Göttinger Predigten

Choose your language:
deutsch English español
português dansk

Startseite

Aktuelle Predigten

Archiv

Besondere Gelegenheiten

Suche

Links

Konzeption

Unsere Autoren weltweit

Kontakt
ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

24º Domingo após Pentecostes, 11.11.2007

Predigt zu Lucas 17:20-30, verfasst von Lindolfo Pieper

COMO NOS DIAS DE NOÉ

Lucas 17.25,26: "Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias em que Filho do homem se manifestar: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos".

Conta-se a história de um pesquisador que, não conseguindo encontrar ouro nas Montanhas Rochosas dos Estados Unidos, atravessou o sudoeste, até que chegou a uma parada abrupta, à beira do Grand Cayon e ficou espantado com o que viu: um grande abismo, com mais de 1700 metros de profundidade, com quase 100 quilômetros de largura e cerca de 170 quilômetros de comprimento. Respirando fundo, ele disse: "Algo deve ter acontecido aqui!".

De fato, algo tinha acontecido ali. Garimpeiros de toda parte do mundo tinham ido até aquele local e escavaram aquele imenso buraco em busca de ouro. Ali estava a marca.

Ao olharmos para o nosso mundo, vendo tantos contrastes na natureza: de um lado altas montanhas, de outro lado imensas crateras, com climas dos mais diversos, resultado de uma grande catástrofe mundial, pronunciamos palavras semelhantes às do pesquisador: "Algo deve ter acontecido aqui!"

A Bíblia nos registra um fato histórico, acontecido há muitos anos atrás, que ninguém pode negar. Refiro-me ao dilúvio.

Muitos têm procurado negar a existência de um dilúvio universal, mas não têm conseguido. Pois, por onde quer que se vá, encontra-se sinais deste grande acontecimento, porque o dilúvio deixou marcas em todo mundo.

Se cavarmos, por exemplo, um buraco nós vamos ver que a terra é formada de diversas camadas: uma de cor vermelha, outra amarela, outra roxa e ainda outra mais escura. E, para a nossa surpresa, de vez em quando, vamos encontrar pedaços de carvão ou madeira petrificada.

Perguntamos: Como pode isto ter acontecido, da terra ficar com diversas camadas? E quem enterrou aqueles pedaços de carvão lá no fundo da terra? A resposta só pode ser uma: o dilúvio.

Quem for visitar algumas montanhas na América do Sul, ficará surpreso com as marcas de peixes lá no alto das pedras. Ou ainda vai ver, em cima dessas montanhas, pequenos lagos com peixes lá dentro.

Como isso aconteceu? Quem colocou esses peixes em cima dessas montanhas? A resposta só pode ser uma: o dilúvio.

Mas, uma das maiores provas da existência do dilúvio é o petróleo; esse petróleo que está custando cada vez mais caro e que um dia vai acabar. Vocês sabem de onde vem ou de que é feito o petróleo? O petróleo é o resultado de animais e vegetais decompostos e soterrados há vários anos.

Um arqueólogo resolveu certa vez reabrir uma cisterna no seu quintal, que havia sido entupido com restos de comida, lixo e animais há muitos anos atrás. E, para a sua surpresa, não encontrou lá no fundo do poço madeira e lixo, mas petróleo.

Mas há ainda um fato mais importante no petróleo: onde existem as maiores minas de petróleo no mundo?

No Oriente Médio. Exatamente onde o mundo teve o seu início e onde havia uma quantidade maior de moradores na época do dilúvio. E no Oriente Médio há tanto petróleo que é possível encontrar minas até por cima do chão.

Não é surpreendente isso que, exatamente no Oriente Médio, onde o mundo teve o seu início, onde existia a maior população na época e onde o dilúvio aconteceu com maior intensidade, que hoje existe a maior produção de petróleo no mundo?

Os cientistas sabem disso. Como então alguns ainda querem negar que um dia existiu o dilúvio?

