Göttinger Predigten

Choose your language:
deutsch English español
português dansk

Startseite

Aktuelle Predigten

Archiv

Besondere Gelegenheiten

Suche

Links

Konzeption

Unsere Autoren weltweit

Kontakt
ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Domingo de Páscoa, 20.04.2014

Predigt zu Lucas 24:5,6, verfasst von Horst R. Kuchenbecker

 

Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia.

Páscoa. - Aleluia! Jesus ressuscitou. Alegremo-nos nele. Páscoa é a grande festa da cristandade. Todas as outras festas apontam para a páscoa e estão ancoradas nesta festa. Páscoa é festa de alegria. Aleluia!

Infelizmente, mesmo muitos cristãos, não entendem mais o significado da páscoa. Há muitas opiniões sobre a ressurreição de Cristo. Alguns só acreditam na imortalidade da alma e outros negam a própria ressurreição de Jesus e a fé na ressurreição e falam em reencarnação.

Importa revermos os fatos históricos descritos nos evangelhos a respeito do dia da ressurreição; que são fatos inegáveis; bem como o ensino bíblicos sobre a ressurreição no dia do juízo final. Isto queremos fazer agora de forma breve.

Por que a ressurreição de Cristo é tão consoladora para nós? Vamos rever o 1. O fato histórico.

2. O consolo.

3.E de como este consolo pela fé se torna nosso.

1. História. - Em primeiro lugar vamos relembrar a história da Páscoa. É uma história impressionante. Cada evangelista a descreve de um ângulo diferente. Os quatro evangelhos, no entanto, formam um todo.

a) Inimigos. - Impressionante notar que os inimigos de Cristo foram os primeiros que relembraram a promessa de Jesus de que ressuscitaria no terceiro dia. Esta palavra os inimigos deixou intranqüilos. Pediram a Pilatos que colocasse guardas no sepulcro, com a desculpa de que os discípulos poderiam roubar o corpo. E ao ouvirem a notícia da ressurreição de Jesus, não duvidaram, nem foram conferir a notícia, mas planejaram de imediato destruí-la por meio de mentiras. E continuam fazendo isto até hoje.

b) A ressurreição. - No terceiro dia após sua morte, no primeiro dia útil da semana judaica, após o sábado, hoje o nosso domingo, de manhã, Jesus foi vivificado. Isto é, ele uniu sua alma ao seu corpo, pois ambos permaneceram unidos à natureza divina. Vivificado, Jesus desceu ao inferno (1 Pe 3.18,19),para proclamar sua vitória a Satanás. Ele saiu da sepultura sem mover nada. Estando a sepultura vazia, Jesus enviou um anjo para que removesse a pedra, para que todos pudessem ver que ele havia ressuscitado. O anjo desceu como um relâmpago do céu e com um estrondo, um tremor de terra e removeu a pedra. Os soldados caíram desmaiados e, recobrando os sentidos, fugiram apavorados. Foram direto aos fariseus anunciar o acontecido, o fato da ressurreição de Jesus.

c) Os discípulos - Enquanto isso, os discípulos estavam atrás de portas e janelas trancadas, cheios de medo. Não lembraram as palavras da ressurreição. Mas, algumas mulheres, que haviam acompanhado Jesus, foram cedo à sepultura. Saíram, provavelmente, de duas casas diferentes e se encontraram no meio do caminho. No caminho lembraram-se da grande pedra diante da sepultura e se perguntavam: Quem nos removerá a pedra? Chegando mais perto, viram que a pedra já esta removida. Maria Madalena ao ver isso, nem foi até lá. Correu de volta para anunciá-lo aos discípulos.

Enquanto isso, as outras mulheres foram até o sepulcro. Ali foram informados por dois anjos de que Jesus ressuscitara. Os anjos lhes disse: Porque procurais o vivo entre os mortos? As mulheres saíram dali correndo apavoradas. No meio do caminho Jesus se manifestou a elas. Depois se manifestou à Maria Madalena, a Pedro, aos discípulos de Emaus e à noite a todos os discípulos e uma semana depois novamente a todos e a Tomé. E na Galiléia, durante 40 dias, apareceu várias vezes a muitos discípulos e uma vez a mais de 500 pessoas.

É impressionante notar que os inimigos não duvidaram a ressurreição, enquanto os discípulos custaram a crer. É importante notar as muitas vezes que Jesus apareceu aos discípulos, fatos inegáveis.Isto é um grande consolo para nós e confirma a veracidade da ressurreição. Cristo de fato ressuscitou. Este fato é a base de nossa fé cristã, nossa alegria e nossa esperança.

2. Por que a ressurreição é tão consoladora para nós? E qual é este consolo?

Para compreendermos este consolo, precisamos relembrar o nosso estado sob a lei. Deus é santo e disse: Santo sereis, porque eu o Senhor vosso Deus sou santo (Lv 19.2). E: A alma que pecar, essa morrerá (Ez 18.20). E: Nenhum pecador verá a minha face, sem que morra (Êx 33.11). A lei exige, ameaça e condena. Ela não conhece misericórdia. Nascemos sob o jugo da lei. Nascemos pecadores, réus da eterna condenação, Pois, "não há justo nenhum sequer" (Rm 3.10). Esta lei foi inscrita em nossos corações, mesmo que parcialmente apagada pela queda em pecado, nosso consciência conhece os rudimentos da lei e nos acusa. Deus quer que ouçamos sua palavra, na qual sua lei brilha com fulgor, como forte luz, para aguça nossa consciência.

