Göttinger Predigten

Choose your language:
deutsch English español
português dansk

Startseite

Aktuelle Predigten

Archiv

Besondere Gelegenheiten

Suche

Links

Konzeption

Unsere Autoren weltweit

Kontakt
ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

7. DOMINGO APÓS PENTECOSTES, 03.07.2016

Predigt zu Lucas 10:1-11, 16-20, verfasst von Valdemar Lückemeyer


Estimadas irmãs, estimados irmãos!

Uma das tarefas nada fáceis atualmente é conseguir motivar pessoas para assumirem trabalhos e funções, isto tanto na igreja, quanto fora dela, na sociedade. As pessoas resistem em assumir tarefas, dizem que estão muito atarefadas. Querem cuidar da sua empresa, da sua família, do seu trabalho e por isso não têm mais tempo para envolver-se em outras atividades.

O Evangelho do domingo passado, texto que antecede o nosso texto-base da prédica, nos mostra que esta falta de tempo e a alegação dos mais diversos motivos para não aceitar novas tarefas, não é coisa de nossos dias. Jesus, assim Lucas nos relata , convida pessoas para segui-lo, e aí vêm as desculpas! (Lucas 9.67)

O Evangelho deste domingo nos mostra algo diferente. Muitas pessoas são chamadas para uma ação missionária. Vamos ouvir o relato do evangelista Lucas.

 

Leitura de Lucas 10.1-11,16-20

Jesus escolhe 72 dos seus seguidores e os envia para uma ação evangelizadora. Por que 72? O texto não nos fornece maiores detalhes a respeito. É bem provável que o evangelista Lucas quer destacar que a tarefa missionária não pode ficar restrita apenas aos 12 discípulos, a um grupo pequeno, mas esta tarefa exige o desprendimento de muita gente. O anúncio da Boa Nova deve chegar a todos os povos, e para isso é necessário a participação de muita gente.

Ouvimos o relato de uma ação evangelizadora muito bem planejada e preparada. Jesus convoca, dá as devidas instruções, envia e por fim, há o relato do trabalho realizado após a volta. Que texto instrutivo para as nossas ações missionárias, que não querem deslanchar de acordo!! Vamos ver ponto por ponto:

- Primeiramente há a convocação. As pessoas são chamadas. Sim, elas são chamadas, convocadas para esta tarefa. Há um chamado! Ninguém vai por conta própria, ninguém vai em seu próprio nome. Jesus convoca. É ele quem incumbe os seus seguidores com uma tarefa. Os seus seguidores e as suas seguidoras em todos os tempos recebem dele uma incumbência. Eles nunca foram e não podem ser simples admiradores ou meros assistentes das palavras e da obra de Jesus, o Mestre. Os seus seguidores e suas seguidoras são chamados para serem testemunhas vivas e ativas da sua obra. Convocação é mais do que convite. A um convite podemos dizer não, podemos esquecê-lo, dar-lhe pouca importância. A uma convocação a gente atende, não tem como dizer não e nem procurar por desculpas. A Bíblia nos mostra vários exemplos disso: Moisés disse para Deus que ele não tinha facilidade de falar, quando o Senhor o incumbiu com a tarefa de falar com o Faraó para libertar o seu povo (Ex.4). Jeremias procurou a desculpa alegando que era muito jovem, quando Deus o chamou e o incumbiu com a tarefa de ser profeta (Jer. 1). Jonas quis se esconder de Deus tomando a direção contrária ao envio para a cidade de Nínive (Jonas 1).

- Depois da convocação há a instrução. Os chamados recebem as devidas instruções para desempenharem as suas tarefas. Ninguém vai sem saber o que dizer, o que fazer, para onde ir, como se portar e comportar. Os chamados recebem as instruções de quem os convoca, pois eles são meros instrumentos.

Fazem parte da instrução os alertas para eventuais obstáculos, dificuldades e ameaças que podem surgir. O que espera os enviados por Jesus normalmente não é “um mar de rosas”, nem muitos aplausos! Há espinhos, há rejeição, há perseguição!

