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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

24º Domingo após Pentecostes, 11.11.2007

Predigt zu Lucas 19:1-10, verfasst von Horst R. Kuchenbecker

  

A conversão de Zaqueu

A riqueza é, sem dúvida, uma grande bênção de Deus, mas ela pode ser também um grande empecilho para a da salvação. Jesus disse: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus (Mt 19.24).

Isto, no entanto, não significa que Jesus fechou a porta da vida, o céu para os ricos. Também não significa que os ricos precisam abrir mão de toda sua riqueza se quiserem ser salvos. Temos diversos exemplos de pessoas ricas que chegaram e perseveraram firmes na fé, atuando expressivamente no reino de Deus. Isto não por seu poder, ou inteligência, mas pela graça de Cristo.

Zaqueu é um bom exemplo disso. Jesus o buscou e salvou; assim ainda hoje busca e chama as pessoas e também os ricos. Há urgência nesta missão de proclamar a palavra de Deus a ricos e pobres pra salvação.

História. Em sua última viagem a Jerusalém, Jesus passou pela cidade de Jericó. Grande multidão de pessoas o acompanhava, pois a cura de um cego à porta de Jericó havia alvoroçado a cidade e muitos foram procurá-lo. (Outros dois cegos, Jesus curou ao sair da cidade (Mt 20.29,30).

A notícia da presença de Jesus chegou também ao escritório de Zaqueu, chefe dos cobradores de impostos. Ele já havia ouvido muito a respeito de Jesus. E o que ele ouvira a respeito de Jesus perturbou sua consciência. A riqueza já não lhe dava prazer. Ele ansiava por paz com Deus. Por isso, ao ouvir a notícia de que Jesus, o Filho de Deus, estava passando em Jericó, correu para a rua.

E não foi simples curiosidade que o impulsionou para ver Jesus. Ele estava ansioso por conhecê-lo em busca de paz. Sendo homem de pequena estatura, subiu num pé de cinamomo, à beira do caminho, para poder ver melhor a Jesus.

O que deve ter passado pela cabeça de Zaqueu ao ver de longe a chegada de Jesus? Seria este homem simples e pobre o Filho de Deus, o Messias prometido? Qual não foi sua surpresa, ao Jesus passar por ele, olhar para cima e dizer: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa (v.5).

Perguntas cruzaram como um raio sua mente: Como ele soube o meu nome? Não vi ninguém lhe dizer: Olha ali, Zaqueu! Este chamado de Jesus o convenceu de ser Jesus o onisciente Filho de Deus, o Messias. E ainda mais. O chamado de Jesus para descer e ficar em sua casa, era o chamado gracioso do Filho de Deus, que conhecia os anseios do seu coração. Este chamado já era o anúncio da absolvição.

Recordam, ao Jesus chamar jovem rico, Jesus lhe ordenou que fosse vender seus bens e viesse segui-lo, porque sabia que estes bens eram os ídolos do jovem. Mas aqui, com Zaqueu não ordena a venda dos bens. A Palavra estava atuando no coração de Zaqueu, seus olhos e seu coração estavam fixos em Jesus.

Zaqueu desce a toda a pressa e o recebeu com alegria (v.6). O povo a sua volta, no entanto, vendo isso, murmurou contra Jesus, dizendo: Ele se hospeda com homem pecador. Impressionante! Ao homem natural, aos nobres cheios de justiça própria, aos orgulhosos a graça e o amor de Deus é chocante. É escândalo. É loucura (1 Co 1.23).

Zaqueu não se deixou perturbar pelo murmúrio e talvez até gritos de protesto da multidão. Ele recebeu Jesus em sua casa. E ali, talvez na hora da janta, em determinado momento, Zaqueu se prostrou diante de Jesus e declarou: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Então Jesus lhe disse: Hoje houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão (v.8,9).

Isto mostra que a riqueza já não era mais seu ídolo. Seu coração fora regenerado pela fé na graça de Cristo.

Mesmo sendo a riqueza um grande obstáculo para a salvação, lembramos o que Jesus disse: Mas para Deus não há impossíveis. A graça de Deus pode regenerar também corações de ricos. E Jesus o confirmou ao dizer: Hoje houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem meio buscar e salvar o perdido (v.9,10).

Antes era filho só segundo a carne, mas agora verdadeiro filho de Abraão, membro da família de Deus pela fé na graça de Cristo.

Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido. Este trabalho continua até hoje e se processa pela proclamação do evangelho, conforme sua ordem: Ide fazei discípulos de todas as nações, quer sejam ricos ou pobres.

Assim como Jesus disse a Zaqueu: Pois me convém ficar hoje em tua casa, (v.5) assim Jesus quer entrar ainda hoje em muitos lares e corações para ali anunciar perdão, vida e salvação, conduzir ao arrependimento e à fé na graça. Ainda é tempo da graça, para que o evangelho seja proclamado. Para que todo o que ouvir sua voz, se arrepender de seus pecados e se apegar ao perdão de Jesus, tenha vida e eterna salvação. Pois quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus (João 3.18 RA).

Há também hoje ainda muitos ricos que estão sentados em seus escritórios, cercados de muita riqueza, mas seus corações estão vazios, temerosos, ansiosos e anseiam por paz, não sabendo onde encontrá-la.

Os muitos clamores na multidão a respeito de Jesus os deixam perturbados e cheios de dúvidas a respeito de Jesus. Não há quem lhes anuncio Cristo com clareza e os guia a Jesus, que os convida, dizendo: Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei (Mt 11.28). Que disse pelo profeta: Se o perverso se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer o que é reto e justo, certamente, viverá; não será morto (Ezequiel 18.21 RA).

Jesus também quer que confessemos nosso arrependimento e nossa fé. Se alguém está verdadeiramente triste por causa de seus pecados e grato a Deus pelo perdão, este também estará pronto a reparar o mal que fez, corrigir sua vida e restituir.

Sim, restaurar o roubado, devolver com juros. Isto parece que hoje está fora de moda. Mas pessoas convertidas não podem, nem querem ficar com coisas roubadas, nem no seu bolso, nem na sua consciência, não querem continuar em sua vida pecaminosa.

Lembramos a história de Abraham Lincoln, que por um descuido cobrou a mais por uma mercadoria. Ao notá-lo, ele ficou tão perturbado que caminho quilômetros a pé, a fim de devolver o excedente que tomou por descuido. Ao Zaqueu ser chamado por Jesus e perdoado, ele demonstrou publicamente seu arrependimento e seu novo propósito de vida. Importa que o mundo veja ainda hoje nossos verdadeiros frutos da fé. De que Cristo habita em nossos corações.

Em sua graça Deus nos concedeu a palavra clara e pura, como a temos exposta em nosso Catecismo Menor e na Confissão de Augsburgo, bem como nos hinos de nosso Hinário. Eles são o verdadeiro fundamento de nosso lar e da Comunidade. Importa que os conheçamos bem e falemos disto em meio à nossa família, a nossos amigos. Dar o Catecismo Menor a um amigo ou o nosso Hinário, com a recomendação de que os leia e compare os versículos na Bíblia é o maior presente que podemos dar a alguém. Esta é nossa missão. E nisto há pressa nestes dias finais.

Que Deus nos conceda sabedoria, força e coragem para este sublime trabalho, a fim de conduzir muitos a Cristo, para que Cristo possa entrar em seus corações e lares. Amém.     

 



Horst R. Kuchenbecker
São Leopoldo, RS - Brasil
E-Mail: horstrk@cpovo.net

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