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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

21° Domingo após Pentecostes, 21.10.2007

Predigt zu Lucas 17:11-19, verfasst von Lindolfo Pieper

  

GRATIDÃO NAS OFERTAS

Lucas 17.17-18: "Então Jesus perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os outros nove? Não houve porventura quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?"

Era uma vez um homem que não tinha nada. Deus olhou para ele e lhe deu dez bananas. Deu-lhe três bananas para que ele se alimentasse. Deu-lhe três bananas para que ele comprasse uma casa. Deu-lhe três bananas para que ele trocasse por vestuário. E deu-lhe uma banana para que tivesse alguma coisa para mostrar a sua gratidão a Deus.

O homem fez conforme Deus lhe ordenou. Comeu as três bananas que era para comer. Foi lá e trocou três bananas por uma moradia. Usou as outras três bananas para comprar roupa.

Foi então que ele olhou para aquela que seria a décima banana. Olhou-a demoradamente. Logo começou a achar que aquela banana era diferente.

Era mais encorpada, mais brilhante, mais bonita. Ele se lembrou que tinha recebido esta banana para que tivesse alguma coisa com que agradecer a Deus pelas outras nove bananas recebidas. Mas, ela lhe parecia tão apetitosa.

Finalmente chegou a conclusão de que Deus não precisava daquela banana. Afinal, não era ele o dono de todas as bananas do mundo? Foi então que ele comeu a décima banana e devolveu para Deus o que sobrou: a casca!

Esta história, meio engraçada, nos mostra duas grandes verdades.

Primeiro: tudo é de Deus. Deus criou todas as coisas que há no mundo e colocou tudo a nossa disposição, para o nosso sustento. No Salmo 24 lemos: "Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém: o mundo e tudo o que nele habita". E através do profeta Ageu Deus nos diz: "Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos".

Lutero, no Primeiro Artigo do Credo Apostólico nos explica muito bem o que isso quer dizer: "Creio que Deus me criou a mim e a todas as criaturas; me deu corpo e alma, olhos, ouvidos, razão e todos os sentidos. Me dá vestes, calçados, comida, bebida, casa, lar, esposa e filhos, campos, gado e todos os bens. E ainda os sustenta".

Deus faz tudo isso não porque nós o merecemos, mas por causa da sua paterna bondade e divina misericórdia. Ele espera apenas que sejamos agradecidos a ele e que lhe devolvamos uma parte daquilo que ele nos deu como gratidão por tudo o que ele nos tem dado. Diz ele em Deuteronômio 8.11 a 18: "Guarda-te, não te esqueças do Senhor teu Deus para não acontecer que, depois de haveres edificado casas e morado nelas; depois de multiplicarem os teus bens, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, se eleve o teu coração e te esqueças do Senhor teu Deus. Porque é ele que te dá forças para adquirires riquezas".

E uma forma muito especial de agradecer a Deus é através das ofertas. Diz o Senhor em Êxodo 35.5: "Tomai do que tendes, uma oferta ao Senhor. Cada um com o coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao Senhor". E o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 16.2 acrescenta: "No primeiro dia da semana (dia de culto) cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá ajuntando o dinheiro para que não se faça coleta quando eu for".

O povo de Deus no Antigo Testamento entendeu muito bem isso: cada vez que eram abençoados com alguma coisa, separavam uma parte e ofertavam ao Senhor.

Logo no começo no mundo, ainda às portas do Éden, Caim e Abel, sentindo-se abençoados por Deus, armaram um altar e ofereceram sacrifícios ao Senhor em forma de mantimento e animais. Depois Noé, ao sair da arca, a primeira coisa que ele fez foi oferecer sacrifícios a Deus por haver lhe livrado da morte. Mais tarde, a partir de Abraão, o povo começou a ofertar com o dízimo.

Com quanto o povo do Antigo Testamento ofertava ao Senhor? Com 10%. No começo era voluntário, dava quem quisesse dar, como fazia Abraão. Depois Deus transformou isso em lei: todo mundo era obrigado a dar 10% para a igreja de tudo o que ganhava. Quem não o fizesse era apedrejado.

No Novo Testamento o povo continuou com este costume de ofertar uma parte de sua renda ao Senhor. Não só com 10%, mas muito mais. Diz-nos o livro de Atos dos Apóstolos que muitos chegavam a vender as suas propriedades, como o fez Barnabé, para ajudar o trabalho da igreja.

A oferta é um sinal de gratidão. Demonstra o quanto a pessoa ama a Deus e como está o seu interesse pelo trabalho da igreja aqui na terra.

Geralmente não são os ricos que ofertam mais ao Senhor, mas sim aqueles que estão mais interessados no trabalho da igreja, aqueles que sentem um maior amor ao Senhor e ao próximo.

Em segundo lugar: a história do homem das bananas nos mostra que o homem, na maioria das vezes, é mal agradecido a Deus. Só pensa em si mesmo. Gasta tudo o que tem no seu conforto e bem estar material. E, na hora de ofertar a Deus, só lhe dá as sobras, a casca.

Certa vez um pastor estava falando na igreja sobre a oferta, que todos deveriam contribuir para o reino de Deus. No fim do culto, uma senhora se aproximou do pastor e disse: "Pastor, eu gostaria muito de ofertar para a igreja, mas nunca me sobra nada". Ao que o pastor lhe respondeu: "Minha senhora, no dia em que sobrar alguma coisa, favor não ofertar, pois Deus não quer sobras, Deus quer o melhor de nós".