- Após a instruções vem o envio. Isto mesmo! Ninguém vai por conta própria. Ninguém vai sem saber o que e como fazer e falar. Os enviados falam e agem em nome daquele que os convoca, a saber, em nome de Jesus. São suas testemunhas.

- E por fim o nosso texto relata o retorno dos enviados. Eles voltam relatando o que fizeram. Há, pois, uma prestação de contas. Quem é enviado deve saber-se responsável pela tarefa com a qual foi incumbido e dela prestar contas. Chama atenção no nosso texto que os enviados voltaram alegres. Sentiram-se exitosos e realizados. Certamente porque se entenderam como instrumentos de Deus e porque perceberam como Deus tinha agido através deles.

Estimada comunidade! Como nós estamos reagindo à convocação de Jesus? Estamos desempenhando a nossa função de testemunhar o que ele falou, ensinou e fez? Vivemos e agimos como seus chamados? A seara é grande, há um trabalho enorme a ser feito, mas os trabalhadores para esta tarefa são poucos. É preciso de mais gente, de muito mais gente. E é preciso avaliar e planejar, analisar como chegar aos ouvintes. E vamos deixar bem claro novamente: entre os seguidores e as seguidoras de Jesus não há meros expectadores, gente que apenas ouve e fica de braços cruzados. Num jogo de futebol aí sim, há a torcida. Mas na comunidade cristã todos são jogadores, todas são jogadoras! Fizemos parte da “raça escolhida, os sacerdotes do Rei, os escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus” (1.Pedro 2.9).

Na nossa igreja, IECLB, temos historicamente uma grande dificuldade com a tarefa missionária. A igreja como um todo, as comunidades em si e os membros em particular, enfim todos, revelamos que somos fracos no cumprimento dessa questão. Há poucos dias li o que um Pastor Sinodal escreveu: “Constatamos que nossa Ação Missionária tem sido tímida e nem mesmo alguns projetos tem conseguido fazer com que tivéssemos avanços sinodais em termos de missão”. Projetos como “Mordomia cristã”, “Catecumenato Permanente”, “PAMI” revelam as diversas tentativas!

Mas afinal, qual é a tarefa missionária dos seguidores de Jesus? Nosso texto bíblico diz:

1º. Levar a paz às cidades, às pessoas. Há um mundo conturbado, afastado de Deus, há pessoas aflitas, preocupadas e angustiadas perto de nós, que precisam de paz, da paz real e verdadeira, a paz que somente Deus pode dar! Levando a paz aos outros e promovendo a paz, estamos entre os “bem-aventurados”, pois Jesus disse “Bem-aventurados/ felizes os que trabalham pela paz entre as pessoas, pois Deus os tratará como seus filhos” (Mateus 5.9).

2º. Curar os doentes, ajudar as pessoas em dificuldades, enfim, exercer a Diaconia. Sim, isto é tarefa missionária e para a prática da mesma há falta de diáconos e diáconas. Nós somos os convocados pelo Diácono por excelência, por Jesus.

3º. Anunciar a proximidade do Reino de Deus. Este anúncio deve ser dirigido para todos, para os da comunidade e para os de “fora”. A proximidade do Reino de Deus não depende das testemunhas que o anunciam, tampouco dos ouvintes. O Reino

de Deus está próximo, sinais da sua proximidade já foram colocados por Jesus :”Voltem e contem a João isso que vocês viram e ouviram, isto é, os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitados, e a

Boa-Notícia do Evangelho é anunciada aos pobres. Felizes os que não duvidam de mim”. (Lucas 7.22)

A Boa-Nova deve chegar a todos, esta é a vontade de Deus, pois Ele quer vida plena, vida em abundância e salvação para todos. Há muito o que fazer. Você e eu somos convocados pelo nosso Mestre e Salvador para sermos suas testemunhas em palavras e ações neste “mundo que ainda é de Deus” (HPD 165,1). Quem é batizado ouve a convocação e não pode ficar indiferente. Amém.

 



P.em. Valdemar Lückemeyer
Carazinho – RS (Brasil)
E-Mail: luckemeyer@aannex.com.br

(zurück zum Seitenanfang)