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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

4º domingo de Advento, 23.12.2007

Predigt zu Mateus 1:18-25, verfasst von Lindolfo Pieper

 

O CUMPRIMENTO DA PROMESSA

 

Mateus 1.22,23: "Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)".

Um fazendeiro tinha um cortador de lenha, que trabalhava para ele há mais de vinte anos. Um dia o patrão encontrou o lenhador desanimado, xingando e reclamando de tudo. Batia o machado nas árvores e dizia: "Adão, por que você foi fazer isso? É por sua causa que estou sofrendo, dando um duro danado para ganhar a vida!"

O patrão chamou a sua atenção, dizendo para ele não reclamar de Adão, pois se fosse ele teria feito a mesma coisa. Mas o homem achava que não, que nunca faria o que Adão fez.  

O fazendeiro então resolveu fazer um teste com ele. Construiu uma casa, o mobiliou e o deu para o empregado, dizendo: "De hoje em diante você não precisa mais trabalhar. Essa casa é sua. Você pode fazer com ela o que quiser, só não mexer numa caixa lacrada que guardo no quarto. Se você mexer naquela caixa, você volta a sua vida de sempre".

E assim aconteceu. O homem mudou para aquela casa, onde tinha tudo o que ele queria. No começo ele nem ligou muito para aquela caixa, passava perto dela sem dar muita atenção. Mas, com o passar do tempo ele começou a ficar curioso, querendo saber o que tinha naquela caixa. Até que um dia, não agüentando a curiosidade, ele resolveu abrir a caixa para ver o que tinha lá dentro. Quando abriu a caixa, quase caiu de costas ao ver o que havia lá dentro: um bilhete, onde se lia: "Vai trabalhar, seu malandro, e não fique reclamando de Adão, pois você não é melhor do que ele!" 

E o homem aprendeu a lição. Voltou ao seu trabalho resignado, sem a velha mania de sempre culpar a Adão.   

Também nós não devemos culpar a Adão por tudo de ruim que acontece. Nós não somos nenhum pouco melhor do que ele. Cometemos os mesmos pecados que ele cometeu.

Quando Deus criou os primeiros homens, ele os colocou  em um grande jardim. Eles viviam felizes neste jardim até o dia em que resolveram desobedecer a Deus, comendo do fruto da árvore proibida. Eles foram expulsos de lá. A terra foi amaldiçoada e o homem teve que trabalhar para ganhar a vida. A vida se tornou difícil para eles, e continua sendo até o dia de hoje. Adão e Eva viram com os seus próprios olhos como o pecado arruinou toda a criação. A terra não dava mais a sua força. Os animais começaram a temer os homens e a devorar uns aos outros.

Em meio a todas essas desgraças, havia um só consolo: a graça de Deus. Deus havia prometido e eles esperavam com muita ansiedade a vinda do Salvador.

Em todos os tempos Satanás combateu esta promessa e tentou frustrar o plano de Deus. Mas Deus conservou viva a sua promessa.

Quando, certa vez, pela incredulidade dos homens, a esperança quase foi esquecida, restando só uma família na terra que ainda esperava o Salvador, Deus interveio com o Dilúvio, matando todos os homens, menos Noé e a sua família.

Porém, após o Dilúvio, na medida em que os homens iam se multiplicando, a incredulidade também crescia. Para conservar a sua promessa na terra, Deus escolheu um homem chamado Abraão. Ordenou que ele saísse do meio de seus parentes. Levou-o à terra de Canaã e firmou um acordo com ele. Ele e os seus descendentes seriam o povo de Deus. Por meio da descendência de Abraão Deus queria executar o grandioso plano da salvação. Da descendência de Abraão deveria nascer o Salvador Jesus.

Deus teve muito trabalho com o povo de Israel. Guiou-o por intermédio de reis, como Davi e Salomão; por profetas, como Isaías, Jeremias e outros. Por vezes teve que castigar o povo por causa da sua incredulidade. E quando eles se arrependiam, Deus voltava a socorrê-los e a abençoá-los.

Passado quase quatro mil anos, veio a plenitude dos tempos e Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para salvar os que estavam debaixo da lei.

Há mais de dois mil anos atrás, numa cidade da Galiléia, uma jovem estava trabalhando na sua casa. Seu nome é Maria. Ela estava noiva de um rapaz chamado José. Ambos eram tementes a Deus e confiavam na promessa da vinda do Salvador. A essa jovem aconteceu uma coisa extraordinária. Um anjo apareceu a ela e lhe disse que ela teria um filho, que seria o Salvador do mundo.

