabem louvar e cantar, sim, que sabem seguir o seu Senhor que vai à cruz, isso há de ser sinal que convence corações duvidosos e endurecidos.

Infelizmente o que se tem visto entre os cristãos não é o desfile do Cristo humilde, servo e salvador. Temos visto por aí muitos desfiles de nossas vaidades. Ainda se disputa qual o coral ou grupo que canta melhor, qual o líder que fala mais alto, que pregador ou pregadora tem a mensagem mais impactante. Nos bastidores da cozinha desfilam competições sobre quem faz a melhor cuca, o melhor bordado... Quantas vezes em nossas conversas, fazemos desfilar nossos feitos, nossas realizações e boas obras. Nada disso importa diante do caminho à cruz. Nada disso resiste diante da cruz. O Jesus que entra festivamente é o mesmo que vai em direção à rejeição, ao desprezo, à cruz. O fim se aproxima. Está começando a última semana de Jesus nesse mundo, e a primeira Semana Santa da história. Que Deus abençoe nesta semana da Paixão de Cristo. Amém.



P. Paulo Einsfeld
Nova Petrópolis/ RS
E-Mail: (peinsfeld76@gmail.com

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