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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3° Domingo de Advento, 16.12.2007

Predigt zu Mateus 11:2-1, verfasst von Horst R. Kuchenbecker

 

João envia mensageiros a Jesus

Advento é tempo de preparo e espera. Mas preparar-se como e para que? O que se espera? Dias melhores? Paz material. Uma nova ordem mundial? Ou o arrebatamento e o Milênio, como os "profetas celestiais" o anunciam. Um tempo em que Jesus há de voltar para estabelecer seu trono em Jerusalém e dali governar o mundo, como muitos sonham?

Qual é nossa grande expectativa? Aguardamos a vinda de Cristo em glória, não para o milênio, mas para julgar vivos e mortos e, então, criar o novo céu e a nova terra, na qual, sim, habitará justiça, paz e felicidade eterna.

Mas enquanto peregrinarmos neste vale de lágrimas importa estarmos preparado em arrependimento e fé, e lutar por vida santificada. Mas nesta caminhada surgem muitas vezes dúvidas. O Evangelho nos mostra uma dúvida dos discípulos de João Batista. Vejamos.

1. A Dúvida. Por ordem do rei Herodes, João Batista foi lançado na prisão em Maquero, do outro lado do rio Jordão, ao norte do mar Morto. Não tanto por vontade do rei, mas para atender o capricho de sua mulher. Muitos de seus discípulos seguiram a Jesus, alguns permanecerem com João Batista, o visitavam e lhe prestavam assistência na prisão. Traziam a ele as notícias a respeito da evolução do reino de Deus. Diz nosso texto: "João, quando ouviu no cárcere falar das obras de Cristo...".

João acompanhava atentamente os passos de Jesus. Ele ouviu a respeito das obras de Cristo, de suas pregações e de seus milagres. Mas seus discípulos lutavam com dúvidas. Será Jesus de fato o Messias? Se ele é o Messias, por que não ajuda a João, seu antecessor? Por que o deixa em estado tão deplorável na prisão? Podemos imaginar. João Batista tinha a idade de 30 ou 31 anos e pela prisão foi interrompido bruscamente no seu ministério. Ele, na verdade, havia dito: "Importa que ele cresça e eu diminua".

Então João Batista manda seus discípulos a Jesus com a pergunta: "És tu aquele que estava por vir, ou havemos de esperar outro?" Uma pergunta interessante. Será que João Batista estava com dúvidas a respeito de Jesus?

De primeira vista parece que sim, e muitos o interpretam dessa forma. De fato, um profeta, como qualquer cristão, não é um super-homem. Ele com tem sua natureza carnal como todo o cristão, que constantemente levanta dúvidas e tenta para a incredulidade.

Mas se lermos o texto atentamente, vamos notar que João não perguntou por ele estar com dúvidas a respeito de Jesus. Foi antes uma pergunta didática, para conduzir seus discípulos, que duvidavam, a Jesus, para nele encontrarem a resposta. O contexto nos mostra isso. Pois Jesus testemunhou a respeito de João Batista e afirmou: "Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?... um profeta? Sim, eu vos digo, e muitos mais que um profeta... Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista" (v.7-11).

Isto nos faz concluir que a dúvida não estava com João Batista, mas com os discípulos de João que não compreenderam o procedimento de Deus, que se sentiram frustrado em suas expectativas.

Não sentimos isto muitas vezes também? Não compreendemos os caminhos de Deus. Se Deus nos ama, por que nos dirige por caminhos tão difíceis? Por que tanto sofrimento? Quando tais perguntas nos martirizam, o melhor caminho é irmos diretamente a Jesus que encontramos em sua Palavra. Importa ler os Salmos, os Evangelhos e suplicar a Jesus pelo fortalecimento da fé.

2. "És tu o que havias de vir?" És tu o Messias? Jesus aponta para seus milagres que comprovam sua divindade, apesar de estar ali humilde e pobre. Sim, ele é o Messias.

"Aos pobres está sendo pregado o Evangelho". Que pobres são estes? Os pobres de espírito, isto é, os que reconheceram sua pobreza, sua pecaminosidade, sua necessidade de salvação. Estes podem ser tanto ricos como os Magos do Oriente ou Zaqueu ou pobres como os pastores dos campos de Belém, a mulher adúltera, etc. Esses estão sedentos pelo Evangelho e ouvem atentamente a pregação de Jesus, a mensagem do perdão dos pecados. Ainda hoje é assim.

Os milagres comprovam ser Jesus o Filho de Deus. Mas logo Jesus acrescenta para o que ele, o Filho de Deus veio. Não curar todos, mas pregar o evangelho aos pobres, aos que reconhecem seus pecados e anseiam pela paz com Deus e a vida eterna. A estes está sendo pregado o Evangelho.

Como será que os discípulos de João receberam esta mensagem de Jesus? Será que ela foi satisfatória para eles? Parece que não. Eles estavam tão presos às coisas materiais e a seu querido mestre João, que ao ouvirem a resposta de Jesus, foram assaltados por outras tantas indagações e dúvidas, a ponto de Jesus adverti-los com toda a sinceridade ao dizer: "E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço" (v.6).

Tendo ouvido isto, partiram. Também nós precisamos sempre de novo esta mesma admoestação.

Sem dúvida, ao relatarem tudo isso a seu mestre João Batista, este teve oportunidade para reforçar as palavras de Jesus, para que também esses seus discípulos encontrassem o caminho da fé.

3. Tendo eles partido, Jesus aproveitou a oportunidade para falar a respeito de João Batista. Nós já o mencionamos. Que imenso tempo da graça estes do tempo de João Batista e Jesus. O maior profeta de todos os tempos e o próprio Filho de Deus atuam num tempo ímpar entre o povo de Israel, mesmo assim, a grande maioria do povo os rejeitaram.

Se olharmos para o tempo da Reforma, vemos outro tempo em que Deus concedeu pastores e leigos muito fiéis à sua igreja. E também não podemos nos queixar. Temos ainda hoje sua palavra, a pregação do Evangelho. Temos pastores e leigos dedicados, mesmo que muitas vezes nos parece um pequeno rebanho. Sejamos agradecidos pelo Evangelho e apeguemos-nos a ele. Pois por meio dele o Espírito Santo atua, operando fé, dando certeza do perdão em Cristo, dando coragem para testemunhar.

E Jesus disse: "Desde os dias de João Batista até agora, sim até hoje, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele".  O que significam estas palavras? É a fé que se apega à graça (fides actualis). Desde João, quando as portas foram bem abertas a todos os gentios e ordenado que se pregasse o evangelho a todas as nações, as pessoas afluem e se apegam à graça de Cristo, ao Evangelho até os dias de hoje. Bem-aventurado quem assim proceder, este tem a vida eterna.

João foi fiel a Cristo e sofreu a morte de mártir. Ele cumpriu fielmente sua tarefa como precursor de Cristo, como aquele que preparou o caminho para Jesus. Terminada a tarefa, Deus o recolheu ao lar celestial.

Sejamos nós também fiéis como cooperadores de Cristo, para proclamar o Evangelho para salvação de muitos, até que Jesus nos chama ao lar celestial. Amém.    

 

          

           

      

 



Horst R. Kuchenbecker
São Leopoldo, RS ? Brasil
E-Mail: horstrk@cpovo.net

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