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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

A Transfiguração do Senhor, 18.02.2007

Predigt zu Lucas 9:28-36, verfasst von Lindolfo Pieper

Lucas 9.33-35: ?Ao se retirarem estes de Jesus, disse-lhe Pedro: Mestre, bom é estarmos aqui, e que façamos três tendas: uma será tua, outra para Moisés e outra para Elias. Enquanto assim falava, veio uma nuvem e os envolveu. E encheram-se de medo ao entrarem na nuvem. E dela veio uma voz, dizendo: Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi?.

Certa vez Jesus subiu a um monte muito alto, levando consigo três discípulos: Pedro, Tiago e João. Quando estavam no topo do monte, o rosto de Jesus se transfigurou e as suas vestes começaram a brilhar como o sol, e apareceram ao seu lado duas pessoas: Moisés e Elias. O ambiente ali ficou tão agradável que os discípulos exclamaram maravilhados: ?Mestre, bom é estarmos aqui, e que façamos três tendas: uma será tua, outra para Moisés e outra para Elias?. A seguir veio uma nuvem que os envolveu, e dela saiu uma voz que dizia: ?Este é o meu Filho amado, o meu eleito: a ele ouvi?.

Ano após ano é lido este trecho do Evangelho na igreja entre o período da Epifania e Quaresma. Por que se faz essa leitura? Qual o seu significado? Por que se deu essa transfiguração?

Jesus se transfigurou no monte Hermon com três objetivos:

Em primeiro lugar: mostrar aos seus discípulos que a sua morte na cruz, embora vergonhosa, era necessária e, que, depois da humilhação viria a exaltação.

Os discípulos não podiam entender porque Jesus tinha que morrer na cruz. Pedro, quando soube da parte de Jesus que ele ia se entregar à morte, começou a repreendê-lo, dizendo que isso era uma loucura, que uma coisa dessa não podia acontecer.

O problema todo é que eles não podiam acreditar que Jesus seria capaz de sair da sepultura, de voltar a viver.

Na transfiguração Jesus quis lhes mostrar o que seria depois da morte, como ele ficaria: depois da morte ele receberia um corpo glorioso e estaria na glória com Moisés e Elias, exaltado para sempre.

A morte de Cristo na cruz, o modo como isso se deu, foi uma cena chocante: ele foi escarnecido, zombado e cuspido. Ele foi morto como um criminoso.

Embora os discípulos na hora da morte tivessem se escandalizado, a transfiguração de Jesus, no entanto, mais tarde os ajudou a entender o mistério da cruz.

O apóstolo Pedro, na sua segunda carta, capítulo 1, versículo 16, fala desse episódio e destaca a sua importância. Diz ele: ?Ora, esta voz vinda do céu nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo?.

E então ele chama a atenção para este fato consolador: ?Temos assim tanto mais confirmada a palavra profética e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que um dia clareia, e a Estrela da alva nasça em nossos corações?.

A transfiguração de Jesus serviu para mostrar aos discípulos que depois da luta vem a recompensa, que depois da cruz vem a coroa.

Essa é uma lição que podemos tirar para nós hoje na nossa vida espiritual. Às vezes pensamos que não vale a pena mais lutar, que tudo está perdido. Quando acontece uma coisa triste na nossa vida, ficamos frustrados, perdemos a vontade de viver.

Nessas horas devemos nos lembrar que os sofrimentos, as lutas e as tristezas um dia acabam. Que depois dessa vida vem outra, que depois da luta vem a vitória.

Em segundo lugar: a transfiguração de Jesus nos quer mostrar que Cristo é o mediador da nova aliança, de que devemos ouvir a ele e não mais a Moisés.

Não foi por acaso que apareceu na transfiguração, com Jesus, Moisés e Elias. Moisés representava a lei e Elias os profetas, ou seja: juntos representavam o Antigo Testamento.

