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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

1º DOMINGO APÓS EPIFANIA, 10.01.2016

Predigt zu Romanos 12:1-8, verfasst von Dari Jair Appelt

Graça e Paz a vocês que vieram em busca de orientação

para a vida de fé. Amém.

 

Prezada Comunidade, irmãs e irmãos em Cristo!

Muitos foram os votos compartilhados por um ano novo com saúde, paz, esperança... É grande a expectativa em todos os setores. O novo ano preocupa devido a crise econômica e política. É um ano de desafios que comprometem a todos que anseiam por um novo tempo de paz com justiça, de mais respeito às diferenças e menos preconceitos. Também nós, como Igreja precisamos colaborar e ajudar na preservação da vida e na realização dos votos que trocamos. É também um ano oportuno para semear gratidão e colher bênçãos. Nas comunidades queremos nos unir no resgate de membros e no cuidado mútuo. Mas, para que tudo o que desejamos uns aos outros possa acontecer e nossos sonhos tornarem-se realidade a gente precisa confiar na graça de Deus que nos liberta para servir, planejar a caminhada e agir. Só que tem um detalhe, sem a palavra de Deus corremos o risco de ficar caminhando em círculos.       

        Neste 1º domingo após Epifania rememoramos o Batismo do Senhor e também a nossa integração na família cristã onde experimentamos comunhão. A série ecumênica sugere o texto de Isaías 43:1-7 como base para a pregação, mas optei por usar a alternativa para refletir nesta oportunidade sobre o ser comunidade.

        Compreendemos a igreja como um só corpo. Viver em comunidade permite que enxerguemos um pouco além das aparências. E, é a palavra de Deus que nos ajuda a perceber as coisas e a ter olhos que identificam a necessidade do outro. O apóstolo Paulo escreveu na sua carta aos romanos cap.12 vers.1-8 o seguinte: (Leitura do texto)

        Observaram quantos conselhos o apóstolo dá aos membros da comunidade! “Por causa da grande misericórdia divina... por causa da bondade de Deus... “ não vivam de qualquer jeito, deixem que Deus os transforme, que mude a mente de vocês para que possam conhecer a vontade de Deus, o que é bom, perfeito e agradável a ele... pensem com humildade; usem a fé como critério para avaliar seus atos. Observem o corpo e como há cooperação entre seus membros e órgãos. Unidos com Cristo somos como um corpo, estamos unidos uns aos outros e temos dons, ou seja, por graça de Deus temos a capacidade de nos ajudar mutuamente e dar testemunho do amor de Deus que nos reuniu, abraçou no batismo, nos vocacionou e capacitou. Anunciar a mensagem de Deus, servir, ensinar, animar os outros, partilhar o que temos com generosidade, usar a autoridade com cuidado, ajudar os outros com alegria, são alguns dos dons citados no nosso texto. Mas há ainda muitos outros que, quando usados motivados pela graça que Deus nos deu, fazem uma grande diferença na vida e em todos os ambientes de convívio. Se colocarmos em prática os conselhos que a palavra de Deus nos oferece, certamente haverá mudanças significativas em nossos relacionamentos e ambientes e, quem sabe nas estruturas sociais!

DINÂMICA:

Mostra uma rosa e pedir que a comunidade observe sua beleza.

Diálogo: o que vocês acham, quantas pétalas esta rosa tem?

(Chamar as crianças para virem à frente e ajudar a contar)

Arrancar as pétalas, uma a uma, deixando-as cair no chão.

(Motivar as crianças a contar, em voz alta, as pétalas que vão sendo arrancadas.)

( O recurso é para despertar curiosidade sobre a pregação).

Concluindo: agora temos muitas pétalas, mas não temos mais uma rosa. Pena! Ela era tão bonita. Uma pétala sozinha, ou mesmo juntando todas elas, não tem mais a mesma beleza da rosa.

