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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

2º DOMINGO APÓS PENTECOSTES , 18.06.2017

Predigt zu Romanos 5:1-8, verfasst von Claudio Kupka

Irmãs e irmãos em Cristo, querida comunidade.

 

  1. Em tempos de crise, é difícil encontrar motivos para alimentar esperança por dias melhores. É como estar no meio de uma tempestade e imaginar como seria estar fora dela ou quando ela irá passar. É preciso encontrar uma razão muito mais forte que nossa própria desesperança. É preciso alguém fora de nós mesmos, que outra pessoa nos dê segurança e nos permita ter uma perspectiva nova da nossa situação. Esse é o tema da fé cristã sobre o qual o apóstolo Paulo se debruça neste texto.
  2. Neste capítulo, Paulo já falou do pecado, da salvação oferecida em Jesus e da fé. Agora é hora de falar da condição de alguém que se sente agraciado por Deus. A palavra que resume este sentimento é “justificados”, ou seja, tornados justos. Isso é o que a graça de Deus faz por nós. Apesar de nossa indignidade e falta de mérito, Deus nos coloca numa posição de dignidade diante dele. Nada mais nos separa de Deus, nem pecado, nem poderes e nem a morte.

A segunda palavra chave para definir esta experiência é “paz”. Não há mais mal estar, medo ou culpa, mas o sentimento de acolhida e amor da parte de Deus. O responsável por esta reconciliação é Jesus, o Filho de Deus. Ele é o mediador do amor intenso de Deus. Ele é o sacrifício que satisfez a justiça de Deus. Ele é a revelação humana do amor reconciliador do Pai.

A terceira palavra que define esta condição é “firme”. Esta vida na graça nos dá a perspectiva de uma vida segura, firme. É uma firmeza que se sustenta e não somente uma empolgação inicial da vida cristã. Continuamos firmes durante a continuidade dessa caminhada com Deus, diz Paulo, dando justamente esta ideia de que a fé nos permite ter uma perspectiva segura, em meio aos altos e baixos da vida.

  1. Para aprofundar a ideia que esta condição de relação com Deus, baseada na sua graça e no seu amor, não significa uma situação de conforto válida somente nos bons momentos, Paulo dá o testemunho que ele próprio experimentava: enfrentar sofrimentos com a mesma alegria. Sofrer por Cristo é motivo de glória. Ele diz mais: que os sofrimentos são um grande exercício espiritual, poderíamos dizer assim. Se não os tomamos como castigo ou desamparo da parte de Deus, podemos vê-los como parte do agir educativo de Deus em nossa vida. A paciência se torna um fruto dessa experiência de confiança, que cresce e se aprofunda em nossa vida.
  2. O texto canaliza todas essas observações para a compreensão e experiência da esperança em Deus. Paulo se detém nesse assunto. A esperança é fruto do aprendizado diário da fé em Deus, em meio aos sofrimentos e alegrias. Mas a esperança é fortalecida em nós fundamentalmente na experiência diária de sermos amados por Deus. Por isso não há temor de sermos decepcionados. O Espirito Santo confirma interiormente em nós esta verdade e o poder desse amor de Deus em nossa vida.
  3. Vejam como a percepção da vida humana é totalmente afetada por Deus, pela fé no agir gracioso de Deus. É preciso que alguém de fora, no caso, o nosso Criador nos tire da posição de autossuficiência e abandono próprio, para nos revelar, pela fé, o quanto Deus nos ama e deseja que nossa vida encontre novo sentido numa nova relação de confiança nele. O Espírito Santo é que faz toda essa conexão. Cada passo de fé nos possibilita dizer sim ao convite de Deus. Cada passo nos fortalece esta convicção

Na música “Magnificent” (Magnífico) a banda U2 diz “Eu nasci para cantar para ti. Eu não tive escolha a não ser te exaltar e cantar qualquer canção que você quisesse. Eu te dou de volta a minha voz. Do ventre meu primeiro choro, foi um alegre barulho. Só o amor, só o amor pode deixar uma marca dessas Mas só o amor pode curar tal cicatriz. Justificados até morrermos, eu e você glorificaremos o Magnífico.”

Esse é o testemunho de alguém que encontrou em Deus o sentido da vida. Cantar aqui, semelhante ao Salmo 40, é sinônimo de viver. Por isso os desafinados também podem cantar para Deus, sem o risco de serem condenados.

Essa disposição de fazer da vida uma expressão de obediência e gratidão a Deus vem da experiência de sermos amados incondicionalmente por Deus. Sabermo-nos amados, perdoados e aceitos por Deus, tem o poder de nos curar, de nos restaurar.

O amor coloca também nossa vida na perspectiva da eternidade. Se não há interrupção no amor de Deus, não há interrupção na perspectiva da sua presença em nossa vida. A promessa da ressurreição nos faz crer que eternamente estaremos com Deus. Um dia, livres de tudo que pesa em nossa vida, que nos distancia de Deus e do próximo, poderemos glorificar a Deus, o Magnífico, de maneira perfeita.

Agora, nosso canto é ambíguo. Somos simultaneamente pecadores e justificados. Estamos alegres, mesmo quando choramos. Experimentamos paz, mesmo quando tudo parece ruir ao nosso redor. Temos firmeza, mesmo quando tudo parece ruir ao nosso redor. Temos esperança, mesmo quando não vejamos “luz no fim do túnel”.

 

Oração: Amado Deus, fortalece nossa fé no teu agir. Que nunca deixemos de crer no teu amor revelado e oculto nos sofrimentos. Que a esperança que semeaste em nosso coração se fortaleça a cada dia. Assim oramos em nome de Jesus, aquele que nos revelou teu amor e nos ensinou a amar-te e a amar a ti em nosso próximo. Amém.



-astor Claudio Kupka
Porto Alegre - RS
E-Mail: claudio@paroquiamatriz.org.br

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