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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

22º Domingo após Pentecostes, 09.11.2014

Predigt zu Mateus 25:1-13, verfasst von Geraldo Graf

 

Irmãos e irmãs em Cristo!

Todos nós temos consciência de nossa existência entre o nascimento e a morte. Temos lembrança e experiência do nosso passado e temos expectativas ou temores quanto ao nosso futuro. Uma das condições que experimentamos no transcorrer de nossa vida é a espera: Pais esperam pelo nascimento de seu filho; crianças querem crescer logo; adolescentes esperam ansiosamente pelas férias escolares; jovens procuram por alguém com quem possa compartilhar matrimônio e vida; enfermos esperam pela recuperação de sua saúde... Cada um de nós espera por alguma coisa. Esperamos nós também por aquilo que virá depois da nossa vida terrena? Têm pessoas que nada esperam para depois da morte. Por isso, tentam aproveitar desesperadamente e egoisticamente todas as oportunidades durante a vida.

Todos nós temos momentos em que duvidamos de que possa haver outra realidade além desta que experimentamos e sofremos. E é justamente desta maneira de crer, ou deixar de crer, que depende a nossa preparação para o que há de vir. Se acharmos que tudo finda com a morte, as coisas do dia-a-dia passam a ser as mais importantes do nosso viver: comida e bebida, dinheiro e bens materiais, divertimentos e luxo.

Porém, por meio de palavra de Jesus Cristo, as Sagradas Escrituras despertam a nossa esperança: No fim da história, não reinarão a morte e a destruição, como nos é mostrado nos filmes de catástrofe. No fim dos tempos nos aguarda Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, e ele nos convidará para nos assentarmos à mesa da sua comunhão eterna. Esta é a esperança que ela quer despertar em nossos corações.

Jesus usa o exemplo da celebração mais bonita que nós conhecemos, a festa de casamento, para falar de nossa esperança. Quando ele vier, não mais haverá sofrimento, dor e morte. Nossas lágrimas serão convertidas em alegria e júbilo. Então estaremos para sempre com o Senhor.

Porém, Jesus também nos alerta por meio da parábola para a necessidade de preparação e vigilância. Ele aponta para a falta de azeite nas lâmpadas das cinco jovens insensatas. É justamente nisto que reside a diferença entre as jovens prudentes e as jovens insensatas: Tanto as prudentes quanto as insensatas foram ao encontro do noivo; todas levaram suas tochas acesas para conduzir o noivo; todas esperaram pacientemente e todas se cansaram e adormeceram durante a espera. Em todos estes aspectos elas eram exatamente semelhantes. Em Mateus 7.24ss., encontramos uma história parecida: O construtor prudente e o construtor insensato edificaram casas idênticas. Ambas permaneceram igualmente intactas durante o tempo firme. A diferença apareceu durante o temporal. A diferença estava nos fundamentos sobre os quais as casas foram construídas. Assim também aconteceu na história das dez jovens. Em tudo elas eram iguais, menos em um aspecto, que se mostrou crucial na hora da chegada do noivo: a reserva de azeite! Cinco jovens foram prudentes porque se preveniram com uma reserva especial de azeite para o caso de o noivo se atrasar, o que era provável por causa do costume da época. Cinco jovens foram insensatas porque só pensaram no agora e não acharam necessário preparar-se para um possível atraso do noivo. De forma semelhante acontece com a nossa vida cristã. Somos prudentes ou insensatos?

Na época em que Jesus contou esta história, era costume a noiva e os convidados aguardarem a chegado do noivo na residência dela. Jovens moças iam ao encontro do noivo para conduzi-lo à luz de tochas até a casa da noiva. Enquanto isso, o noivo negociava com os familiares da noiva o valor do dote que ele deveria pagar para poder casar com ela. Tal negociação costumava estender-se noite adentro. Para demonstrar o quanto a noiva lhes era valiosa e querida, os familiares elevavam o valor do dote a cada lance do noivo. Somente depois de as negociações estarem concluídas e as partes em pleno acordo, o noivo podia dirigir-se à casa da noiva para buscá-la. Nesse trajeto ele era conduzido pelas jovens com suas tochas acesas. Acompanhado de todos os convidados, o noivo retornava com a noiva para a casa dele, onde acontecia o casamento. A festa costumava demorar, então, uma semana.

Jesus conhecia muito bem tais costumes. Ele mesmo foi convidado para um casamento (João 2). Por isso, ele usou tal prática de casamento como exemplo para falar da necessidade de preparação e de vigilância para a espera do cristão pela vinda do Salvador.

Cinco eram as jovens prudentes. Cinco eram as jovens insensatas. A diferença entre as prudentes e as insensatas se evidenciou na hora de repor o azeite nas tochas, quando se percebeu a aproximação do noivo.

O azeite pode representar a justiça. No Antigo Testamento, pessoas eram ungidas com azeite, o que simbolizava a presença do Espírito Santo. Tais pessoas agiriam em consonância com a vontade de Deus para o bem do povo.

O azeite pode representar a fé, a confiança de que o Senhor está no controle de nossa vida e do nosso futuro.

O azeite pode representar o amor, que busca a presença de Deus continuamente e que se volta para o cuidado do próximo com este amor.

O azeite pode representar a esperança de que, além da realidade perceptível, existe uma nova vida preparada pelo Senhor para todos os que perseveram e esperam confiantes nele.

A fé, o amor e a esperança podem se desgastar como o azeite das tochas, se não forem continuamente alimentados e renovados. A ausência deles nos transforma em pessoas desesperadas, egoístas e imediatistas. Sofremos e fazemos os outros sofrer.

Por isso, Jesus nos conclama: Vigiem! Permaneçam preparados! Não deixem o azeite acabar nas suas tochas. Quem nos convida para a vigilância é aquele que pode renovar nossa fé, nossa esperança e nosso amor. ele também é o noivo que virá e que deseja encontrar-nos em espera ativa para conduzir-nos à grande festa preparada para todos que aceitam o seu amor. Amém



Pastor Geraldo Graf
Belo Horizonte –MG
E-Mail: g.graf@uol.com.br

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