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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Prédica para a Véspera de Ano Novo, 31.12.2007

Predigt zu Josué 24:15, verfasst von Horst R. Kuchenbecker

 

Fim de Ano sob o lema da IELB

Mais um ano passou (ou está chegando ao fim). Um novo Ano do Senhor (Ano Domini) se abre diante de nós. Ele está diante de nós como um livro fechado que vai se abrindo lentamente, página por página.

Por mais que adivinhos e prognosticadores tentam desvendar o futuro, tudo em vão. Eles professam mentiras e distribuem ilusões; mesmo que em suas generalizações acertem uma e outra coisa, como galinha cega que no seu picar acha um grão.

Feliz, no entanto, aquele que conhece seu Criador e Salvador e confia nele de coração. Este sabe que sua vida não é dirigida por um destino cego, mas pela graciosa mão do seu Deus. Feliz aquele que pode confessa com Josué: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24.15).

Estas palavras que constituem o lema da IELB para 2008. (Obs.: A tradução casa é mais abrangente do que família: ela inclui todos os da casa: empregados e servos, etc.)

Para compreendermos esta confissão, precisamos ler todo o capítulo 23 e 24 do livro de Josué para nos inteirar da situação na qual Josué fez esta retrospectiva, exortação e confissão.

História. Já haviam passado alguns anos em que o povo de Israel vivia em paz e prosperidade na terra e nas cidades que o Senhor Deus lhes dera. E Josué vivia na herança que lhe coube. Agora, já idoso e avançado em idade, Josué convocou duas reuniões. Parece que eram muito próximas uma da outro (Js 23.2 e 24.1). A segunda reunião foi convocada para a cidade de Siquém, cidade central para uma reunião do povo de todas as tribos em Israel.

A expressão: "E eles se apresentaram diante de Deus" (24.1), indica que Josué mandou trazer a Arca do Concerto com as Tábuas da Lei, para este momento solene.

Deve ser sida uma reunião muito solene e grandiosa. Todos os anciãos (conselheiros), suas cabeças (governadores), juízes, oficiais e todo o povo se reuniram ali, diante do Senhor.

Como os dois discursos de Josué são semelhantes, vamos analisá-los em conjunto.

Restrospectiva. No seu discurso, Josué faz uma retrospectiva. Ele não fala de si, de suas realizações como é muito comum em nossos dias, nos quais o homem, especialmente líderes, destacam suas ações. Josué olha para trás. Ele terminou sua tarefa de conduzir o povo de Israel para dentro da terra prometido, tomar posse dela sob a ordem e promessa de Deus e repartir as terras.

A tarefa foi árdua. Muitas orações, noites de insônia, planejamentos e lutas. Em meio às vitórias houve também fracassos, esforços aos estremo, como naquele dia em que Josué pediu que Deus parasse o sol para que pudessem concluir a obra (10.12).

Agora, olhando para traz, só vê a graciosa mão de Deus que cumpriu suas promessas e deu ao povo a terra prometida com cidades prontas e terra plantadas.

Josué lembra ao povo detalhes dessa graciosa ação de Deus. Como Deus chamou a Abraão para fora da idólatra cidade de Ur da Caldeia e se revelou a Abraão, que creu. Como Deus libertou o povo da escravidão egípcia. Como Deus lhes falou no monte Sinai. Como Deus os guiou e alimentou no deserto. Como Deus os introduziu nesta terra fértil.

Mas a obra ainda não estava terminada. Ainda havia inimigos a serem vencidos. Tudo isso foi a graciosa mão de Deus que fez.

Também a nós cabe num fim de ano parar e recordar as bênçãos de Deus, agradecer e louvar a Deus por isso. Sem dúvida houve lutas, noites com preocupações, tristezas e alegrias. Mas em tudo a graça de Deus nos amparou e fortaleceu. Assim também nós queremos renovar nosso compromisso de fidelidade a Deus.

Imagino que nossos cultos de fim de ano ou de ano novo deveriam reunir todos os líderes e toda a comunidade para um grande culto de agradecimento e consagração a Deus. Espero que, mesmo não sendo possível reunir a todos, que em espírito todos estejam de coração reunidos neste propósito.

Exortação.  Então Josué exortou os líderes e o povo, estimulando-os a se consagrarem a Deus.

Ele disse? "Agora, pois, temei a Deus, e servi-o com integridade e com fidelidade" (24.14). Ele os exortou à fidelidade a Deus.

Não se pode forçar ninguém a temer (crer) e servir (amar) a Deus. Daí o convite: "Escolhei hoje a quem quereis servir!". Este escolher não é em si um ato do nosso livre arbítrio. Josué está falando ao povo de Deus. Povo no qual Deus já trabalhou e ele espera agora que os filhos de Deus pela fé na graça de Cristo, nos quais a imagem divina já foi rudimentarmente restabelecida, reafirmem seu propósito, seu juramento de fidelidade a Deus.