Os que negam o dilúvio não o fazem porque não acreditam que existiu um dilúvio, mas é porque eles querem com isso negar a existência de Deus. Eles pensam o seguinte: "Se o dilúvio de fato existiu, então o que a Bíblia diz é verdade. E se a Bíblia diz a verdade, então também é verdade que Deus existe, pois a Bíblia fala muito nele".

Também não é que eles não acreditam em Deus, pois diz a Bíblia que só um louco é capaz de fazer isso. Eles procuram negar a existência de Deus para com isso acalmar a sua consciência, que os acusa dizendo que um dia vão ter que prestar contas a Deus por tudo o que fizeram na vida. E isso eles não querem.

Mas Deus realmente existe e o dilúvio é verdadeiramente um fato histórico, algo que realmente aconteceu, deixando as suas marcas pelo mundo afora.                                           

Relata-nos a Bíblia que, logo após a queda do homem em pecado, na medida em que os homens iam povoando a terra, também iam se multiplicando os seus pecados.

E o pecado se multiplicou de tal maneira sobre a terra que Deus se arrependeu de haver feito o homem. Assim lemos em Gênesis 6: "Viu o Senhor que a maldade do homem havia se multiplicado sobre a terra, e que era mau todo o desígnio do seu coração. Então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração".

Ninguém queria saber mais nada de Deus. Só queriam viver para si, gozar os prazeres que o mundo oferece e se afundar no pecado. Cometiam-se crimes, roubos e adultério sem que ninguém se importasse. E o que era pior: zombavam abertamente de Deus e chamavam de louco quem dissesse acreditar nele.

O mundo hoje está muito parecido como nos dias de Noé. Também hoje os homens zombam de Deus, desprezam a sua palavra e riem dos que se dizem cristãos.

A maldade do homem está se multiplicando sobre a terra: crimes, roubos, assaltos, prostituição são comuns na nossa época. Por qualquer coisa se tira a vida de uma pessoa, estraga-se a família alheia e se lança os outros em dificuldade. Quase ninguém mais quer saber nada de Deus. Só querem viver em pecado e gozar os prazeres da carne.

E, por causa da maldade do homem, Deus resolveu destruir o mundo, porque os homens haviam se tornado insuportáveis diante dos seus olhos. É o que lemos em continuação no livro de Gênesis: "Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito"  (Gênesis 6.7).

E Deus então promete enviar um grande dilúvio à terra, para acabar com tudo. Mas, quando ele quer fazê-lo, encontra um homem que ainda confia nele e faz a sua vontade. Esse homem é Noé.

Por isso Deus manda Noé construir uma grande arca, para poder entrar nele: ele, a sua esposa, os seus filhos e um casal de cada espécie. E Deus lhe dá um prazo de 120 anos.

Nesse prazo de 120 anos Noé devia construir a arca e ao mesmo tempo chamar o povo ao arrependimento.

E assim Noé começou a construção da arca. E, à medida que a construía, ia também chamando o povo ao arrependimento. Cada martelada que Noé dava na construção da arca era um testemunho da parte dele do juízo de Deus.

Porém os homens rejeitaram o convite de Deus e não quiseram saber nada de se arrepender e entrar na arca. Pelo contrário, continuaram zombando de Deus e a desprezar a sua palavra. Achavam uma grande besteira o que Noé estava fazendo: construir um navio em terra seca, onde até então não se conhecia chuva.

A mesma coisa está acontecendo nos dias de hoje. Deus está enviando os seus servos pelo mundo a fora a fim de chamar os homens ao arrependimento. Deus está dizendo que vai destruir o mundo, que vai derramar fogo sobre a terra.

E, assim como nos dias de Noé, Deus também tem uma maneira de salvar os homens. Deus preparou Jesus. Jesus é a arca, a solução e a proteção contra o fogo do juízo de Deus. Quem não estiver com Jesus, será atingido pelo fogo e lançado para dentro das chamas do inferno.