Mas, o que acontece? Não se medita na lei. Há uma fuga dela. Não se quer ouvir a lei. As pessoas preferem viver num falso positivismo, iludindo-se a si mesmas, dizendo: Não sou tão mau assim. Não sou pior do que os outros. Ou então: Que culpa tenho eu, por nasci pecador. Deus não vai castigar todos. Deus é amor. Outros procuram sufocar a voz de sua consciência, etc. Enganam-se. Quando sua consciência acordar e compreenderem a seriedade da lei de Deus, vão desesperar. Pois diante da acusação da lei não encontramos consolo em nenhum lugar, a não ser por verdadeiro arrependimento refugiar-nos na graça de Cristo. Quando o coração é tomado pelo medo de Deus, do juízo de Deus, da morte, tudo em nossa volta perde seu valor, nem vida, nem saúde, nem riqueza, nem divertimentos poderão nos consolar. Só em Cristo encontraremos verdadeiro consolo, porque só ele cumpriu perfeita a lei de Deus, só ele tomou nossos pecados sobre si e pagou por eles. Confinado na graça de Deus, que nos é anunciada e oferecida pelo Evangelho, encontremos paz e podemos acalmar nossa consciência. Só nele encontramos verdadeiro consolo contra as acusações da lei e de nossa consciência. "Ele foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação" (Rm 4.25). Isto é daquele que realmente se arrepende e confia na graça de Cristo, que suplica perdão a Deus e se apega confiante no Evangelho. Pois quem não crê, já está julgado e condenado, enquanto não crer. Mas quando nos voltamos a Cristo, então podemos jubilar com o apóstolo Paulo: Quem nos condenará? É Deus quem nos justifica" (Rm 8.34).

E mais. Na luz da palavra de Deus, veremos que Cristo não salvou somente nossa alma, mas a nós como pessoa de corpo e alma. Fomos criados corpo e alma, não para viverem separados, mas unidos eternamente. Assim como pela queda corpo e alma foram afetados pelo pecado, também pela obediência e morte vicária de Cristo, corpo e alma foram redimidos. Mesmo que a plena redenção do corpo esteja reservada para o futuro, a saber, o dia do juízo final, o dia da grande ressurreição da carne, é um fato consumado. Os laços, as amarras da morte já foram cortadas por Cristo.

Ao Jesus ressuscitar com o seu corpo, o mesmo corpo que fora deitado na sepultura, prova que também seremos ressuscitados. Ele mesmo disse: "Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente" (Jo 11.25,26).

E o que vem a ser esta ressurreição da carne? O que significa quando confessamos no Credo Apostólico: Creio na ressurreição da carne? Niceno: Espero a ressurreição dos mortos. Apologia XVII: "E que ressuscitará todos os mortos." Creio que Deus levantará do pó da terra o meu corpo. E este será o meu corpo, os meus olhos, a minha pele, como confessou Jó (Jo 19.25). Agora liberto de todo o pecado e tudo o que o pecado estragou. E que este corpo será revestido com novas qualidades para a vida com Deus, por isso o apóstolo Paulo o chama de "corpo espiritual", não no sentido do que não tivesse mais corpo, carne, mas as qualidades são agora espirituais, e será revestido de glória, seremos semelhantes a Cristo. (1 Co 15.35-49) Esta é nossa fantástica esperança. Não cremos numa reencarnação, mas na ressurreição da carne. Para vivermos com Cristo em eterna glória. Maravilhoso, inimaginável.

3. Pela fé esta vitória de Cristo se torna nossa.

O que deve fazer para que esta vitória seja minha vitória e este consolo, esta esperança possam ser realmente meus? Como posso ter certeza de que tudo isso será realmente meu?

Talvez um pequeno exemplo: O que um malfeitor, que foi condenado à morte e está preso deve fazer ao receber a notícia: Um amigo seu pagou-lhe a fiança. Você está livre. Tal pessoa sem dúvida pulará de alegria e aproveitará a porta que lhe foi aberta para sair. Que alegria. O que ele deve fazer: Sair e ser agradecido a seu amigo.

O que acontecerá, no entanto, se o malfeitor dirá ao carcereiro: Eu não posso aceitar isso, eu quero em primeiro lugar contribuir para isso? Este estaria rejeitando o presente. Crer é alegrar-se no perdão, aceitar o perdão. Alegremo-nos e jubilemos.

Cristo salvou não somente alguns, ele salvou toda a humanidade. Chamamos isto de salvação objetiva. E nos confiou a palavra da reconciliação, dizendo: Deixai-vos reconciliar com Deus. (1 Co 5.19,20) E todo aquele que dá ouvidos à palavra de Deus, se arrepende de seus pecados e confia na graça de Cristo, este tem o que as palavras lhe oferecem, dão e selam. A saber: perdão dos pecados, vida em comunhão com Deus e a esperança da vida eterna, da ressurreição da carne.

E isto tem enormes conseqüências em nossa vida. Opera em nós uma vida nova. Dá-nos força para lutarmos por vida santificada, amar a Deus e ao próximo.

Conclusão

Porque a ressurreição de Cristo é tão consoladora?

1. Ela prova incontestavelmente que Cristo é o verdadeiro Filho de Deus e verdadeira a sua doutrina;

2. Que Deus Pai aceitou o sacrifício de seu Filho

3. Que, assim como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos. Aleluia.

Jubilamos com o poeta sacro: "A Cristo coroai, a vida nos doou, e, a fim de dar-nos salvação, da tumba triunfou. Cantemos seu poder: morreu, mas ressurgiu, a vida eterna nos ganhou e a morte destruiu.

A Cristo coroai, dos tempos é Senhor, e do universo imenso é Deus, eterno Criador. A o grande Redentor, que deu-nos salvação, eternamente tributai louvor e adoração! (HL 122.3,4).

 



P. Horst R. Kuchenbecker
São Leopoldo/RS
E-Mail: horstkuchenbecker@gmail.com

(zurück zum Seitenanfang)