        O mesmo acontece conosco. Individualmente, cada um/a de nós pode estar bem. Mas, viver em comunidade é muito melhor. No caso da rosa: nenhuma pétala é igual. Mas elas estão ordenadas, a partir do centro (Cristo está no centro da Comunidade de fé), onde uma protege a outra. A partir do seu centro as pétalas têm firmeza e formam uma unidade bonita: a rosa. Penso que Martin Luther, o reformador da igreja, ao usar uma rosa como simbologia para exemplificar o amor de Deus e a fé cristã, foi muito sábio.

        No caso das pessoas: somos muito diferentes umas das outras, uns dos outros, com limites e dons. Formamos a igreja, o corpo de Cristo. Separados, somos rosa despedaçada. Juntos e juntas, formamos uma bonita rosa (apresentar a outra rosa que estava escondida e colocá-la no lugar daquela que foi despedaçada). Viver em comunidade permite que desenvolvamos nossos dons, onde nossos limites não são problema; onde nos sustentamos mutuamente e onde conseguimos enxergar um pouco mais longe, para dentro do coração.

 

        E, por falar em coração, lembro-me da palavra bíblica: “Porque as pessoas vêem as aparências, mas Deus vê o coração” (1Sm 16:7b). Confiando na graça de Deus e no potencial que temos como comunidade, corpo de Cristo, somos livres para servir e nos ajudar mutuamente no enfrentamento do que o ano novo nos reserva promovendo sinais de paz e de graça e contribuindo na missão do Senhor Jesus, o amado Filho em quem o Pai tem alegria.

Deus sabe o que se passa no interior da gente, em nossa mente e coração! E nos confia tarefas como membros do corpo de Cristo. Somos convidados a respeitar nossas diferenças e valorizar os dons; observar em nosso contexto e planejar a caminhada sob a graça de Deus; olhar com atenção, com carinho, com olhos de Cristo Jesus para as situações em que falta um raio de luz e fazer acontecer a vontade de Deus, que enviou seu amado Filho para que todas as pessoas possam ter uma vida digna e usufruir de suas dádivas e oferta de Paz na terra.

        Para Deus, a vida digna inicia com um aprender a olhar de outra maneira. Para poder ver a luz e ser luz para os outros, teremos que aprender a ver com o coração; confiar na promessa de salvação; não ter medo do que nos aguarda e lembrar sempre do que Deus fez o profeta Isaías anunciar: “Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.” (Isaías 43:1). Deus mesmo que nos proteger e orientar no exercício da nossa vocação como membros do corpo de Cristo, família do Senhor!

        Como exemplo, um breve e recente fato: Um menino de oito anos com deficiência física, num programa de televisão, comentou que, ao olhar-se no espelho se fixava em tudo o que o seu corpo era capaz de realizar, apesar da ausência de suas pernas. Desde pequeno sentiu que Deus lhe concedia a possibilidade de redescobrir as capacidades do seu corpo e não suas limitações.

        Isso nos indica que, devemos olhar as capacidades e não lamentar deficiências. Isso nos permite redescobrir no outro e em nós mesmos aquilo que Deus depositou em nós, ao criar-nos à sua imagem e semelhança e nos conceder dons para melhor servir na sua causa e continuar a sonhar com um mundo mais justo e fraterno.

        Como pessoas cristãs somos motivados a ser esperança na vida daqueles que a perderam. Somos enviados a colocar em prática essa esperança desde nossas atitudes, nossas decisões, nossos olhares, nossas palavras, nosso silêncio. Somos chamados a semear esperança, com atitudes e palavras no meio das aparências do mundo em que vivemos. Como comunidade cristã, corpo de Cristo, somos convidados a repensar nossas relações, a promover reconciliação, inclusão e comunhão. Acolhendo os conselhos que a palavra de Deus nos oferece vamos descobrindo mais e novos formas de dar conta da missão que o Senhor da Igreja nos delegou.

        Que o Senhor nos ajude a entender nosso desafio cristão: “aprender a olhar ao coração e não deixar-nos levar pelas aparências”. Que o Espírito Santo nos capacite para fazer bom uso dos dons que nos foram confiados e a servir com gratidão a Deus por seu amor. Amém.



Pastor Dari Jair Appelt
Santa Catarina
E-Mail: darijaiir@yahoo.com.br

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