É isto que Deus manda anunciar. É isto que os pastores, missionários e evangelistas em toda parte do mundo estão anunciando: o juízo de Deus e a salvação que há em Cristo.

Mas, tal como nos dias de Noé, também hoje os homens continuam a rejeitar a graça de Deus. Não querem saber nada de Deus, de igreja e da sua palavra. Querem, isto sim, viver em pecado e gozar os prazeres da carne.

Exatamente como nos dias de Noé. E o juízo de Deus vem aí. Se os homens não abrirem os seus olhos e não acordarem do sono do pecado, vão ser surpreendidos pelo fogo do juízo de Deus.

Foi o que aconteceu no dilúvio. Diz a Bíblia que, vencido o prazo que Deus dera aos homens, Deus mandou Noé entrar na arca, junto com os animais, e abriu as janelas dos céus. E bombas e mais bombas de água começaram a cair sobre a terra, destruindo e inundando tudo, chegando a encobrir até os mais altos montes.

E os que estavam lá fora, que não acreditavam em tal coisa, arrumaram a maior confusão. Uns subiram em cima das árvores, outros fugiram em direção aos montes e outros ainda correram para onde estava a arca, bateram na porta, pedindo por amor de Deus para que Noé lhes deixasse entrar.

Mas era tarde. Não souberam aproveitar o tempo que Deus lhes havia dado. E tiveram que morrer afogados.

Esta cena vai se repetir no dia do Juízo Final. Deus está dando oportunidade para todos abandonarem os seus pecados e aceitar a salvação que ele nos preparou. Hoje Deus está enviando mensageiros para toda parte do mundo para dizer a todos que ele vai destruir este mundo, que é preciso abandonar o pecado e aceitar a Cristo como Salvador.

No entanto, os homens pouco estão ligando para o que Deus está mandando anunciar. Uns nem acreditam no Juízo Final. Outros, embora dizerem acreditar, vivem como se esse dia nunca viesse acontecer.

Por isso vai ser uma confusão de todo tamanho. Quando tocar a trombeta e Cristo aparecer no céu com poder e grande glória, uns vão correr e fugir de medo, outros vão se esconder nas cavernas, outros vão pedir que os montes lhes encubram, e outros ainda vão jogar os seus santinhos fora. É o que lemos em Isaías 2: "Então os homens se meterão nas cavernas das rochas e nos buracos da terra, ante o terror do Senhor e a glória da sua majestade. Naquele dia os homens lançarão fora os seus ídolos de prata e de ouro e meter-se-ão nas fendas das rochas ante o terror do Senhor e a glória de sua majestade, quando ele vier para espreitar a terra".

Quem sabe, quantos nesse dia não vão correr em busca da igreja e bater nas suas portas, pedindo por amor de Deus que abram as portas para eles, pois estão arrependidos do que fizeram.

Mas será tarde. Tarde porque o tempo da graça já é passado e não há salvação para mais ninguém. Resta-lhes ouvir apenas a sentença final: "Apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos".

Por isso, não brinquemos com a paciência de Deus. Deus é longânimo e compassivo. Mas a sua paciência tem limite. Quando menos esperamos, a buzina do Juízo Final estará tocando. E para isso precisamos estar preparados. Diz o apóstolo Paulo: "E digo isto a vós outros que conheceis o tempo, que já é hora de despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas, e revistamos-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências" (Romanos 13.1-14).

Precisamos estar preparados sempre: crendo em Cristo, evitando o pecado e procurando viver de acordo com a vontade de Deus.

Então, em vez de fogo, castigo e condenação eterna, Jesus nos dirá: "Vinde, benditos do meu Pai: entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo".

Que Deus nos conceda esta graça. Em nome de Jesus. Amém.



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
E-Mail: piperlin@uol.com.br

(zurück zum Seitenanfang)