Maria ficou muito alegre quando soube que o menino seria o Filho de Deus. Todo o verdadeiro crente em Israel esperava pelo cumprimento desta promessa.

Mas Maria tinha uma dúvida: como poderia ela ter um filho se ainda não era casada? O anjo lhe respondeu: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus". Maria respondeu ao anjo: "Aqui está a serva do Senhor, que se cumpra em mim, conforme a tua palavra".

Como o anjo havia contado a Maria que a sua parenta Isabel seria abençoada com um menino, Maria foi visitá-la. Ao voltar desta visita José percebeu que a sua noiva estava grávida.

Podemos imaginar que preocupação isso causou a José, pensando talvez que Maria o houvesse traído. Numa noite o anjo apareceu a José em sonho e lhe explicou o que tinha acontecido. Disse também que ele, José, deveria receber a Maria por sua esposa e cuidar bem do menino que iria nascer. O nome do menino seria Jesus, porque salvaria o povo dos seus pecados.

José fez como o anjo lhe ordenou. Casou com Maria. Assim o Filho de Deus tinha aqui na terra um pai e uma mãe para cuidarem dele.

José e Maria viviam felizes em Nazaré. Os dias do nascimento do menino se aproximavam. Conforme as profecias, Jesus deveria nascer em Belém da Judéia.

Certo dia um mensageiro real proclamou em Nazaré uma ordem que deixou Maria e José muito preocupados. O rei queria contar todas as pessoas do seu império. Cada um deveria dar o seu nome na cidade em que nasceu. Esta lei obrigava José e Maria a irem até Belém.

Belém distava uns 120 quilômetros de Nazaré. A viagem não foi fácil, especialmente para Maria, que estava esperando pelo nascimento de seu primeiro filho.

Cansados, chegam em Belém. Anoitecia. A cidade estava lotada. Todos os quartos das hospedarias estavam lotados. José percorreu a pequena vila em busca de um lugar para repousar. Em todos os lugares recebia a mesma resposta: não há lugar. Não havia lugar, especialmente para gente humilde, com poucos recursos financeiros.

A sua aflição em busca de um lugar era grande. A hora do nascimento do menino estava próxima. O menino era o Filho de Deus e não havia lugar para ele.

Finalmente, um senhor compadeceu-se do casal e lhes disse que poderiam abrigar-se nos fundos de sua casa, num curral de gado. José e Maria se abrigaram ali.

Eram altas horas da noite. Em Belém ainda havia muito movimento, algazarra e conversa nas ruas. Para aquilo que Deus estava realizando não havia interesse. As muitas profecias sobre o nascimento de Jesus foram esquecidas.

Os profetas haviam anunciado que o Salvador nasceria de uma virgem, em Belém da Judéia, num tempo em que a descendência de Davi estaria quase extinta.

O profeta Isaías estava certo quando disse: "Quem deu atenção a nossa pregação?" Foi assim, ignorado e rejeitado pelo povo, numa humilde estrebaria de Belém, que Maria deu à luz o seu filho primogênito. Enrolou-o em faixas e o deitou numa manjedoura, pois, conforme o evangelista Lucas: "Não havia lugar para ele na hospedaria".

Assim nasceu Jesus, o ente divino. O verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O nosso Salvador. Ele se fez pobre para nos enriquecer. Lá está ele, deitado num cocho, abandonado pelos homens, no silêncio da noite. A seu respeito disse o evangelista João: "Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam".

O Filho de Deus, aquele através de quem todas as coisas foram feitas, veio ao mundo que ele criou para abençoar o seu povo, e os homens não o receberam. Não queriam saber nada dele, tanto assim que mais tarde o haveriam de pregar numa cruz.

Será que Jesus tem lugar no coração das pessoas hoje? Será que todos aqueles que estão celebrando o Natal, estão sabendo o que estão festejando?

O meu desejo é que, ao menos no seu coração, Jesus tenha lugar e que o seu Natal seja uma festa de alegria, pois você está sabendo o que está festejando: o nascimento do Salvador Jesus.

Que Deus nos conceda esta graça. Em nome de Jesus. Amém.

 



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
E-Mail: piperlin@uol.com.br

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