Göttinger Predigten

Choose your language:
deutsch English español
português dansk

Startseite

Aktuelle Predigten

Archiv

Besondere Gelegenheiten

Suche

Links

Konzeption

Unsere Autoren weltweit

Kontakt
ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

11º Domingo após Pentecostes, 24.08.2014

A importância da confissão de quem é o Filho do Homem.
Predigt zu Mateus 16:13-20, verfasst von Mateus Holz Tasso

 

Que a paz e a graça do bondoso Deus esteja com cada um de vocês.

O texto bíblico que lemos no evangelho de Mateus, são palavras pronunciadas num tempo de tranquilidade, está entre o período da última atividade pública de Jesus na Galileia e sua entrada em Jerusalém. Portanto, trata-se a rigor do início do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

As diretrizes fundamentais da comunidade de Jesus começam com a extraordinária e permanente confissão de pertencer a Jesus Cristo por parte da comunidade que nele crê, o próprio Filho de Deus. Isso confere à primeira regra fundamental da comunidade um significado singular. Perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? A resposta correta ou incorreta a esta pergunta é decisiva para a existência ou não da comunidade de Jesus na terra. Com a expressão Filho do Homem, Jesus refere-se a si próprio.

Esse Filho do Homem aqui questionado, de acordo com a sua humanidade, teve a vida de uma pessoa comum. Comeu, bebeu, de modo que as pessoas diziam: Esse é um glutão e bebedor de vinho, os seus amigos são pecadores, publicanos (11.9). Também diziam que era um sem teto: não tem onde reclinar a cabeça (8.20). Viam Ele como uma pessoa sem direito, onde padecia na arbitrariedade daqueles que tinham o poder. Este homem iria ser entregue nas mãos de homens, e eles o matarão. Porém, este Filho do Homem também está ciente de sua glória (19.28) onde há de vir na glória de Seu Pai com seus anjos (16.27). Entretanto, no tempo presente Ele tem mensageiros humanos na terra, e estes mensageiros não acabarão de percorrer as cidades de Israel até que venha o Filho do Homem (10.23). A mensagem inaudita que eles devem anunciar é a boa notícia que o filho do Homem já chegou, e que a única salvação para cada ser humano está em invocá-lo e reconhece-lo como Senhor e Salvador. O Filho do Homem veio salvar o que estava perdido (18.11) e possui autoridade sobre a terra para perdoar pecados (9.6).

Quem é Jesus? Para mim, para você realmente? Um homem que há de vir ou que está presente em nossa história? Ele é o senhor de todos os senhores ou servo de todos os servos? Será o onipotente salvador do povo santo do Altíssimo, ou um ser humano indefeso e desamparado? Quem, dizem as pessoas, que ele era ou é? Quem ele é para você? Quem ele é para mim? Qual a diferença de uma vida com ele? Quem ele é para mim?

E eles responderam: Uns dizem: João Batista, outros: Elias, e outros: Jeremias ou algum dos profetas. (16.14). A fala aqui sobre a opinião de quem era este Filho do Homem, deixa claro que não consideravam Jesus como o Messias. Pois iam na onda do que os outros achavam, que seria João Batista, seria Elias ou Jeremias que havia ressuscitado. Também alguns acreditavam que seria apenas um outro profeta.

Como se julga em nossos dias a pessoa de Jesus? Concedemos-lhe a vantagem de ter descoberto e ensinado a mais pura conduta moral, ou o designamos como o maior gênio religioso, como um homem limitado, unilateral, preso à perspectiva do seu tempo - como sendo apenas mais um profeta. É assim ou um pouco diferente que se define hoje a importância de Jesus para a vida intelectual da história universal. Dessa forma a pessoa culta do século XXI pensa ter dado a Jesus a honra devida. Já chegamos a uma conclusão, já sabemos tudo Dele, temos a opinião formada Dele. Chega.

É evidente que não economizamos o nome de Cristo. Até lhe atribuímos títulos ricos de conteúdo, tais como Redentor, Salvador, Caminho, Esperança, Vida, Alegria, Consolo... Mas também estes são moedas gastas nos dias de hoje. Não ficam reservada exclusivamente para Ele. Seu valor está dividido por opiniões, por valores, por tempo, por dinheiro... Como é hoje, assim também foi naquele tempo. As pessoas têm a sua opinião, ou melhor dizendo a sua verdade sobre quem é o Filho do Homem.

Contudo, Jesus ainda não chegou ao fim de suas perguntas. Ainda tem uma palavra dirigida aos discípulos que cabe bem também a cada um de nós.

