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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3º Domingo de Pascua, 30.04.2017

Predigt zu 1.Pedro 1:17-23, verfasst von Valdemar Lückemeyer

Estimadas irmãs, estimados irmãos!

Vivemos dias turbulentos em nosso país. Não bastassem as enormes dificuldades que uma grande parte da população enfrenta todos os dias, dificuldades causadas pela falta de investimentos e cuidados na área da saúde e, em especial, na área da segurança, ainda temos na área política os efeitos do terremoto motivados pela Lista do Ministro Fachin . Dias nada tranqüilos e crises de toda a ordem. Como será o nosso amanhã? Como enfrentar e superar tudo isto?

“Vocês quando oram a Deus o chamam de Pai” (v.17). Vocês – assim inicia o texto bíblico que acabamos de ouvir e que é a base da mensagem para este 3º Domingo da Páscoa. “Vocês”, isto é, um grupo definido, restrito, identificado. Mas quem são estes “vocês”, a quem a Palavra se dirige?

1.Pedro se dirige a uma comunidade cristã formada por pessoas que se tornaram cristãs pela conversão, ou seja, pessoas que não eram cristãs de nascença. Foram atingidas pela pregação do Evangelho de Jesus Cristo e mudaram de vida. Deixaram o velho comportamento, os velhos valores, para trás e começaram a viver a nova vida, assim como o apóstolo Paulo o diz: “Quando alguém está unido com Cristo, é uma nova pessoa; acabou-se o que é velho, e o que é novo já veio” (2.Co 5.17). Nova mentalidade, nova vida, novos valores! Assim vive a comunidade cristã, assim vive a pessoa cristã, pois todo o seu agir e pensar se pautam na vida, na obra, no ensino de Jesus.

Os cristãos a quem 1.Pedro se dirige estavam enfrentando adversidades e até rejeição na sociedade por causa do seu comportamento, por “andarem em novidade de vida” e exigirem justiça e respeito. Eles se tornaram um estorvo, um incômodo com estes seus questionamentos e reivindicações. Por isso o autor de 1.Pedro se dirige a eles com palavras de estímulo, de perseverança e um chamado para manterem-se coerentes e fiéis.

Hoje esta palavra se dirige a nós. Ela começa da mesma forma: Vocês, sim vocês, que são membros da Igreja de Jesus Cristo, vocês que hoje estão reunidos para celebrar e se alimentar na Palavra de Deus, vocês que foram criados e educados nos valores cristãos, vocês, um grupo definido e identificado, VOCES e NÃO todo o mundo! – vocês, quando oram a Deus o chamam de Pai!

Queridos irmãos, queridas irmãs! Poder chamar Deus de Pai – há também os que preferem chamá-lo de Deus Pai e Deus Mãe – isto não é um privilégio para todos. Ainda não é privilégio para todo o mundo, embora a vontade de Deus é que assim seja um dia. “Ele quer que todos sejam salvos e venham a conhecer a verdade” (1.Tm 2.4). Nós, que o chamamos de Pai, pertencemos a um grupo definido de pessoas dentro do todo da sociedade. Poderíamos traduzir o início do nosso texto bíblico assim:

“Se alguém chama Deus de Pai, ou de Mãe, então tem que levar isto a sério em toda a sua vida. Não pode só falar. Tem que viver. Tem que praticar” (cf. W.Buchweitz).

Todos os que chamam Deus de Pai sabem o que Ele fez por eles, por todos que o aceitam: Ele os libertou de culpa e da morte eterna através de Jesus Cristo, pois ele teve que carregar nossa culpa. Nós, antes inimigos de Deus por causa de culpa e pecado, somos feitos amigos de Deus por meio da doação total de Jesus em nosso favor. Deus ama as suas criaturas, Ele ama toda a sua criação. Você e eu estamos incluídos neste seu imensurável amor. Por nos amor, por querer nosso bem, por querer vida verdadeira e eterna para todos, é que Ele investiu tão alto! Isto quase chega a ser incompreensível. Aliás, o amor realmente é incompreensível, ele não é racional! Quem ama, perdoa, quem ama, quer o bem do outro – e Deus é amor!!!!

Há poucos dias celebramos a sexta- feira santa e a Páscoa. Ouvimos o que Deus fez por nós e por toda a humanidade. Ouvimos do seu amor e também do seu poder, que venceu a morte ao ressuscitar a Jesus. Deus quer vida! A morte foi vencida e ela sempre deve ser enfrentada, tanto faz como ela se apresenta, pois ela se opõe ao que Deus quer. No seu Reino não há lugar para a morte e suas artimanhas.

Este amor nos constrange a sermos fiéis ao Pai em toda e qualquer situação em que nos encontramos. Encontramos dificuldades, adversidades? A nossa maneira de ser e de viver a vida incomoda e questiona? O nosso comportamento chama a atenção ou também já se iguala ao comportamento de tantos que não tem Deus como Pai? Não dá para ser cristão sem ser coerente. O problema para muitos membros em nossas comunidades é que eles se dizem cristãos, estão inscritos no fichário da comunidade, mas são cristãos de tradição. A vida na igreja segue um caminho e a vida lá fora, na família, no emprego, na sociedade, segue outras regras. A “viva e eterna palavra de Deus” (Lc 24.23) ainda não fez com que os seus “corações queimassem dentro do peito” (Lc 24.32), quando ouvem a Sua palavra.

A notícia da Páscoa ainda vai soar por muito tempo em nossos ouvidos. E é preciso que assim seja, pois nos acomodamos com muita facilidade e deixamos que “o mundo se vire e se dane”. Só que esta não é a vontade de Deus. Deus ama a Sua criação e quer vida em abundância para todos. Ele ama a nós ,seus filhos e suas filhas e nos envia para sermos luz em meio a tanta escuridão, a tantas trevas que sufocam a vida.

Por isso, irmãos e irmãs, forças, ânimo e coerência! Deus é nosso Pai. Ele cuida de nós para realmente podermos resistir e viver “em novidade de vida”. Amém

 



P. Valdemar Lückemeyer
Carazinho – RS (Brasil)
E-Mail: luckemeyer@annex.com.br

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