Aquilo que o pastor disse para aquela mulher está na Bíblia. Diz a palavra de Deus: "Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de todas as tuas rendas" (Provérbios 3.9).

Der não quer sobras. Deus não é nenhum mendigo que precisa, como Lázaro, aguardar as migalhas à porta daqueles a quem ele tem abençoado. Se não pudermos dar o melhor de nós a Deus, sobras Deus também não quer.

Por isso a importância de contribuir com uma certa porcentagem. Assim, quem tem muito, contribui com muito; quem tem pouco, contribui com menos. Ninguém fica sem contribuir.

E contribuir de acordo com a vontade de Deus traz muitas bênçãos. Muitas pessoas acham que contribuir bem para a igreja, empobrece. Mas é justamente o contrário.

Quem contribui com pouco, Deus castiga, tira o que tem e até o que não tem. Diz a Palavra de Deus em Provérbios 11.24: "Quem dá com abundância, Deus lhe acrescenta mais e mais. Mas o que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda".

De outro lado, quem contribui com muito, Deus lhe abençoa com mais e mais. Em Malaquias, capítulo 3, o profeta, depois de acusar o povo de roubar a Deus e afirmar que é por isso que eles estão sendo castigados com secas, pragas e outras coisas a mais, faz um desafio: do povo ofertar com 10% à igreja para ver se Deus não vai abençoar a sua vida. Diz o profeta: "Será que alguém pode roubar de Deus? E vocês me perguntam: Como é que estamos roubando? Vocês me roubam nos dízimos e nas ofertas. Todos vocês estão me roubando. E é por isso que eu estou amaldiçoando a nação toda. Eu, o Senhor, estou ordenando a vocês que tragam todos os seus dízimos para a igreja, para que haja bastante comida na minha casa. Ponham-me à prova, e verão como eu abrirei as janelas dos céus e farei cair sobre vocês bênçãos sem medida. Não deixarei que os gafanhotos destruam as suas plantações e as parreiras darão muitas uvas".

A nossa vida seria muito mais feliz e abençoada se aprendêssemos a ofertar conforme a vontade de Deus, se aprendêssemos a tirar uma certa porcentagem cada vez que ganhamos alguma coisa e o ofertássemos ao Senhor. Com certeza haveria menos praga, menos seca e mais chuva e melhor colheita no campo. E na cidade haveria mais emprego, mais dinheiro e menos contratempos.

O evangelho deste domingo lembra o dever de se agradecer a Deus quando somos abençoados por ele. Relata-nos o evangelista Lucas que certa vez Jesus curou dez leprosos. Nove foram para casa sem dizer nada a Jesus. Um apenas voltou para agradecer a Deus. E Jesus então pergunta: "Não eram dez os que foram curados? Onde estão os outros nove?"

Hoje o mundo não é menos ingrato. A porcentagem dos que reconhecem as bênçãos de Deus e o agradecem é a mesma dos tempos de Cristo. A grande maioria das pessoas não quer saber de Deus, não o agradecem pelas bênçãos recebidas.

Por isso Deus, ao abençoar o homem com bens materiais, tais como dinheiro, propriedade e riqueza, o adverte, dizendo: "Guarda-te para não acontecer que, depois de multiplicarem os teus bens... te esqueças do Senhor teu Deus".

Porém, o filho de Deus não age assim. O cristão reconhece que tudo o que ele tem vem de Deus. Por isso, em lugar de se esquecer de Deus, ele o agradece. O cristão agradece a Deus nas suas orações, quando louva a Deus pelas suas bênçãos. O cristão agradece a Deus na sua vida, quando procura fazer a sua vontade.

O cristão agradece especialmente a Deus nas suas ofertas, quando lhe devolve uma parte do que recebeu para que a igreja tenha meios a fim de propagar o evangelho de Cristo a todas as nações.

Hoje, após o sermão, cada um de vocês vai ter a oportunidade de ofertar ao Senhor com alguma coisa, como demonstração de sua gratidão a Deus pelas muitas bênçãos recebidas.

Vamos nos acostumar a ofertar sempre ao Senhor, em todos os cultos. Deus nos quer abençoar, mas quer que nós aprendamos a colocar em primeiro lugar as suas coisas na nossa vida.

O desafio que Deus nos faz é que, se lhe ofertarmos conforme a sua vontade, ele vai abrir as janelas dos céus e nos abençoar com bênçãos sem medida.

Guilherme Colgate aceitou o desafio de Deus. Ele era um menino pobre. Começou a contribuir com 10% para a igreja. E ele se tornou o dono da maior fábrica de pasta de dentes do mundo, que é a Colgate. Recentemente a Golgate comprou a Kollinos, que passou a se chamar Sorriso. Tudo isso por que Guilherme Colgate acreditou em Deus e aceitou o seu desafio de contribuir conforme as suas posses.

Não quer você também aceitar o desafio de Deus e contribuir conforme as suas posses, segundo a vontade de Deus?

Que Deus abençoe a sua decisão, a sua oferta, a sua vida e a sua família. Em nome de Jesus. Amém.



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
E-Mail: piperlin@uol.com.br

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