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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

2º domingo de Advento, 09.12.2007

Predigt zu Romanos 15:1-13, verfasst von Horst R. Kuchenbecker

   

Cristãos carregam as fraquezas dos irmãos

Segundo domingo de Advento. Há sons de festas no ar. Ruas e lojas nas cidades enfeitadas para o Natal. Em toda a parte ouvimos canções natalinas nos mais diferentes estilos.

No Natal os cristãos celebram o amor de Deus revelado pelo envio de seu Filho unigênito, Jesus Cristo, nascido na virgem Maria, na cidade de Belém, da Judéia.

Para refletir um pouco este amor de Deus, nós cristãos costumamos dar presentes no Natal a nossos queridos. Que em si é um bom costume. Mas sobre tudo, advento é um tempo no qual meditamos sobre o amor de Deus para nosso consolo, esperança e crescimento no amor ao nosso próximo. O apóstolo Paulo expressa isto assim em nossa epístola: "Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus" (v.5).

Isto nos leva a refletir hoje sobre o tema: Cristãos carregam as fraquezas dos irmãos e louvam unânimes a Deus.

De fato, todos os que se chamam cristãos, os que crêem de coração em Cristo Jesus como seu único e suficiente Salvador, estes são chamados de filhos de Deus.

Estes seus filhos Deus cerca com seu ardente amor no dia-a-dia. Esses filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus amam a Deus no próximo. Estes filhos de Deus amam a Deus. Eles amam a Deus de coração. Eles ainda não o amam como deveriam, nem como gostariam. Eles amam mesmo que ainda em meio a muitas fraquezas. Mas eles amam a Deus no próximo, pois foram e são amados pelo Pai e este amor os impele diariamente a amar.

Isto se revela especialmente na convivência com os irmãos na Comunidade. Pois numa comunidade cristã há pessoas fortes e fracas no conhecimento, fortes e fracos no amor, atuantes e pouco atuantes.

Assim o foi na comunidade cristã em Roma. Ali havia judeus que desde a infância foram instruídos na palavra de Deus, que conheciam de cor a lei de Deus, os salmos e muitas profecias. E havia cristãos que provieram dos gentios. Que se criam em meio às idolatrias e falsos deuses e conheciam pouco da palavra de Deus. Eles tinham pouco conhecimento de Deus. Eles receberam certo conhecimento da lei que lhes dizia que serem pecadores condenados e foram instruídos a respeito do amor de Deus em Cristo, para consolo e esperança da vida eterna, mas ainda eram neófitos.

Assim havia pessoas com grande conhecimento da palavra de Deus e pessoas com pouco conhecimento, pessoas fortes e pessoas fracos na fé. Esta convivência requeria dos mais fortes muita paciência para com os fracos. Cabia aos mais fortes carregarem as fraquezas dos mais fracos, como Cristo carregou todas nossas fraquezas.

Os mais fortes devem carregar as fraquezas dos mais fracos "como se fossem suas próprias fraquezas", para assim com muita paciência e amor fortalecer os mais fracos para crescerem também. E isto não para agradarem a si mesmos ou para se vangloriarem, mas para servirem a Deus, despretensiosamente, no próximo, para o bem do próximo.

O Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo "sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus" (v.5). Qual foi o sentir de Jesus? Qual foi o seu sentimento para com os pecadores e fracos?

Jesus não viveu para si, mas para os pecadores. Jesus recebeu a nós pecadores e tomou nossas fraquezas e pecados sobre si. Lemos: "Ele recebe pecadores e come com eles. Por isso o salmista afirmou: "As injúrias dos que te ultrajam caem sobre mim" (Sl 69.9). E o apóstolo Paulo diz: "Tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras tenhamos esperança" (v.4).

Sabemos quantas fraquezas existem numa congregação, tanto entre os membros como entre os pastores. Quantas discussões em assembléias e convenções. Por vezes até com palavras muito ásperas que provocam amarguras e ressentimentos.

Para suportar tudo isso, precisamos de muita paciência e esperança. Para tanto precisamos olhar para Cristo e meditar em sua palavra e pela palavra ele nos concede força para em paciência e esperança suportar as fraquezas, não nos ressentir e sair de reuniões amargurados.

Mas com paciência e amor suportar e lutar em oração, com palavras de admoestação e de consolo, e com muito amor procurar fortalecer os fracos, para que em conjunto e unidade possamos louvor a Deus.

Para que este louvor suba a Deus de forma unânime importa que tenhamos em nós o mesmo espírito de Cristo e os fortes recebam os fracos e os carreguem. E então se concretizará o que disse o salmista: "Glorificar-te-ei, pois, entre os gentios, ó Senhor, e cantei louvores ao teu nome" (Sl 18.50). "Louvai ao Senhor vós todos os gentios, louvai-o todos os povos" (Sl 117.1). "Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor" (Is 11.1,2).

Assim Cristo nos recebeu e recebe a todos nós, jovens e idosos, fortes e fracos no conhecimento, fortes na fé e os que vacilam, os que são abundantes em boas obras e os que ainda são parcos no amor. E todos devem se amparar mutuamente e louvar a Deus.

O Deus que nos amou, encheu nosso coração de paz, alegria e de esperança nos fortaleça para suportarmos e carregarmos os mais fracos e louvarmos unânimes a Cristo, confessando seu nome. "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está nos céus" (Mt 5.16). Para que os de fora possam dizer: "Vede como se amam".  Amém. 

 

 

 



Horst R. Kuchenbecker
São Leopoldo, RS ? Brasil
E-Mail: horstrk@cpovo.net

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