Mas vós, continuou, quem dizeis que sou? Respondendo Simão Pedro, disse; Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Essa resposta afirmativa de Pedro compreende Jesus como uma designação que é de uma natureza totalmente diferente de todas as citadas. Mesmo que aqueles o classifiquem como importante ou até mesmo insignificante, que o avaliem positiva ou negativamente, de uma ou de outra maneira Pedro aqui na sua afirmação sai de uma esfera humana e O classifica como de origem divina. O Cristo, O Filho do Deus Vivo. Para expressar que Jesus é esse único e singular, Pedro o designa de o Cristo ou, em sua língua materna aramaica, meshiha, o Messias.

O Filho do Deus vivo. Esse termo usado por Pedro, designa algo bem extraordinário. Especifica a "imensurável diferença qualitativa" (Kierkegaard) entre Cristo e todas as criaturas, tanto invisíveis quanto visíveis, os anjos e também seres humanos. O Filho do Deus vivo é o próprio Deus vivo. A presente confissão de Pedro e dos discípulos, que concordam com o seu porta-voz, constitui uma decisão magna e historicamente decisiva. Sob aspecto fundamental, vem a ser o fim da sinagoga e o início da comunidade de Jesus.

18a. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja. Pedro somente poderá ser uma rocha para a comunidade de Jesus se ficar com a fé firme sobre Jesus Cristo. A construção que se apoia sobre essa rocha Jesus Cristo é a comunidade de Jesus. Primeiro Cristo, depois Pedro e os apóstolos, e depois a comunidade. Essa é a sequência. Jesus Cristo, porém, não é apenas a pedra fundamental e angular, mas também é o mestre de obras que constrói a sua comunidade. Ela não é obra dos apóstolos, e sim obra Dele. A comunidade não é propriedade dos apóstolos, e sim propriedade de Jesus, comprada por alto preço.

Jesus Cristo sozinho é detentor dessa posição singular de rocha fundamental. No entanto, a primeira pessoa que seu Pai celestial lhe deu para essa função na terra é Simão. Deus o concedeu pelo fato de que fez com que Pedro fosse o primeiro a confessar: "Tu és o Cristo". Por causa da fé obtida de Deus e que o confessa, o Cristo declara esse apóstolo como rochedo ou primeira pedra fundamental de sua comunidade. Por isso Lutero explicou com acerto: "Quem, pois, quiser expor corretamente esse texto bíblico, aprenda aqui de Cristo que a comunidade existe somente onde há essa rocha, i. é, onde estão esse testemunho e essa fé que Pedro tem e os outros discípulos também".

19a. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus. A palavra que Pedro e os apóstolos anunciam torna-se para uns "perfume para a vida", e para outros "cheiro de morte" (2Co 2.12-14). A pregação dos apóstolos, assim como toda a pregação da palavra até os dias de hoje, age como graça quando é aceita, e juízo quando é rejeitada. Desse modo o posicionamento perante o anúncio da palavra decide, em última análise, sobre pertencer ao reino dos céus ou ser excluído dele.

19b. O que ligares na terra terá sido ligado nos céus, e o que desligares da terra terá sido desligado nos céus. Essa promessa de Jesus passou a vigorar no dia de Pentecostes, quando Pedro estava diante dos Judeus com o testemunho vigoroso de Jesus, e muitos vieram para o batismo. Foi ali que Cristo colocou sobre ele, como rocha escolhida, as primeiras pedras que formaram a casa edificada por ele. Foi ali que Pedro pôde usar a chave, que abre o reino dos céus. Evidenciou-se como boa chave, porque o Espírito de Deus acompanhava a sua palavra. Foi ali que ele estava de pé como aquele que desliga, quando assim conduziu as pessoas ao batismo para que seus pecados fossem apagados. E quando Pedro afastava a geração pervertida do reino de Deus, isto também tinha validade, e o juízo de Deus caía sobre os membros dessa geração. O que começou em Pentecostes, tornou-se permanentemente seu ministério apostólico.

Portanto, da mesma forma, a comunidade de Jesus não pode deixar desse ministério hoje. Pois o serviço dos apóstolos chega também a nós através do Novo testamento.

Como comunidade Cristã vivemos neste testemunho de Pedro, mas que deve ser feito por Mateus, João, Maria, Renato... pelos Pedros do dia de hoje. Sabendo que a obra é de Cristo e é um privilégio nós testemunharmos deste mestre de obras, a saber Jesus Cristo. Que o Senhor nos abençoe. Amém.




P. Mateus Holz Tasso
Cruz Alta - RS
E-Mail: mateus-ht@hotmail.com

(zurück zum Seitenanfang)