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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

11º Domingo após Pentecostes, 24.08.2014

Predigt zu Mateus 16:13-20, verfasst von Angela Lenke

 

A graça do nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo esteja com todos. Amém.

Prezada comunidade!

"Quem dizem as pessoas ser o Filho de Deus"? pergunta Jesus aos discípulos. Os discípulos, então, falam o que circula nos bastidores da população. No entanto, a pergunta é dirigida também a eles: "E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?". Simão Pedro estava com a resposta. Tinha certeza que aquele homem simples com quem havia convivido era, de fato, o Messias.

Quantas vezes queremos saber a opinião das pessoas. E é ouvindo que descobrimos o que pensam e o que sabem. Talvez Jesus não quisesse saber exatamente o que as pessoas pensavam dele, mas saber o que os discípulos pensavam e sabiam a seu respeito, se acreditavam ser ele o Messias ou não, como em outras passagens dos evangelhos onde lhes questiona a fé (Mt 16.5-12, Mt 15.10ss, Mt 8.26). Fazem parte desse capítulo (Mt 16) as palavras de Jesus: "Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida eterna. O que adianta ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?" v. 25s. Está no contexto em que fala da sua morte e ressurreição.

Jesus dá crédito à confissão de Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus". E dá a Pedro autoridade para edificar a sua Igreja. Vejam bem: O que é Igreja? Na identidade e confessionalidade luterana, Igreja é a comunhão/congregação dos santos e pecadores, onde a Palavra é anunciada de forma correta e os sacramentos são administrados corretamente (CA, VII). Lutero lembra bem que, tanto a Palavra quanto os sacramentos, são presentes de Deus e não obra de pessoas. A Igreja de Cristo é a que aponta para a esperança, para a verdadeira comunhão. É aquela que edifica sobre pedra e não sobre areia, sobre valores, sobre a cruz e ressurreição e defende a vida como desejo divino. O Salvador dá permissão para ir e anunciar, mesmo sendo imperfeitos.

Adiante do texto, vemos que Pedro tentou impedir Jesus de ir para Jerusalém, onde sofreria e seria morto. Jesus o repreende e pede que se afaste dele. Como um discípulo ainda não havia entendido que não havia saída? Será que também esperava um Messias guerreiro como os outros cidadãos? Como ser seguidor e não crer que o caminho que conduziria ao sofrimento e à morte seria o mesmo caminho da vitória, da ressurreição e vida? Não basta crer pela metade. Jesus desafia a crer inteiramente, verdadeiramente (v.25). Igreja como comunhão dos crentes é aquela que duvida de si mesma e confia totalmente na Graça e na providência, na ressurreição e na vida.

Sim. Precisamos escutar as diferentes opiniões e perceber a realidade, no entanto, não percamos as balizas que nos caracterizam como crentes, como discípulos, como igreja. Se focarmos apenas em tudo o que poderíamos fazer para não perdemos a comunhão e a unidade de nossa família e igreja, ficaríamos cansados e todos gostariam de ser "a cabeça" dessa igreja. No entanto, a Igreja tem origem em Cristo que, em primeira instância, chama, congrega, vocaciona e dá a fé (Jo 14.15ss). Diz Lutero que desde o começo o diabo tentou atrapalhar os planos de Deus, também a Igreja. Sopra lá e cá, mas Cristo esteve disposto até a morte para ressuscitar e provar que os planos de Deus são de amor, vida e esperança e não de sofrimento e escravidão, onde a alegria de um deus está em ver gente sofrendo e como súditos. Jesus nos chama por amigos. Ele se alegra quando agimos com humildade e nos tratamos por irmãos, como galhos da mesma videira que é Ele (Jo 15). A Igreja de Cristo, navegou por mares perigosos e enfrentou ventanias, assim como nos dias de hoje, porém para enfrentar as ondas e as tempestades Cristo mesmo prometeu: "Estou convosco todos os dias até o fim do mundo" (Mt 28.20).

Portanto, creiamos nessa promessa. Nós ajudamos na edificação, somos chamados e instruídos, mas não nos deixemos enganar, esquecendo os conselhos e os exemplos de Jesus, como bem lembra o apóstolo Paulo na carta de hoje: "Deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês" Rm 12.2b. Estamos todos no mesmo barco, todos carecemos da Graça, da bondade e do amor, de Cristo. Somos ajudantes, mas quem nos dá as forças é Deus. Ficamos dispersos e apavorados, mas Cristo é o nosso guia. Fomos chamados no batismo a ser sal e luz no mundo e, mergulhados na morte e ressurreição de Cristo, recebemos a condição de filhos e servos de Deus. Confiemos nossas comunidades à Graça de Deus, seu agir, seu tempo, seu Reino de paz e amor. Amém.



P. Angela Lenke
Vitória/ES
E-Mail: angelalenke@hotmail.com

Bemerkung:
Mateus 16. 13-20, Romanos 12.1-8


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