"Deitai fora os deuses aos quais vossos pais serviram" (24.14). A tentação para se inclinarem a outros deuses sempre está presente no povo de Deus, até hoje. Quais são nossos maiores ídolos?

O egoísmo e a auto confiança, na qual se afirma: O homem é a medida  (o juiz) de todas as coisas. Ele determina o que é bom ou mau. Em que se afirma: Você é o que você pode. Creia em você e ame a si mesmo.

Ou: Se você não gostar mais de sua comunidade (igreja), escolhe outra na qual você se sente bem, doutrina é algo secundário, pois toda a religião que fala de paz e amor é boa. Sem falarmos dos ídolos dos prazeres e do materialismo de nossos dias. Importa que também nós nos examinemos à luz dos Dez Mandamentos, pedindo que o Espírito Santo nos abra os olhos e nos conduz a verdadeiro arrependimento e conversão a Deus.

O povo respondeu a Josué: "O Senhor é nosso Deus. Nós também... serviremos ao Senhor" (24.16-18). Uma boa resposta. Isto deve ter sido uma grande aclamação uníssona do povo.

Josué ouviu a aclamação. Quando o povo parou de aclamar, Josué disse: "Não podeis servir o Senhor, por quanto é Deus santo, Deus zeloso, não perdoará a vossa transgressão, nem vossos pecados" (24.19).

Impressionante essas palavras de Josué. Parece um balde de água fria em cima de um momento de entusiasmo por Deus. E de fato o era.

Josué conhecia seu povo. Conhecia também como funciona a aclamação num momento de entusiasmo público. Não! Josué não queria uma decisão barata, sem reflexão profunda tomada num momento de entusiasmo público. Daí a advertência muito séria para o arrependimento com fruto da justiça. Uma clara conscientização do que significa servir ao Senhor. Isto requer todo o coração.

Ninguém pode servir a Deus por própria razão ou força, mas somente pelo poder da graça de Deus.

Somos mesmo como cristãos, em nossos melhores esforços por piedade e vida santificada, somos pecadores réus da eterna condenação. Não confiamos plenamente em Deus, nem o amamos de coração. Colocamos nossa confiança em coisas materiais que amamos.

Quanta idolatria há ainda em nossos corações. Vivemos num mundo egoísta e idólatra e as inclinações de nossa natureza carnal, as tentações por parte de Satanás e do mundo são muito fortes. Só podemos adorar e servir em verdadeiro espírito de arrependimento e fé, suplicando que Deus que nos chamou, justificou nos santifique e firme na fé. Pois é ele que opera tanto o querer como o realizar, a justificação como a santificação (Fp 2.13) E ele quer fazê-lo por sua Palavra e a Santa Ceia. A estes meios da graça queremos nos apegar.

Eu e a minha casa. Diante de todos os líderes e do povo, Josué faz a sua confissão pessoal. Ele o confessou na primeira reunião, após seu primeiro discurso. Talvez o tenha repetido também nesta segunda reunião em Siquém. Ele confessou: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor".

O que significam essas palavras? O servir de coração, como nos mostram os Salmos começa com a busca do Senhor, ao levantar, de manhã e ao deitar, à noite (Dt 6.6-8; Sl 5.3; 19.2; 42.8; 130.6). Vemos que os patriarcas santificaram tudo pela Palavra e oração. Por isso a Igreja instituiu as Matinas e Vésperas.

As pessoas, antes de irem ao trabalho, iam à igreja para o momento da devoção matinal, com leitura da Palavra de Deus, orações e cantos. E ao voltarem do trabalho iam à devoção vespertina para suplica de perdão, agradecimentos e louvor.

Na medida em que o ler e o escrever se tornaram mais comuns e surgiram livros devocionais as famílias faziam suas devoções em casa. Momentos em que o pai da família reunia a família com os empregados em casa para um momento devocional.

Hoje temos firmas nas quais o patrão reúne seus empregados de manhã para um momento devocional. Na cidade de New York, há um Café numa das mais movimentadas Estações do Metrô. Muitos desembarcam e vão primeiro tomar um lanche ali, para então seguirem ao trabalho.

Um pastor nosso pediu licença para fazer uma devoção matinal. O projeto deu certo. A luz da palavra de Deus iluminará o nosso dia para advertência, consolo e orientação. Assim seremos uma luz em nossa vizinhança e no local de trabalho.

Como nossas famílias iniciam o dia hoje? Com súplica por perdão, o meditar na Palavra de Deus, agradecimentos, entregando-se nas mãos de Deus?  

Ao entrarmos neste novo Ano da Graça do Senhor Jesus, Ano da Bíblia, queremos fazê-lo com gratidão, arrependimento e fé, suplicando que Deus nos guie e abençoe também no novo Ano, no qual queremos servi-lo e nos conduz ao lar celestial. Amém.

  

  

 



Horst R. Kuchenbecker
São Leopoldo, RS ? Brasil
E-Mail: horstkuchenbecker@gmail.com

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