Quando aquela voz dos céus disse que devemos ouvir a Jesus, queria com isso dizer que com Jesus se inicia uma nova era, ficando para trás a antiga; que a antiga aliança deu lugar a nova aliança. Lemos em Hebreus, capítulo 8, versículos 6 e 13: ?Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente quanto é ele também mediador de superior aliança. Quando ele diz Nova torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se tornou antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer?.

E o próprio Jesus diz em Lucas capítulo 16, versículo 16: ?A lei e os profetas vigoraram até João; desde esse tempo vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus?.

Isso é muito importante para compreendermos a Bíblia. Isso nos ajuda a entender porque guardamos algumas leis que estão no Antigo Testamento e outras não. Porque, por exemplo, não guardamos mais o sábado, não praticamos mais a circuncisão, não fazemos mais abstinência de alimentos e nem mais sacrificamos animais sobre o altar. É que essas leis fazem parte do Antigo Testamento, dadas por Moisés, e não foram mais repetidas no Novo Testamento.

Algumas igrejas fazem uma confusão muito grande com a Bíblia, guardando algumas coisas que estão no Antigo Testamento e outras não. Isso acontece porque essas igrejas não têm um critério definido para interpretar a Bíblia, é porque elas não fazem diferença entre a antiga aliança e a nova aliança. Continuam ainda a ouvir a Moisés em lugar de ouvir a Cristo.

Em terceiro lugar: a transfiguração de Jesus nos quer mostrar o que é estar com Jesus no céu, na outra vida.

Na transfiguração Jesus permitiu que os discípulos sentissem um pouco o que é estar com ele no céu, no reino da glória. E eles se sentiram tão bem naquele lugar que não queriam mais sair de lá, mas ficar para sempre com ele no monte. Eles ficaram tão maravilhados, que exclamaram: ?Mestre, bom é estarmos aqui e que façamos três tendas: uma será tua, outra para Moisés e outra para Elias?.

Essa experiência mais tarde os ajudou a enfrentar as perseguições e, mesmo morrer pelo nome de Jesus. Eles sabiam que depois desta vida há um lugar maravilhoso para cada um. Um lugar tão maravilhoso que nos pode fazer esquecer dos sofrimentos daqui da terra.

Muita gente pergunta como que é que vai ser o céu: será que vai haver preocupações, será que vamos nos lembrar dos parentes que ficaram para trás ? enfim: como é que vamos nos sentir lá?

O céu é um lugar tão lindo e maravilhoso que não dá para descrevê-lo. Para se saber o que é o céu é preciso experimentá-lo. Diz o apóstolo Paulo: ?Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam?.

A Bíblia às vezes descreve o céu usando figuras. Uma hora o compara com uma festa de casamento, outra hora como um jardim florido, e outra hora ainda como uma cidade todo enfeitada de ouro.

O casamento é um lugar onde se alegra, o jardim é um lugar onde se diverte, e a cidade é o lugar onde se encontra de tudo.

Assim é o céu: um lugar de alegria, de divertimento, de felicidade e de muito conforto ? um lugar em que não falta nada.

Quem uma vez está no céu não quer mais sair de lá, se esquece de tudo: da terra, com os seus prazeres; das preocupações do mundo e da própria família.

Todos já devem ter ouvido histórias em que uma pessoa morreu, mas que os familiares tanto gritaram, que ela voltou. Depois ela reclamou, dizendo: ?Por que vocês fizeram isso comigo? Eu estava tão bem, lá tudo era tão bom!....?

Foi isso que Pedro, Tiago e João experimentaram. É isso que estão experimentando os que agora estão lá. É o que nós vamos experimentar depois que deixarmos esta vida.

Foi, pois, com razão que Jesus se transfigurou diante dos seus discípulos. Ela foi importante para eles e é importante para nós.

Vamos, pois, nos lembrar sempre, especialmente nas horas difíceis da vida, que depois desta vida de sofrimento e lutas há um lugar de alegrias e gozo eterno no céu ? ao lado do Salvador Jesus.

Para isso, porém, precisamos aprender a ouvir a Jesus.

Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
www.ielb.org.br
E-Mail: piperlin@uol.com.br

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